Quatro anos ap�s a surpreendente vit�ria na elei��o estadual em Minas Gerais, o governador Romeu Zema chega ao pleito deste ano como principal quadro do partido Novo em todo o pa�s. Para Felipe d'�vila, pr�-candidato da sigla ao Pal�cio do Planalto, a reelei��o de Zema no estado, aliada a um bom segundo mandato, pode al��-lo ao posto de presidenci�vel em 2026.
"Tenho certeza que, com maioria na Assembleia Legislativa, o governador vai fazer um extraordin�rio segundo mandato. E pode ser o nosso candidato � presid�ncia da Rep�blica em 2026 se fizer um bom trabalho. A fila tem de andar na pol�tica. Essa � uma das coisas boas do Novo", disse, ao EM Entrevista, podcast do Estado de Minas.
A �ntegra da conversa vai ao ar ainda nesta quinta-feira (12/5). Ao longo do bate-papo, embora tenha feito elogios � gest�o de Zema, d'�vila ressaltou a necessidade de crescer a base de deputados aliados ao Pal�cio Tiradentes. Apenas dois dos 77 integrantes da Assembleia s�o filiados ao Novo e, no m�s passado, a coaliz�o de partidos que dava sustenta��o ao governo foi extinta por n�o ter integrantes suficientes para existir.
"N�o tenho a menor d�vida de que Minas vai dar um enorme avan�o no segundo mandato de Zema, porque ele vai conseguir fazer maioria na Assembleia. Foi um grande percal�o no primeiro mandato", afirmou.
Ontem, o governo estadual anunciou que o novo l�der de Zema no Parlamento mineiro � Roberto Andrade, do Avante, partido que deve apoi�-lo na busca por mais quatro anos de mandato. O cargo era ocupado por Gustavo Valadares, do PMN.
"O partido tem, como maior vitrine pol�tica, o exitoso mandato de Zema em Minas Gerais", garantiu Felipe d'�vila.
Alian�as estaduais n�o v�o impactar cen�rio nacional
Em 2018, Zema foi eleito em uma chapa "puro-sangue" do Novo. Desde o ano passado, por�m, ele tem dito que precisa construir alian�as para vencer novamente - o estatuto do partido foi alterado para permitir as coliga��es. Al�m do Avante, o arco de apoios do governador tem legendas como Agir, PP e Uni�o Brasil.
O PSDB, partido do vice-governador Paulo Brant, ainda debate o que fazer, mas estuda lan�ar candidatura pr�pria - tendo, como poss�veis nomes, o pr�prio Brant e o ex-deputado Marcus Pestana.
Apesar dos impasses, Felipe d'�vila diz que eventuais acordos de Zema com outros partidos n�o implicam em apoio do governador a outras candidaturas presidenciais. "Zema tem uma elei��o estadual, tem de resolver o seu palanque regional e ter maioria na Assembleia para continuar o trabalho. E, eu, vou estar na esfera federal. A vida corre assim", pontuou.
"V�o haver bons problemas. Por exemplo: o PSDB vai participar da alian�a de Zema ou n�o? Se estiver, ele tem de apoiar Jo�o Doria? N�o. Se o Uni�o Brasil estiver aqui, [Zema] vai ter que apoiar o [Luciano] Bivar? N�o vai. S�o composi��es pol�ticas distintas, com realidades locais. � o jogo da democracia", emendou.
No fim do ano passado, Romeu Zema projetou, ao EM, subir no palanque de Felipe d'�vila. "Meu apoio � para o pr�-candidato do Novo. Darei meu apoio a ele na �poca da campanha".
Acenos de Bolsonaro n�o amedrontam d'�vila
Embora Zema tenha tecido cr�ticas recentes a Jair Bolsonaro (PL), a rela��o entre eles � marcada por alguns afagos. No fim de abril, o presidente chegou a afirmar que o governador mineiro � um "exemplo para todos". As falas, por�m, n�o geram receios ao presidenci�vel do Novo.
"Um governador deve sempre cultivar boas rela��es com o presidente do dia - n�o importa se � Lula ou Bolsonaro. � importante para o governo. Em que um governo do estado tem de opinar sobre pol�tica federal? N�o tem que fazer nada".
Segundo Felipe d'�vila, Zema, "como bom mineiro", procura manter rela��es com todos. "Isso � muito diferente de dar palanque, apoiar. Zema j� deu v�rias declara��es oficiais de que vai apoiar meu nome, candidato do Novo. Por mim, n�o precisa fazer uma declara��o por semana. N�o tenho inseguran�a em rela��o a isso. Se Zema falou abertamente que vai me apoiar, est� bom".
Neste momento, o pr�-candidato de Bolsonaro ao governo de Minas � o senador Carlos Viana, que trocou o MDB pelo PL a fim de "oficializar" os la�os com o presidente.