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Estado de Minas ELEI��ES 2022

PSDB admite desistir de terceira e se unir em torno de Jo�o Doria

Impasse com demais partidos sobre candidato �nico de terceira via leva caciques da legenda a rever postura


15/05/2022 04:00 - atualizado 15/05/2022 08:39

Jereissati
Jereissati diz que Doria pode n�o ser o candidato ideal, mas n�o pode ficar isolado no partido (foto: GERDAN WESLEY/DIVULGA��O )

 

Bras�lia – �s v�speras da data marcada para a defini��o do futuro do autodenominado centro democr�tico, na pr�xima quarta-feira, alguns dos principais caciques do PSDB ensaiam uma mudan�a significativa de postura. O senador Tasso Jereissati (CE) e o deputado federal A�cio Neves (MG), vozes mais influentes da oposi��o ao pr�-candidato oficial da legenda, o ex-governador de S�o Paulo Jo�o Doria, declararam que o PSDB pode seguir com candidatura pr�pria, sem o MDB da senadora Simone Tebet (MS), na corrida eleitoral.

 

Na noite de sexta-feira, Jereissati, em entrevista ao jornalista Mario Cesar Conti, da GloboNews, reconheceu que a divis�o interna da legenda p�e em risco a pr�pria sobreviv�ncia do partido e que a pr�-candidatura de Doria tem a legitimidade das pr�vias �s quais ele se submeteu, em uma disputa com o ex-governador ga�cho Eduardo Leite. Para ele, Doria pode n�o ser o candidato ideal, mas n�o pode ficar isolado na legenda.

 

Na mesma linha, A�cio Neves declarou que seria “ruim para o partido” retirar a candidatura de Doria apenas para apoiar Simone Tebet, em entrevista � Folha de S.Paulo. E foi al�m, ao prestar solidariedade ao pr�-candidato tucano, que estaria sendo v�tima de “trai��o”. “Eu quero deixar clara a minha solidariedade ao Doria”, que est�, segundo ele, “conhecendo a face triste da pol�tica, que � a trai��o dos seus pr�prios companheiros”.

 

As declara��es refor�am a expectativa de que a reuni�o de quarta-feira entre PSDB, MDB e Cidadania n�o chegue a um resultado pr�tico. Ao contr�rio, d� a Doria um apoio que ele pr�prio n�o esperava para levar a candidatura � Presid�ncia adiante. Os presidentes das legendas que tentam construir uma candidatura de centro como alternativa � polariza��o Lula x Bolsonaro acordaram avaliar o desempenho de Tebet e Doria em pesquisas quantitativas e qualitativas, cujos dados est�o sendo colhidos neste fim de semana pelo Instituto Guimar�es de Pesquisa e Planejamento.

 

A expectativa, agora, no ninho tucano, � com rela��o � postura do tucano mais influente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A legenda foi abalada pela decis�o de outro tucano hist�rico, o ex-chanceler Aloysio Nunes, que anunciou ontem apoio ao pr�-candidato do PT, Luiz In�cio Lula da Silva, ainda no primeiro turno. Nunes disse que assumiu essa posi��o porque considera a elei��o de outubro uma disputa “entre a civiliza��o e a barb�rie” e que Lula � o �nico candidato em condi��es de derrotar o presidente Bolsonaro em outubro.

 

FHC, Aloysio Nunes e Tasso Jereissati fazem parte da ala hist�rica do partido. O ex-presidente ainda mant�m uma rela��o de cordialidade e respeito com Lula e com o pr�-candidato a vice, o ex-tucano Geraldo Alckmin, que tamb�m integrava a ala mais raiz do tucanato, antes de se mudar para o PSB. Nos bastidores, j� h� quem aposte no apoio � chapa Lula com Chuchu no segundo turno, caso se confirme a derrota de Doria nas urnas, prevista pelas pesquisas at� agora.

 

Seria uma revers�o de expectativa, depois que o partido fez a virada da centro-esquerda para a centro-direita capitaneada pela ascens�o de Doria na pol�tica paulista e expressa no apoio informal dele � candidatura de Bolsonaro, em 2018, na onda do BolsoDoria, quando concorria ao Pal�cio dos Bandeirantes.

Tebet e o MDB

No MDB, a postura da senadora Simone Tebet permanece a mesma, de n�o aceitar ser candidata a vice em uma chapa com Jo�o Doria. O candidato a parceiro preferido dela ainda � Eduardo Leite. Mas a chance de Leite voltar � disputa interna no PSDB fica cada vez menor, com a mudan�a de discurso dos principais opositores internos da candidatura oficial no sentido de respeitar a decis�o das pr�vias.

 

Mas ela tamb�m enfrenta dificuldades para unir o partido, por causa da ala ligada aos senadores Renan Calheiros (AL) e Eun�cio de Oliveira (CE), que pregam abertamente apoio a Lula j� no primeiro turno. O trunfo de Tebet s�o os apoios que construiu na maioria dos diret�rios estaduais do partido, que defendem uma candidatura pr�pria para evitar a debandada emedebista para os palanques de Lula e Bolsonaro.



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