
Na sequ�ncia, o chefe do Executivo citou o caso do m�dico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, que foi preso em flagrante nesta segunda-feira pelo crime de estupro de uma gestante durante uma cesariana, no Hospital da Mulher de S�o Jo�o de Meriti, no Rio de Janeiro.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 11, 2022
Em 2013, enquanto deputado federal (PP-RJ), Bolsonaro prop�s o aumento da pena para os crimes de estupro e estupro de vulner�vel e a exig�ncia de que o condenado conclu�sse tratamento qu�mico volunt�rio para inibi��o do desejo sexual como requisito para obten��o de livramento condicional e progress�o de regime. Por�m, o projeto acabou sendo arquivado.
Semelhantes � proposta de Bolsonaro, tramitam na C�mara os projetos de lei 5.112/2020, da deputada federal Bia Kicis (PSL/DF), e 4.239, tamb�m de 2020, do deputado General Gir�o Monteiro (PSL/RN).
Pedido de desculpas para Maria do Ros�rio
Em 2019, o presidente – ao acatar uma decis�o da Justi�a – emitiu um pedido de desculpas � deputada federal Maria do Ros�rio (PT-RS), por ter dito na C�mara, em 2003, que n�o estupraria a parlamentar porque ela n�o merecia por ser “muito feia”.
"Em raz�o de determina��o judicial, venho pedir publicamente desculpas pelas minhas falas passadas dirigidas � Deputada Federal Maria do Ros�rio Nunes. Naquele epis�dio, no calor do momento, em embate ideol�gico entre parlamentares, especificamente no que se refere � pol�tica de direitos humanos, relembrei fato ocorrido em 2003, em que, ap�s ser injustamente ofendido pela congressista em quest�o, que me insultava, chamando-me de estuprador, retruquei que ela 'n�o merecia ser estuprada", escreveu Bolsonaro na "Nota de retrata��o" divulgada pela Presid�ncia da Rep�blica, � �poca.
Castra��o qu�mica: medida desumana e cruel, dizem advogados
� �poca, no in�cio da tramita��o dos projetos de Bia Kicis e do General Gir�o Monteiro, o Estado de Minas mostrou que advogados ouvidos pela reportagem classificam a medida como “desumana e cruel”.
O advogado criminalista e constitucionalista Adib Abdouni entende que a proposta 'ostenta contornos de franca inconstitucionalidade, n�o s� por divorciar-se do postulado da proporcionalidade da coer��o estatal, mas, sobretudo, por violar direitos e garantias fundamentais previstos no texto constitucional que asseguram ao infrator da lei penal o respeito � sua integridade f�sica e moral'.
"O preso conserva todos os direitos inerentes � pessoa humana n�o atingidos pela perda da liberdade, sem preju�zo da veda��o da institui��o e aplica��o de san��o penal de car�ter cruel", destaca Abdouni.
Relembre: Projeto de castra��o qu�mica de estupradores � inconstitucional, dizem advogados