
Os vice-presidentes da coaliz�o, ainda sob a dire��o de uma comiss�o provis�ria, ser�o Wadson Ribeiro, do PCdoB, e Osvander Valad�o, do PV. A dupla � respons�vel por dirigir seus respectivos partidos em Minas. A uni�o de dois ou mais partidos, autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no fim do ano passado, obriga os componentes de uma frente a apoiar os mesmos candidatos.
Em Minas, petistas, verdes e comunistas trabalham na montagem de uma chapa �nica de candidatos � Assembleia Legislativa e � C�mara Federal. Para o governo, a federa��o caminhar� com Alexandre Kalil (PSD). O tamb�m pessedista Alexandre Silveira ter� o apoio do grupo na disputa pelo Senado Federal.
Segundo Cristiano Silveira, embora o PSD n�o fa�a parte formalmente do grupo, PT, PCdoB e PV est�o alinhados com a sigla de Kalil.
"Vamos trabalhar para dar a Lula uma grande vota��o no estado - para que ele possa sair vitorioso no estado", disse o presidente.
Por ter maior representa��o legislativa, o PT ficou com a maioria dos assentos do comit� respons�vel por dirigir a alian�a no estado. O primeiro ato p�blico da liga PT-PCdoB-PV no estado ser� no pr�ximo dia 24, na Assembleia Legislativa, durante a conven��o que oficializar� as candidaturas das tr�s legendas.
Antes mesmo da forma��o oficial do grupo, os petistas mineiros j� vinham mantendo tratativas para se unir a PCdoB e PV. O relacionamento entre as legendas, al�m de ser historicamente positivo, ganhou for�a no ano passado, quando passaram a articular atos de rua contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Haver� um rod�zio na presid�ncia da federa��o nos pr�ximos anos. Aqui, temos conseguido construir de forma consensuada as dire��es da federa��o. Cada partido leva o debate sobre as propostas e estrat�gias a seu interior. O ac�mulo que fazemos em nossas bases partid�rias, a gente traz para o entendimento da federa��o", explicou Cristiano.
O mandato da c�pula ser� de um ano. Embora Cristiano fale em rod�zio, passado o per�odo, h� a possibilidade de recondu��o dele � presid�ncia.
Partidos querem fortalecer bancadas
Como mostrou o Estado de Minas na semana passada, os tr�s partidos j� trabalham na montagem de suas chapas conjuntas. Para construir a lista de candidatos a deputado federal, o PT cedeu espa�o ao PV. Movimento inverso foi feito na escolha dos postulantes ao Parlamento Estadual, onde PV e PCdoB deram espa�o aos petistas.
Wadson Ribeiro, o 1° vice-presidente, estima que, no plano nacional, a associa��o pode render cerca de 100 assentos no Congresso Nacional.
"Essa federa��o consegue congregar partidos com muitos pontos em comum - sobretudo, na necessidade urgente de reconstru��o. Temos um pa�s com severa crise econ�mica e crise social sem precedentes. E, tamb�m, uma crise pol�tica ilustrada pelo epis�dio lament�vel do fim de semana: o assassinato de um dirigente do Partido dos Trabalhadores".
Segundo a regra que rege as federa��es, uma uni�o do tipo, depois de consolidada, precisar� ser mantida por, no m�nimo, quatro anos. Portanto, PT, PCdoB e PV ter�o de andar lado a lado, sem cis�es formais, na elei��o municipal de 2022.
"O que nos une � bem mais do que uma contabilidade pol�tica de coliga��o. � a constru��o de uma federa��o onde nossa maior afinidade, que est� no campo program�tico, exige nossa uni�o", pontuou Osvander Valad�o, 2° vice-presidente.
O grupo mira ser da base aliada a Kalil caso ele consiga derrotar Romeu Zema (Novo) no pleito pelo Pal�cio Tiradentes.
"A ideia da federa��o, nas duas esferas, vem corroborar com o pensamento de garantir bancadas expressivas, grandes, para se ter governabilidade e acabar com as moedas de troca que sempre vemos nos Parlamentos nos estados e na federa��o", projetou Valad�o.