
Ele ainda citou as pedaladas fiscais e classificou a quest�o como "uma coisa extremamente t�cnica". O ex-presidente tamb�m manteve o posicionamento de que n�o houve golpe em 2016, e sim o "cumprimento da Constitui��o Federal".
"�s vezes falam de corrup��o, mas � mentira. Ela (Dilma) � honesta. O que eu sei, e pude acompanhar, embora estivesse � margem do governo e embora fosse vice-presidente, n�o h� nada que possa apod�-la de corrupta. Para mim, honest�ssima. Houve problemas pol�ticos. Ela teve dificuldade no relacionamento com o Congresso Nacional, teve dificuldade no relacionamento com a sociedade e teve as chamadas 'pedaladas', uma coisa extremamente t�cnica, decretada pelo Tribunal de Contas da Uni�o. Esse conjunto de fatores � que levou multid�es �s ruas", disse Temer.
O ex-presidente tamb�m defendeu que a popula��o teria sido respons�vel por tirar Dilma do cargo de presidente. "Quem derruba um presidente por impeachment n�o � o Congresso. � o povo na rua que influencia. Se n�o tiver povo na rua, n�o h� a menor possibilidade de manifesta��o negativa no Congresso", afirmou.
O ex-presidente ainda rebateu a ideia, defendida pelo PT, de que ele foi um dos respons�veis pelo impeachment da petista e, consequentemente, do que � hoje classificado por muitos como um golpe.
"N�o participei de golpe nenhum. Quando come�ou a chamada proced�ncia de acusa��o na C�mara dos Deputados, eu vim para S�o Paulo e fiquei no meu escrit�rio por v�rias semanas por uma raz�o que, eu reconhe�o, existe: que o vice � sempre o primeiro suspeito. S� voltei na ultima semana, quando todos me procuraram e avisavam que eu precisava estar em Bras�lia, porque a C�mara ia votar procedente a acusa��o para depois remeter ao Senado. N�o participei de golpe coisa nenhuma e nem acho que teve golpe. O que teve foi cumprimento da Constitui��o Federal."
Questionado sobre os anos do mandato de Jair Bolsonaro (PL), Temer afirmou que o presidente cometeu um "grande erro pol�tico" ao negar a vacina��o contra a COVID-19. "Se ele, logo no come�o, tivesse assumido o combate � pandemia, chamado governadores, importado vacinas, visitado os estados, teria produzido um benef�cio extraordin�rio para ele. Ele trabalha contra ele pr�prio", disse.
Temer tamb�m negou ter ajudado Bolsonaro no 7 de Setembro do ano passado. "Ajudei o Brasil. Eu ajudo a pacificar o Brasil, quando me chamam", salientou.