
O ex-presidente Michel Temer (MDB) desmentiu seu sucessor, Jair Bolsonaro (PL), sobre um “acordo” com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para publicar a carta na qual pediu desculpas pelos ataques � democracia na celebra��o do Dia da Independ�ncia (7 de setembro) em 2021.
Foi Temer quem ajudou Bolsonaro a redigir o documento. Segundo o pol�tico do MDB, "n�o houve condicionantes" para a divulga��o da carta, uma vez que se tratava de "um gesto conjunto de boa vontade e grandeza entre dois poderes do Estado brasileiro". Na ocasi�o, o atual presidente da Rep�blica se retratou das ofensas ao STF e � democracia nacional.
Mais cedo, em entrevista ao SBT, Bolsonaro disse que assinou a carta escrita com aux�lio de Michel Temer porque o ministro Alexandre de Moraes concordou em fazer um acordo. Segundo o presidente, Moraes acabou n�o cumprindo “com nenhum dos itens” combinados.
O chefe do Executivo federal n�o explicou qual seria o “acordo” entre ele e o ministro, mas frisou que a intermedia��o foi feita por Temer.
“Estava eu, Michel Temer e um telefone celular na minha frente. Ligamos pro Alexandre de Moraes e falamos tr�s vezes com ele. Combinamos umas certas coisas para assinar aquela carta. Ele n�o cumpriu nenhum dos itens que eu combinei com ele. Logicamente eu n�o gravei essa conversa por quest�o de �tica, jamais faria isso, mas digo que o Alexandre de Moraes n�o cumpriu uma s� das coisas que acertamos naquele momento para assinar aquela carta”, afirmou o presidente.
Em 2021, Jair Bolsonaro participou de uma s�rie de manifesta��es no feriado do Dia da Independ�ncia (7 de setembro). Em cima dos palanques, o presidente insinuou um poss�vel golpe, atacou os Tr�s Poderes e ministros do STF e declarou que o sistema eleitoral brasileiro n�o oferecia seguran�a.
Em 2021, Jair Bolsonaro participou de uma s�rie de manifesta��es no feriado do Dia da Independ�ncia (7 de setembro). Em cima dos palanques, o presidente insinuou um poss�vel golpe, atacou os Tr�s Poderes e ministros do STF e declarou que o sistema eleitoral brasileiro n�o oferecia seguran�a.
Com a palavra, Michel Temer
“Em rela��o � declara��o de hoje do Senhor presidente da Rep�blica sobre a assinatura da carta de 9 de setembro, tenho o dever de esclarecer que fui a Bras�lia naquela oportunidade com o objetivo de ajudar a pacificar o pa�s e restabelecer o imperativo constitucional da harmonia entre os Poderes. As conversas se desenvolveram em alto n�vel como cabia a uma pauta de defesa da democracia. N�o houve condicionantes e nem deveria haver pois trat�vamos ali de fazer um gesto conjunto de boa vontade e grandeza entre dois Poderes do Estado brasileiro. Mais do que nunca, o momento � de prud�ncia, responsabilidade, harmonia e paz”.