
"A fome vai continuar. A crise continua - e n�o vai ser resolvida de uma hora para outra. N�o h� condi��es de come�armos um novo ano com as pessoas em situa��o de fome e sem condi��es m�nimas de procurar emprego. Os empregos est�veis foram deteriorados nos �ltimos anos", disse, ao pregar a continuidade dos repasses de R$ 600.
Segundo Sara, a taxa��o das grandes fortunas � um dos meios para a obten��o de recursos a fim de sustentar um aux�lio aos vulner�veis.
"Isso precisa acontecer para poder haver reinvestimento no Estado", defendeu.
Originalmente fixado em R$ 400, o Aux�lio Brasil ganhou acr�scimo mensal de R$ 200. Os novos valores devem valer at� dezembro. De acordo com o presidente Jair Bolsonaro (PL), para que os pagamentos de R$ 600 continuem, ser� preciso viabilizar uma Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC), que precisa passar pelo crivo do Congresso.
O plano de governo apresentado por ele � Justi�a Eleitoral para registrar a candidatura � reelei��o, por�m, sinaliza a continuidade do valor.
'Novo' Aux�lio Brasil j� come�ou a ser pago
Este � o primeiro m�s sob a vig�ncia do novo valor mensal do Aux�lio Brasil. Os pagamentos, inclusive, come�aram ontem. Para Sara Azevedo, o aumento tem car�ter "eleitoreiro". Ela teceu cr�ticas a Bolsonaro por isso."Ele (Bolsonaro) fez isso dois meses antes de come�ar o processo eleitoral. Ele coloca essa medida para fazer com que haja uma dimens�o de milh�es de pessoas, que est�o em necessidade", afirmou, em men��o � resist�ncia inicial dele ao Aux�lio Emergencial.
"Queremos denunciar esse movimento. � o mesmo presidente que queria colocar R$ 200 de aux�lio na pandemia, no momento de mais necessidade do pa�s. � o mesmo presidente que ficou negando o aux�lio durante muito tempo. E, agora, decide liberar dois meses antes da elei��o? � uma hist�ria meio confusa", completou.
Embora defenda a transfer�ncia de renda, Sara afirmou ser preciso reestruturar o programa que norteia os repasses.
"Com o Bolsa Fam�lia, havia o cuidado para que a renda fosse para os chefes de fam�lia, e temos uma maioria de mulheres na chefia das fam�lias do pa�s. Havia o cuidado de fazer com que as crian�as das fam�lias (beneficiadas) e, agora, n�o h� mais esse cuidado, necessariamente. Tem de ter cuidado em rela��o � sa�de, com a carteirinha em dia no posto de sa�de".