
Este � o primeiro encontro oficial de Dilma e Temer desde o impeachment da ex-presidente, em 2016, quando ele assumiu a Presid�ncia da Rep�blica. Os dois se sentaram na primeira fileira do evento, a poucas cadeiras de dist�ncia e n�o foi registrado nenhum cumprimento. Ao lado de Dilma est� Jos� Sarney, presidente do Brasil de 1985 a 1990. � direita dele est� Lula e, ent�o Michel Temer.
Esta tamb�m � a primeira vez que Lula e Bolsonaro, principais advers�rios nas elei��es presidenciais deste ano, se encontram presencialmente. O petista est� na primeira fileira, de frente ao presidente, que comp�e a mesa.
Dilma e Temer trocam farpas
No fim de julho, Dilma e Temer trocaram farpas ap�s o ex-presidente afirmar que ela � "honest�ssima" e que seu processo de impeachment foi decorrente de problemas pol�ticos, como a "dificuldade da petista de se relacionar com o Congresso Nacional e com a sociedade".
"�s vezes falam de corrup��o, mas � mentira. Ela (Dilma) � honesta. O que eu sei, e pude acompanhar, embora estivesse � margem do governo e embora fosse vice-presidente, n�o h� nada que possa apod�-la de corrupta. Para mim, honest�ssima. Houve problemas pol�ticos. Ela teve dificuldade no relacionamento com o Congresso Nacional, teve dificuldade no relacionamento com a sociedade e teve as chamadas 'pedaladas', uma coisa extremamente t�cnica, decretada pelo Tribunal de Contas da Uni�o. Esse conjunto de fatores � que levou multid�es �s ruas", disse Temer.
A petista chegou a responder seu vice e o chamou de 'golpista'. "O senhor Michel Temer n�o engana mais ningu�m. O que se conhece dele � mais que suficiente para evit�-lo, raz�o pela qual n�o pretendo mais debater com este senhor", declarou em nota.
"Tal 'dificuldade' era uma integral rejei��o �s pr�ticas do presidente da C�mara, deputado Eduardo Cunha, criador do Centr�o, que queria implantar com o meu benepl�cito o "or�amento secreto", realizado, hoje, sob os ausp�cios de um dos seus mais pr�ximos auxiliares na C�mara Federal", disse.
Posse de Moraes no TSE
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) assume o comando da Corte Eleitoral no lugar de Edson Fachin, que ocupa o posto desde fevereiro. O mandato ser� de dois anos, sendo Moraes o principal respons�vel pela condu��o das pr�ximas elei��es.
Entre alguns dos desafios que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ter� de enfrentar no per�odo est�o poss�veis ataques ao sistema eleitoral em atos no 7 de setembro, a propaga��o de fake news sobre as urnas eletr�nicas, a necessidade de garantir seguran�a ao eleitor em meio � vota��o mais tensa em d�cadas e a amea�a de viol�ncia na contesta��o do resultado das elei��es.
Moraes tamb�m � a figura do Judici�rio que mais entrou em rota de colis�o com o presidente e candidato � reelei��o Jair Bolsonaro (PL) e se tornou alvo constante de ofensivas dos apoiadores do presidente.
Na ocasi�o de sua escolha para comandar o TSE, em 14 de junho, o ministro discursou que a "Justi�a Eleitoral n�o tolerar� que mil�cias pessoais ou digitais desrespeitem a vontade soberana do povo e atentem contra a democracia do Brasil".