
Ele disse que tentou localizar a fam�lia de Benedito Cardoso dos Santos na manh� deste s�bado (10/9), mas que n�o conseguiu. Afirmou tamb�m que pediu ao senador Paulo Rocha (PT-PA) para buscar informa��es sobre seus familiares.
Nesta quinta, em Confresa, a 1.160 km de Cuiab� (Mato Grosso), um homem que defendia o ex-presidente Lula foi morto por um bolsonarista ap�s uma discuss�o.
Autor do crime, Rafael de Oliveira, 24, passou por audi�ncia de cust�dia, e a Justi�a de Mato Grosso o manteve em pris�o preventiva. Segundo a pol�cia, ele confessou ter matado a facadas o colega de trabalho depois de uma discuss�o pol�tica. Ainda de acordo com as autoridades, o autor tentou decapitar a v�tima e, ap�s o crime, filmou o corpo.
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O ex-presidente participou de com�cio em Tabo�o da Serra, em S�o Paulo, neste s�bado. Lula j� havia comentado o assassinato de Benedito, na sexta, usando termos como intoler�ncia, �dio e selvageria.
"� com muita tristeza que soube da not�cia do assassinato de Benedito Cardoso dos Santos, na zona rural de Confresa. A intoler�ncia tirou mais uma vida. O Brasil n�o merece o �dio que se instaurou nesse pa�s. Meus sentimentos � fam�lia e aos amigos de Benedito", escreveu o petista em uma rede social.
Em seguida, no Rio de Janeiro, disse que "o pa�s caminha para uma selvageria que at� ent�o desconhec�amos". "� uma demonstra��o do clima de �dio estabelecido no processo eleitoral. Uma coisa totalmente anormal."
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No evento deste s�bado, Lula comentou pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (9) e afirmou que Bolsonaro "n�o dormiu" ap�s o resultado. O levantamento mostrou o ex-presidente liderando a corrida de primeiro turno com 45% das inten��es de voto, ante 34% de Bolsonaro.
"A quantidade de dinheiro que ele est� gastando, quantidade de coisa que ele est� tentando fazer com medo que a gente ganhe l�. Quero que ele saiba que ele pode dar o dinheiro do mundo que ele n�o vai comprar a consci�ncia de 215 milh�es de brasileiros", disse Lula.
Em seu discurso, Lula voltou a citar a compra de im�veis pela fam�lia de Bolsonaro em dinheiro vivo.
"Toda a minha fam�lia, quando foi denunciada, a gente permitiu que a Pol�cia Federal investigasse, que fosse investigar, porque quem n�o deve n�o teme. Eles foram na minha casa, foram na casa dos meus filhos e n�o acharam nada e n�o tiveram vergonha de mostrar na televis�o que n�o acharam nada", disse.
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"Pois eu quero que v� na casa do Bolsonaro para ele explicar como � que ele comprou aquela quantidade de casa com R$ 26 milh�es pago em dinheiro. De onde veio esse dinheiro? N�o foi de sal�rio de deputado, n�o foi sal�rio de senador. Eu s� quero que ele explique. Eu nem estou dizendo que ele fez maldade. Eu s� quero que ele explique", continuou o petista.
Lula disse ainda que Bolsonaro n�o tem "autoridade moral" para chamar outras pessoas de ladr�o.
Ele tamb�m voltou a comparar os atos bolsonaristas de 7 de Setembro a uma reuni�o da Ku Klux Kan, o grupo americano de supremacistas brancos que prega a inferioridade do povo negro.
"Ele agora t� me processando porque disse que o caminh�o dele estava na supremacia branca. N�o tinha negro, pensei que era quase a Ku Kux Klan, da supremacia branca que n�o gosta de pobre, de preto, de pardo, de �ndio, de quilombola, de mulher, de dom�stica. � essa gente que est� dizendo que vai destruir o PT", seguiu.
Lula tamb�m ironizou as declara��es de Bolsonaro ser "imbroch�vel".
"O Brasil n�o pode aceitar um presidente da Rep�blica que vai no 7 de Setembro dizer: 'eu sou imbroch�vel'. Ora, ele estava falando para quem? Para a mulher dele, porque ningu�m quer saber o que ele �. Ningu�m quer saber se ele � brocha ou se ele n�o � brocha. Isso � problema dele, n�o � problema nosso. A gente quer saber se vai ter emprego, se vai ter sal�rio, se vai ter educa��o."
O ex-presidente criticou ainda a reforma trabalhista e disse que � preciso "tirar o povo da escravid�o".
Ele estava acompanhado de seu vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), do candidato do PT ao Governo de S�o Paulo, Fernando Haddad, e do ex-governador M�rcio Fran�a (PSB), candidato ao Senado na chapa encabe�ada por Haddad.
O ex-ministro Aloizio Mercadante, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, o l�der sem-teto Guilherme Boulos (PSOL), o deputado federal M�rcio Macedo (PT-SE) e o prefeito de Tabo�o da Serra, Apr�gio (Podemos), tamb�m participaram do ato.
Alckmin tamb�m teceu cr�ticas a Bolsonaro e afirmou que o chefe do Executivo "� incivilizat�rio". "Um presidente que tem saudade da ditadura n�o pode pedir voto para o povo, porque n�o acredita na democracia", disse.
Haddad tamb�m citou os casos de viol�ncia pol�tica em seu discurso e disse que apoiadores de Bolsonaro "partiram para a ignor�ncia total", lembrando do assassinato de Marcelo Arruda, em Foz do Igua�u (PR).
Em julho, um policial penal federal bolsonarista invadiu uma festa de anivers�rio e matou a tiros o guarda municipal e militante petista Marcelo de Arruda.
Haddad afirmou ainda que � preciso encerrar as elei��es logo no primeiro turno. "N�o � por medo de debate. Queremos dar fim a esse regime opressor de intoler�ncia e viol�ncia que estamos vivendo. Faltam dois pontinhos."