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Estado de Minas CORRIDA PRESIDENCIAL

Quem apoia quem? Veja alian�as de Lula e Bolsonaro para o 2� turno

Bolsonaro enfileira alian�as no Sudeste enquanto Lula fica com apoio t�mido de Ciro e sinal de Tebet


04/10/2022 21:22 - atualizado 04/10/2022 22:20

Lula e Bolonaro
Lula e Bolsonaro disputam segundo turno da corrida presidencial na elei��o mais acirrada desde 1989. (foto: Evaristo Sa/AFP e Ricardo Stuckert)
Dois dias depois das elei��es, o presidente Jair Bolsonaro (PL) selou acordo para o segundo turno com os governadores de tr�s estados do Sudeste, a regi�o com o maior n�mero de eleitores no pa�s.

J� o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) conquistou ades�o do PDT com aval t�mido do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) —que teve 3% no pleito deste ano e divulgou sua anu�ncia sem citar o petista diretamente— e do partido Cidadania, al�m da sinaliza��o de prov�vel apoio de Simone Tebet (MDB).

O PSDB, por sua vez, decidiu n�o se posicionar a favor de Bolsonaro nem de Lula e liberou os filiados para apoiarem quem quiserem no segundo turno da elei��o.

A campanha de Bolsonaro ficou otimista com o resultado das articula��es desta ter�a-feira (4). Bolsonaro garantiu palanque com os gestores dos tr�s maiores col�gios eleitorais do pa�s. Em Bras�lia, ele recebeu os governadores reeleitos de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Rio de Janeiro, Cl�udio Castro (PL).

Em S�o Paulo, deu entrevista e posou ao lado do governador Rodrigo Garcia (PSDB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno e afirmou que dar� "apoio incondicional" � reelei��o do presidente na segunda etapa do pleito nacional.

Al�m disso, Ratinho Jr (PSD), reeleito no Paran�, afirmou que manter� apoio a Bolsonaro e o vencedor na disputa ao Senado no estado, o ex-juiz Sergio Moro, declarou voto no presidente. O governador reeleito de Goi�s, Ronaldo Caiado (Uni�o Brasil), tamb�m avisou a aliados que deve declarar apoio a Bolsonaro.

Moro foi ministro da Justi�a de Bolsonaro e deixou a Esplanada acusando o mandat�rio de tentar interferir na Pol�cia Federal.

J� Lula telefonou para Simone Tebet (MDB), que acabou em terceiro na corrida pelo Pal�cio do Planalto com 4,2% dos votos. Um encontro entre os dois � esperado para quarta-feira (5). O prov�vel apoio da senadora ao petista abriu uma disputa interna no MDB entre as alas mais pr�ximas e refrat�rias ao PT.

Como Tebet j� informou aliados que sua decis�o � irrevers�vel, emedebistas que s�o advers�rios do PT em suas regi�es passaram a pressionar para que o apoio ocorra de forma contida e em car�ter pessoal —para evitar que o gesto seja lido como uma alian�a nacional com os petistas.

Por outro lado, o grupo formado por pol�ticos do MDB no Nordeste e pelo governador reeleito do Par�, Helder Barbalho, devem apoiar Lula.

O petista minimizou o efeito eleitoral do apoio de Rodrigo Garcia a Bolsonaro e disse contar com ades�o de senadores do PSD � sua candidatura.

Lula disse que ir� se reunir na pr�xima quinta-feira (6) com senadores do PSD que ir�o declarar apoio � sua candidatura, apesar de o presidente da legenda, Gilberto Kassab, apoiar Tarc�sio na disputa pelo Pal�cio dos Bandeirantes.

Segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o encontro est� sendo articulado pelos senadores da legenda Otto Alencar e Carlos F�varo.

Ao ser questionada se avalia ser poss�vel um apoio da Uni�o Brasil, Gleisi disse que conversou com o presidente da sigla, Luciano Bivar, mas que � uma "situa��o mais dif�cil".

"Eles t�m uma situa��o mais dif�cil, porque a posi��o deles em v�rios estados � uma posi��o sempre mais � direita, mas temos um bom relacionamento. Pode ser que tenha setores da Uni�o Brasil nos apoie", disse.

Lula tamb�m garantiu o apoio do Cidadania, mas n�o do PSDB, que est� na mesma federa��o.

A executiva tucana decidiu nesta ter�a liberar os diret�rios estaduais e filiados no segundo turno das elei��es presidenciais a optarem pelo petista ou por Bolsonaro. No primeiro turno, a sigla apoiou Tebet e ocupou a vice na chapa com a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP). Mara afirmou que votar� em branco no pr�ximo dia 30.

O PSDB teve o pior resultado eleitoral de sua hist�ria no primeiro turno e viu a bancada no Congresso, hoje com 22 deputados, ser reduzida para 13 no ano que vem.

Cacique do partido, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) declarou apoio a Lula. Candidato � reelei��o no Rio Grande do Sul contra o bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL-RS), Eduardo Leite (PSDB) se disse aberto ao di�logo com o PT.

Correligion�rio no estado, o deputado federal reeleito Lucas Redecker (PSDB-RS), por�m, afirmou que ir� votar em Bolsonaro.

Enquanto isso, o atual mandat�rio planeja intensificar a campanha no Sudeste para recuperar votos perdidos em rela��o a 2018. Na regi�o, ele venceu por 47,6% dos votos, contra 42,6% de Lula.

Nesta ter�a, Bolsonaro afirmou que vai focar 40% das agendas no Sudeste e disse acreditar que o apoio dos governadores poder� o ajudar a virar votos e garantir a vit�ria no segundo turno.

"Pode ter certeza que a gente vai tirar mais de 1 milh�o de votos [no Rio de Janeiro]. Ele [Castro] tinha a campanha dele, agora vai ser integralmente para nosso lado. Hoje de manh� fechei com o Zema. O Zema, acredito que a gente tira mais de 3 milh�es de votos [em Minas]", disse.

Mais tarde, o presidente usou as redes sociais para agradecer o apoio de Zema, Castro e Garcia. "Diferen�as sempre existir�o, mas o que est� em jogo neste momento � algo muito maior: o futuro do nosso Brasil. � hora de unirmos for�as para proteger a liberdade e a dignidade do povo brasileiro e evitar que a quadrilha que assaltou e quase destruiu o pa�s volte ao poder", escreveu.

Bolsonaro tamb�m disse que est� aberto a conversar com ACM Neto (Uni�o Brasil), que disputar� o segundo turno das elei��es para governador da Bahia contra Jer�nimo Rodrigues (PT), que tem o apoio de Lula. "Se o ACM Neto quiser, estou � disposi��o", afirmou.

O chefe do Executivo anunciou ainda que j� conversou com o governador de Goi�s, Ronaldo Caiado (Uni�o Brasil), mas n�o deu detalhes de como foi o di�logo. "Devemos encontrar brevemente", afirmou.

No primeiro turno, Bolsonaro apoiou o deputado federal Vitor Hugo (PL-GO) para o governo goiano, mas Caiado acabou se reelegendo em primeiro turno.

Ambos sempre tiveram uma rela��o pr�xima, mas se distanciaram durante a pandemia da Covid-19 por diverg�ncias em rela��o � ado��o de medidas sanit�rias para evitar o alastramento da doen�a.

Bolsonaro tamb�m deu uma guinada no discurso em rela��o a Sergio Moro a fim de atrair o voto da direita que � simp�tica � Lava Jato e � pauta de combate � corrup��o.

O presidente j� chamou Moro de "tra�ra" e "mentiroso", mas, desta vez, afirmou n�o haver nada "desabonador" para falar do ex-magistrado. "Apaga-se o passado e qualquer diverg�ncia porventura ocorrida", disse.

O n�cleo duro do PT, por sua vez, frustrou-se com o apoio dado por Ciro Gomes a Lula. O partido j� esperava que o pedetista n�o subisse no palanque do ex-presidente, mas considerou ruim o v�deo gravado pelo ex-ministro.

Nele, Ciro sequer cita o nome de Lula e apenas declara que ir� seguir a orienta��o de sua sigla, que decidiu apoiar o ex-presidente.

 


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