
Mais raro ainda � encontrar material de campanha de Jorginho Mello (PL), nome bolsonarista ao governo do estado contra D�cio Lima (PT). L�, onipresente mesmo, durante as elei��es, � a bandeira do Brasil.
Turbinado pelos atos do 7 de Setembro, o s�mbolo est� em sacadas e janelas de casas e carros, tornando-se um r�tulo de que naquela resid�ncia, ve�culo ou estabelecimento comercial h� um eleitor de Bolsonaro.
A princ�pio uma marca dos protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016, o s�mbolo nacional foi apropriado pelo bolsonarismo e hoje aparece como trunfo visual da campanha.Uma loja de estofados no centro na cidade cuja propriet�ria preferiu n�o se identificar vende modelos que v�o de R$ 49 a R$ 400, a depender do tamanho e do material de fabrica��o. As mais caras s�o as fabricadas com tecido resistente e que t�m o s�mbolo nacional estampado na frente e no verso, ideais para serem hasteadas.
Segundo a dona do estabelecimento, as vendas das bandeiras, oferecidas na loja desde o 7 de Setembro do ano passado, explodiram em 2022. A expectativa dela � que a procura aumente com uma eventual reelei��o do presidente e a participa��o do Brasil na Copa do Mundo, que come�a no final de novembro.
Nas lojas da Havan, cujo dono, Luciano Hang, � apoiador de Bolsonaro, a bandeira est� por todos os lados, em camisetas, mantas, bolas de futebol e de v�lei, almofadas, copos e capacetes de moto e de bicicleta.
Assim, o s�mbolo nacional vai tomando o lugar da Est�tua da Liberdade nos materiais de divulga��o da Havan. Na parte externa das duas lojas em Chapec�, h� bandeiras do Brasil em vez do �cone americano.
Em julho, a ju�za Ana L�cia Todeschini Martinez, titular de um cart�rio eleitoral na regi�o das Miss�es, no Rio Grande do Sul, gerou pol�mica em uma entrevista ao afirmar que a bandeira havia se tornado uma marca de "um lado da pol�tica" e, portanto, deveria obedecer a regramentos eleitorais.
No dia seguinte, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul decidiu que s�mbolos nacionais n�o poderiam ser considerados objetos de cunho partid�rio.
Na ocasi�o, Bolsonaro postou no Twitter que restringir a bandeira do Brasil seria "absurdo". "N�o tenho culpa se resgatamos os valores e os s�mbolos nacionais que a esquerda abandonou para dar lugar a bandeiras vermelhas."
Ainda antes do in�cio oficial da campanha, artistas ligados � esquerda tentaram promover o que chamaram de um resgate da bandeira brasileira, para desvincul�-la do bolsonarismo. At� agora, em v�o.