"Cabe, a um presidente, reconhecer sua derrota. Cabe a ele fazer uma reflex�o e se preparar para, daqui uns anos, concorrer outra vez. Assim � o jogo democr�tico. N�o tem outro jeito de ser democr�tico. � respeitar a decis�o da maioria do povo brasileiro", afirmou.
Lula relembrou as derrotas para Fernando Collor (ent�o no PRN) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) nos pleitos presidenciais de 1989, 1994 e 1998. Ele descartou a possibilidade de Bolsonaro utilizar o relat�rio do Minist�rio da Defesa a respeito do processo eleitoral como mecanismo para insuflar os apoiadores que fazem protestos de teor antidemocr�tico e pedem interven��o das For�as Armadas.
"Ningu�m vai acreditar no discurso golpista de algu�m que perdeu a elei��o. Perdi tr�s elei��es e, cada vez que perdia, ia para casa lamentar. Ficava triste. Nunca entrei em depress�o, porque corinthiano n�o entra em depress�o, mas ia lamentar, ficar quieto durante um tempo e pensar onde errei", falou.

Transi��o tem aval de aliados de Bolsonaro
Desde o fim da elei��o, Bolsonaro n�o reconheceu veementemente a vit�ria de Lula. Apesar disso, parte de seu governo, como os ministros F�bio Faria (Comunica��es) e Ciro Nogueira (Casa Civil), trabalham na transi��o que vai passar o bast�o ao futuro governo Lula.O primeiro pronunciamento do presidente ap�s o rev�s eleitoral foi na ter�a-feira passada (1), quase dois dias ap�s a Justi�a Eleitoral proclamar o triunfo de Lula. Bolsonaro n�o falou em derrota.
"Enquanto presidente da Rep�blica e cidad�o, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constitui��o. � uma honra ser o l�der de milh�es de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econ�mica, a liberdade religiosa, a liberdade de opini�o, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira", pontuou.