"Minas Gerais � o segundo mais populoso do pa�s, um estado muito importante. Acredito que Lula ter� rela��o institucional com os governadores. Agora n�o podemos deixar de notar o oportunismo eleitoral do governador Zema. Eu n�o vi, no primeiro turno, Zema colar em Bolsonaro e falar mal do Lula", afirmou.
Na primeira etapa da corrida presidencial, Zema deu apoio formal a Felipe d'Avila, candidato do Novo. Dois dias ap�s vencer a elei��o de Minas Gerais, o governador firmou a alian�a com Bolsonaro.
"No primeiro turno, ele queria o voto do eleitor lulista. Escondeu o apoio a Bolsonaro, tentou dar sinais ao Lula de aproxima��o, porque queria o voto do eleitor lulista. Mas depois que resolveu a fatura dele e se elegeu em primeiro turno, a� se tornou cabo eleitoral ativo de Bolsonaro", continuou Boulos.
O voto lulista buscado por Zema, de fato, existiu. O movimento foi encarnado em um fen�meno que ganhou o apelido de "Luzema". Alguns partidos, como o Avante, fizeram parte da coliga��o do Novo em solo mineiro, mas compuseram a coaliz�o nacional liderada pelo PT.
"Acho muito pequeno, ainda mais para um gestor de estado t�o relevante como Minas, fazer pol�tica a partir de pequenas oportunidades. Faltou da parte dele uma atitude mais equilibrada nesse processo. Ainda assim, o presidente Lula ganhou em Minas e no Brasil", encerrou o pessolista, ainda em tom cr�tico a Zema.

'Compromisso com o povo brasileiro'
Apesar das cr�ticas a Zema, Boulos cr� que as diferen�as ideol�gicas n�o v�o impedir Lula de dialogar com o governo de Minas Gerais. "O presidente Lula sabe separar o que s�o demandas do povo mineiro e o que � atitude err�tica de um pol�tico que hoje governa o estado de Minas Gerais. Existe um compromisso com o povo brasileiro que est� al�m das fronteiras partid�rias de quem governa cada estado", assegurou.
A opini�o vai ao encontro do que pensa, inclusive, o vice-governador eleito de Minas, Mateus Sim�es (Novo). Na semana passada, tamb�m ao EM, ele afirmou que as farpas trocadas entre Zema e PT ao longo da campanha eleitoral v�o ficar no passado.
"Estamos falando de pol�ticos maduros. O governador de Minas e o presidente da Rep�blica s�o maduros. N�o s�o crian�as ou torcedores de futebol para ficar ofendidos com esse tipo de coisa", previu.