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Estado de Minas TRANSI��O DE GOVERNO

Governo Lula: Alckmin acumula fun��es de ' papel-chave ' para transi��o

Ao mesmo tempo em que tem sido celebrado por aliados, o protagonismo de Alckmin incomoda alguns petistas pelo seu simbolismo


10/11/2022 09:00 - atualizado 10/11/2022 12:26

Lula e Alckmin
O poder delegado ao ex-tucano neste momento indica que ele poder� ter papel-chave e virar um bra�o direito do presidente eleito a partir de 1� de janeiro de 2023 (foto: Reprodu��o/Twitter/Lula/Ricardo Stuckert)

 

No comando da transi��o de governo, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) encarna, ap�s o pleito, uma das principais fun��es desejadas por Luiz In�cio Lula da Silva (PT) na escolha de seu companheiro de chapa: um gesto ao centro e a sinaliza��o de que seu terceiro mandato n�o ser� restrito ao PT.

 

De largada, o petista tamb�m p�e em pr�tica a segunda miss�o que dizia querer do seu aliado: o compartilhamento da gest�o da m�quina do pa�s, num gesto que afasta a possibilidade de ele ser um vice "decorativo".

 

Para aliados de Alckmin e Lula, o poder delegado ao ex-tucano neste momento indica que ele poder� ter papel-chave e virar um bra�o direito do presidente eleito a partir de 1º de janeiro de 2023, dividindo fun��es de coordena��o e negocia��o no governo.

 

H� ainda integrantes do PSB que v�o al�m e veem o vice em condi��es de se posicionar como potencial sucessor do petista em 2026.

 

Alckmin � cotado para ocupar alguns minist�rios, entre eles o da Defesa. No entanto, ele disse a pessoas pr�ximas preferir n�o ser titular de nenhuma pasta. O vice se define como um "copiloto" de Lula, disposto a aceitar a tarefa que lhe for solicitada.

 

Ao mesmo tempo em que tem sido celebrado por aliados, o protagonismo de Alckmin incomoda alguns petistas pelo seu simbolismo.

 

Uma ala do partido teme que o PSB tenha muito espa�o nos minist�rios e, sobretudo, tenha inger�ncia sobre o Minist�rio da Fazenda. Um grupo de petistas defende que Lula deixe a pasta econ�mica —central no governo— com um nome da pr�pria sigla ou algu�m alinhado.

 

 

Al�m disso, h� reclama��es de que o PT estaria com pouco acesso a informa��es da transi��o. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PT-PR), � a coordenadora institucional da transi��o e ouviu cobran�as por maior espa�o na equipe, como mostrou a Folha de S.Paulo.

 

Na coordena��o do processo de trocas de informa��es e elabora��o de programas do futuro governo, cabe a Alckmin definir a l�gica como se dar� esse trabalho. Ele tamb�m tem influ�ncia sobre nomea��es.

 

A indica��o de Andr� Lara Resende e Persio Arida para coordenar a �rea de economia, por exemplo, ocorreu gra�as ao vice, que os conhece da �poca em que era filiado ao PSDB.

 

A defini��o de que ambos dividiriam a coordena��o com Nelson Barbosa e Guilherme Mello, ligados ao PT, foi tomada ainda na semana passada. A inten��o � colocar nomes historicamente ligados a governo tucanos com outros mais afinados com o PT.

 

Com o gesto, Lula agradou o mercado, que o pressiona a anunciar logo o nome de seu ministro da Fazenda.

 

A composi��o da transi��o, que abrange os dez partidos que se aliaram a Lula e outros que devem ser incorporados � base do Congresso, atende � declara��o do petista de que o governo n�o ser� do PT.

 

Alckmin encontrou-se com o presidente Jair Bolsonaro (PL) na semana passada. Ambos conversaram por menos de dez minutos no Pal�cio do Planalto, a pedido do pr�prio chefe do Executivo. Aliados dizem acreditar que Bolsonaro n�o deve propor encontro semelhante com Lula, que o derrotou nas elei��es deste ano.

 

A escolha do ex-tucano como chefe da transi��o passou pela avalia��o de Lula de que era preciso dar um ar de institucionalidade ao processo.

 

Nesse sentido, o coordenador precisava ser uma pessoa com tr�nsito facilitado em diversas esferas da pol�tica. Se tivesse elencado um integrante do PT para essa fun��o, poderia ter engessado o trabalho.

 

Nos �ltimos dias, Lula disse a aliados que ficou satisfeito com o desempenho do vice nos primeiros dias � frente da transi��o. O petista avaliou que, al�m de refor�ar a imagem de uma frente ampla, o estilo do ex-governador contribui para reduzir turbul�ncias.

 

Segundo pessoas pr�ximas a Alckmin, alguns de seus trunfos s�o o estilo cauteloso e as declara��es meticulosamente calculadas, que evitam avan�ar sinais ou abrir margem para interpreta��es equivocadas.

 

No passado, essas caracter�sticas lhe renderam a ele o apelido "picol� de chuchu". Agora, esse estilo � visto como um ativo para o governo de transi��o.

 

A decis�o de entregar a Alckmin amplas atribui��es faz parte da parceria que Lula espera ter com seu vice no governo, segundo aliados de ambos.

 

Durante a campanha, o petista dizia em reuni�es privadas que espera que Alckmin participe das reuni�es do conselho de governo.

 

O petista tem reiterado que a primeira fase de seu governo ser� marcada por viagens internacionais. Nesses momentos, diz o presidente eleito, a Presid�ncia precisa ser exercida por um nome de confian�a e que n�o cause surpresas. O comportamento de Alckmin na equipe de transi��o tem sido observado como uma pr�via desse papel.

 

Para cumprir essa fun��o durante o governo, Alckmin disse a pol�ticos de confian�a que n�o gostaria de ocupar um minist�rio. Ele verbalizou essa prefer�ncia numa conversa com o pr�prio Lula.

 

Para o ex-governador, concentrar suas aten��es numa �rea espec�fica do futuro governo prejudicaria a fun��o de "copiloto" delegada a ele pelo futuro mandat�rio.

 

Uma ala do PT defende que Alckmin assuma o Minist�rio da Defesa, pela facilidade de tr�nsito que teria com militares e pela capacidade de "pacificar" as For�as.

 

Al�m do mais, a entrada e a melhor recep��o do ex-tucano em setores do empresariado � usada como um trunfo pelo PT, que destacou o vice para dialogar tamb�m com esses setores.

 

Durante encontros com empres�rios, Lula quis passar a mensagem que revogar o teto de gastos n�o significa que haver� gastos desenfreados no governo. O petista costuma repetir em seus discursos que educa��o n�o representa gasto e, sim, investimento.

 

Em reuni�es privadas, Alckmin afirma que o governo precisa retomar a agenda de competitividade e produtividade e defende que uma das prioridades deve ser a reforma tribut�ria.

 

 


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