Esta foi a primeira vez que Braga Netto falou desde que perdeu a elei��o com Bolsonaro, no �ltimo dia 30. O chefe do Executivo deixou, rapidamente, apenas duas vezes o Pal�cio da Alvorada. E, h� duas semanas, n�o sai da sua resid�ncia.
"Deve voltar logo, j� recuperou da infec��o, t� tudo bem", disse a jornalistas, de seu carro, ao deixar o Alvorada. Na semana seguinte � elei��o, Bolsonaro foi diagnosticado com erisipela, um quadro de infec��o bacteriana nas pernas. O Planalto n�o tem comentado o estado de sa�de do mandat�rio.
Questionado pelos jornalistas se haveria uma data para o retorno do mandat�rio ao Pal�cio do Planalto, Braga Neto disse apenas que n�o.
O general da reserva j� fez outras visitas ao mandat�rio desde o segundo turno das elei��es. Nesta, ficou por cerca de uma hora.
Ao deixar o local, saiu do carro e falou com cerca de vinte apoiadores que estavam em frente ao Alvorada. Ao tirar uma foto, um dos integrantes gritou: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".
Passadas tr�s semanas desde sua derrota no segundo turno das elei��es, o presidente vive uma rotina de reclus�o, com agenda oficial enxuta e n�mero reduzido de postagens em suas redes sociais, meios que adotou como principal forma de comunica��o ao longo de seu mandato.
Ele passou a delegar para o seu vice-presidente e eleito senador Hamilton Mour�o tarefas governamentais. Na quarta-feira (16/11), ele recebeu cartas credenciais de embaixadores estrangeiros que ir�o atuar no Brasil.
Bolsonaro foi apenas duas vezes ao Planalto, seu local de trabalho, desde a elei��o. A primeira foi no dia seguinte, quando teve encontro com Paulo Guedes (Economia) e outros ministros.
Em 3 de novembro, teve uma passagem rel�mpago pelo Planalto: foi cumprimentar o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), que estava no local para a primeira reuni�o da transi��o com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Na ocasi�o, segundo relatos obtidos pela Folha de S.Paulo, pediu a Alckmin que ele "livrasse o Brasil do comunismo".
Tamb�m fez apenas dois pronunciamentos depois da vit�ria de Lula. Ele comentou movimentos antidemocr�ticos de seus apoiadores em frente a quart�is-generais e repreendeu o bloqueio de rodovias, mas disse que as mobiliza��es s�o fruto de "indigna��o" e "sentimento de injusti�a".
Pouco depois, divulgou um v�deo para pedir que seus apoiadores desbloqueassem vias obstru�das em diversos estados.
Bolsonaro tem sido econ�mico nas palavras at� nas publica��es nas redes sociais — campo que chegou a ser dominado por ele e aliados.
O presidente pouco tem publicado no Twitter e no Instagram desde a derrota nas elei��es.
No entanto, como mostra a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, tem postado diariamente em Telegram e TikTok.