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Estado de Minas Pol�tica

Lira tenta driblar impasse na C�mara entre partidos de Lula e Bolsonaro

Apesar de apoiarem a reelei��o de Lira, PT e PL articulam a constru��o de blocos diferentes para disputar a Comiss�o de Constitui��o e Justi�a


01/12/2022 12:45 - atualizado 01/12/2022 14:07

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados
Arthur Lira, presidente da C�mara dos Deputados (foto: Sergio Lima / AFP)

Candidato � reelei��o para a presid�ncia da C�mara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) busca contornar um impasse entre os dois principais partidos da Casa para manter sua base unida em um �nico bloco na disputa, marcada para fevereiro de 2023.

Isso ocorre em meio � tentativa do PT de criar um grupo paralelo para ampliar seu poder de negocia��o. Hoje a principal preocupa��o dos parlamentares � a constru��o de blocos para a pr�xima legislatura, que se inicia em fevereiro de 2023.

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Tradicionalmente, os partidos na C�mara se unem em blocos para conseguir a presid�ncia das principais comiss�es e aumentar seu poder de negocia��o. O tamanho das bancadas e blocos importa na distribui��o dos colegiados.

O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro - aliado de Lira durante o governo e a elei��o -, elegeu a maior bancada da C�mara, com 99 deputados. O mandat�rio, contudo, perdeu sua reelei��o para Luiz In�cio Lula da Silva (PT), cuja legenda tem a segunda maior bancada da Casa legislativa.

Apesar de as duas siglas apoiarem a reelei��o de Lira, elas articulam a constru��o de blocos diferentes para disputar a presid�ncia da CCJ (Comiss�o de Constitui��o e Justi�a), principal colegiado da C�mara e respons�vel por analisar a constitucionalidade das propostas.

A CCJ � relevante para que o governo consiga dar seguimento �s suas pautas. Nos �ltimos quatro anos, o colegiado foi presidido por dois bolsonaristas, mas, atualmente, � comandado por Arthur Maia (Uni�o Brasil-BA), um deputado de centro-direita.

Insatisfa��o com bloco alternativo


Nesta quarta-feira (30), Lira disse a aliados que n�o est� satisfeito com o movimento do PT para tentar criar um bloco alternativo com PSD, MDB e Uni�o Brasil.

Segundo relatos, para Lira seria poss�vel negociar a presid�ncia das comiss�es da C�mara com todos os partidos que apoiam sua reelei��o em um �nico bloco, sem dissid�ncias.

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A mesma posi��o foi defendida por Lira durante um caf� da manh� com a bancada do PSB, nesta quarta. No encontro, o presidente da C�mara disse que, apesar de petistas serem expressamente contr�rios ao PL comandar a CCJ, n�o � poss�vel simplesmente retirar a sigla da disputa --por ela ter a maior bancada da Casa.

O parlamentar ressaltou que a presid�ncia da principal comiss�o pode passar por um rod�zio entre o PL, PT e Uni�o Brasil, partido que comanda o colegiado neste ano.

Outra solu��o em estudo para o entrave passaria pelo MDB, que poderia presidir a CCJ. O cen�rio agrada os petistas, mas n�o o partido de Bolsonaro.

Briga pela CCJ


Em meio �s articula��es, Lira se encontrou com o presidente eleito Lula nesta quarta para discutir a forma��o dos blocos e a PEC da Transi��o.

A proposta defendida pelo presidente da C�mara, contudo, encontra resist�ncia. No PT, o deputado eleito Lindbergh Farias (RJ) disse ser contr�rio a conceder a CCJ para o partido de Bolsonaro, dizendo que seria "chutar o pau da barraca em qualquer acordo".

"Pode ter rod�zio por dois anos no comando da CCJ, mas com outro partido da base", afirmou Lindbergh.

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No PL, lideran�as dizem por outro lado que n�o abrem m�o de presidir a principal comiss�o da C�mara tendo a maior bancada. Quando o partido abrir discuss�o interna sobre o tema, a expectativa � de disputa acirrada.

Ao menos quatro parlamentares, segundo integrantes da legenda, j� demonstraram interesse em disputar o comando da CCJ.

O presidente da C�mara sinalizou a aliados que n�o quer radicais � frente da CCJ e prefere nomes mais moderados, independente da sigla. Al�m disso, o PL tamb�m negocia a primeira vice-presid�ncia da Casa com Lira.

Valdemar Costa Neto


Na noite de ter�a (29), ap�s um jantar de parlamentares da legenda com a presen�a de Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, disse n�o ver problemas em integrar o mesmo bloco do PT pela elei��o da C�mara.

Ele colocou � mesa ainda a possibilidade de o partido ter a relatoria do Or�amento no pr�ximo ano. De acordo com aliados, Valdemar disse que acha mais vantajoso � bancada do PL pleitear a relatoria do Or�amento que, neste ano, ficar� com um deputado.

Em campanha pela recondu��o, o presidente da C�mara participou do encontro. Mas, ao chegar, foi hostilizado por apoiadores de Bolsonaro. Ele foi chamado de "traidor da p�tria" e "omisso".

O deputado chegou a olhar para tr�s quando os bolsonaristas come�aram os xingamentos, mas entrou no local sem dizer nada. Deixou o encontro cerca de uma hora depois, acompanhado da deputada Carla Zambelli (PL-SP).


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