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Estado de Minas NO APAGAR DAS LUZES

C�pula da PF corre para ocupar cargos no exterior ainda sob caneta de Bolsonaro

Parte da c�pula deve ocupar cargos no exterior. As indica��es j� est�o tramitando internamente


04/12/2022 23:40 - atualizado 05/12/2022 08:04

Márcio Nunes de Oliveira, diretor da PF, deve ir para a Espanha
M�rcio Nunes de Oliveira, diretor da PF, deve ir para a Espanha (foto: Tom Costa/MJSP)
Com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) na elei��o, o comando da Pol�cia Federal deu in�cio a uma esp�cie de transi��o antecipada e est� definindo o destino dos dirigentes ap�s o fim do governo.

Parte da c�pula da PF deve ocupar cargos no exterior. As indica��es j� est�o tramitando internamente.

Para alguns tipos de oficialatos, o processo de indica��o � mais simples, bastando a decis�o interna do �rg�o, porque o acordo se d� com a pol�cia do pa�s destinat�rio.

No caso das adid�ncias, no entanto, como se trata de um agregado � estrutura diplom�tica, necessita de autoriza��o da c�pula do governo, como Minist�rio da Justi�a e Presid�ncia da Rep�blica.

Al�m da dire��o da PF, assessores do ministro Anderson Torres, da Justi�a, tamb�m se movimentam por postos fora do Brasil.

Algumas das indica��es s�o para cargos que s� v�o vagar no semestre que vem ou no final de 2023.

O diretor-geral da Pol�cia Federal, M�rcio Nunes de Oliveira, por exemplo, deve ir para a Espanha.

O delegado Caio Rodrigo Pellim, diretor de Investiga��o e Combate ao Crime Organizado, foi escolhido para atuar junto ao Departamento contra o Crime Organizado Transnacional da OEA (Organiza��o dos Estados Americanos), em Washington, nos Estados Unidos.

Tamb�m foi publicada no Di�rio Oficial da Uni�o a designa��o da chefe de gabinete do diretor-geral da PF, a delegada Maria Amanda Mendina de Souza, para a fun��o de oficial de liga��o junto � Europol em Haia, na Holanda, pelo prazo de dois anos.

A delegada Mariana Paranhos Calderon, da Diretoria de Gest�o de Pessoal, e o delegado Alessandro Moretti, da Diretoria de Intelig�ncia Policial, devem ser os escolhidos para as representa��es brasileiras no Uruguai e na Fran�a, respectivamente.

Foi solicitada ainda a cria��o de dois postos em Boston, nos EUA, para abrigar auxiliares do atual titular da pasta da Justi�a. As vagas devem ser destinadas aos delegados Marcos Paulo Cardoso Coelho da Silva, chefe de gabinete de Torres, e Alfredo Carrijo, da Secretaria de Opera��es Integradas do minist�rio.

A Folha enviou perguntas � PF e ao Minist�rio da Justi�a na sexta-feira (2), mas n�o houve resposta at� a conclus�o desta reportagem.

Os policiais federais designados para miss�es nas representa��es brasileiras no exterior t�m direito a uma indeniza��o, sobre a qual n�o incide o abate-teto (desconto ao que excede os sal�rios do ministros do Supremo Tribunal Federal, no valor atual de R$ 39,3 mil).

Al�m disso, t�m direito a acompanhamento de dependentes, com passagens custeadas pelos cofres p�blicos, al�m do transporte de mobili�rio e bagagens.

Uma vaga fora do pa�s garante aos ocupantes de cargos de dire��o da PF uma temporada distante da corpora��o no momento em que grupo pol�tico sucede outro no comando do pa�s, o que vai acontecer em poucas semanas com a troca de Bolsonaro pelo presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva (PT).

O posto pode tamb�m abrigar servidores submetidos a desgastes na corpora��o, caso ocorrido com o delegado Fernando Segovia, diretor-geral da PF no governo de Michel Temer (MDB).

Numa entrevista � Reuters em 2018, o policial afirmou que eram fr�geis os ind�cios coletados pela PF sobre a suspeita de pagamento de propina a Temer em troca de favorecer empresas na prorroga��o de concess�es nos portos.

As declara��es repercutiram e, desgastado, Segovia deixou o comando da corpora��o. Temer o nomeou para um posto na It�lia. No final de 2021, ele retornou ao pa�s.

Dois outros ocupantes do cargo de diretor-geral do per�odo de Bolsonaro tamb�m foram para fora ap�s deixarem suas cadeiras. Maur�cio Valeixo, escolhido na �poca de Sergio Moro, e Rolando de Souza, do per�odo de Andr� Mendon�a, foram para Washington.

Luiz Fl�vio Zampronha, ex-diretor de Investiga��o e Combate ao Crime Organizado na gest�o anterior � atual da PF, foi para Haia atuar como oficial de liga��o quando a gest�o terminou.

As indica��es, por em alguns casos depender de autoriza��o do presidente da Rep�blica, s�o aceleradas de modo a evitar que o pr�ximo governante vete as nomea��es.

No ano passado, mostrou o Painel, Igor Rom�rio de Paula, delegado que chefiou o grupo da PF na Lava Jato em Curitiba, teve a indica��o brecada para o cargo de adido no Canad�.

A decis�o de nomea��o foi do ex-diretor-geral Rolando de Souza. Seu sucessor, Paulo Maiurino, havia referendado o ato, mas o processo paralisou na Casa Civil. Maiurino revisou, ent�o, sua decis�o. Atualmente, o delegado Cairo Costa Duarte cumpre a miss�o no pa�s da Am�rica do Norte.

O ministro Anderson Torres (Justi�a) deve voltar para a Secretaria da Seguran�a P�blica do DF.

Em outros setores do governo, h� movimenta��es tamb�m t�m ocorrido para postos de mandato, caso dos adidos. No m�s passado, Bolsonaro nomeou Gilson Machado para a presid�ncia da Embratur (Ag�ncia Brasileira de Promo��o Internacional do Turismo).

Machado foi ministro do Turismo e deixou o cargo para disputar o Senado por Pernambuco. Ele acabou com 29%, derrotado para Teresa Leit�o (PT), que fez 46%. Ele ficou conhecido como o sanfoneiro de Bolsonaro e se tornou um dos nomes mais pr�ximos do presidente.

A nomea��o para o comando da Embratur prev� um mandato de quatro anos no cargo. A lei que trata do �rg�o, por�m, afirma que o chefe do Executivo pode demiti-lo. Assim, Lula pode retir�-lo do posto quando assumir o Pal�cio do Planalto, em 1 de janeiro.

O mandat�rio tamb�m escolheu dois aliados para mandatos de tr�s anos, renov�veis, como integrantes da Comiss�o de �tica P�blica da Presid�ncia da Rep�blica.

Os cargos funcionam com mandatos --portanto, s�o indemiss�veis e integrar�o o colegiado durante boa parte do terceiro mandato do presidente eleito.

Um deles � C�lio Faria J�nior, ministro-chefe da Secretaria de Governo, e o outro � Jo�o Henrique Nascimento de Freitas, assessor especial no Pal�cio do Planalto.


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