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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Verba privada na elei��o sobe 23% com doadores novatos e bolsonaristas

Doa��es de pessoas f�sicas somaram nas elei��es deste ano um total de R$ 808 milh�es, ante R$ 657 milh�es obtidos pelos candidatos em 2018


04/12/2022 23:36 - atualizado 05/12/2022 08:51

Eleitor na cabine de votação
Eleitor na cabine de vota��o (foto: Ed Alves/CB)
Em meio � mobiliza��o de empres�rios apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e aliados, as doa��es eleitorais tiveram alta de 23% na elei��o deste ano em compara��o com o pleito de 2018.

A eleva��o na arrecada��o tamb�m ocorre na esteira do engajamento de doadores novatos, que n�o haviam contribu�do para candidaturas quatro anos atr�s.

Dados tabulados pela Folha apontam que as doa��es de pessoas f�sicas somaram nas elei��es deste ano um total de R$ 808 milh�es, ante R$ 657 milh�es obtidos pelos candidatos em 2018 (em valores corrigidos pela infla��o do per�odo).

Os repasses de doadores que n�o haviam contribu�do para campanhas h� quatro anos representaram neste ano quase 70% do arrecadado diretamente pelas candidaturas via pessoas f�sicas.

 

As informa��es se referem apenas a repasses diretos aos candidatos, excluindo pagamentos de financiamento coletivo, popularmente conhecidos como vaquinhas. H� um outro mecanismo de doa��o, minorit�rio neste pleito, que � a doa��o para os diret�rios dos partidos.

Em n�meros absolutos, o maior volume de doa��es diretas neste ano novamente foi para candidaturas a deputado estadual e distrital. Em todo o pa�s, se candidataram �s Assembleias (e � C�mara Distrital no DF) mais de 17 mil pessoas.

O partido que mais recebeu recursos de pessoas f�sicas foi o PL, de Bolsonaro, com R$ 172 milh�es. A candidatura do presidente, sozinha, obteve o equivalente a mais de 10% do total de doa��es privadas diretas pelo pa�s.

A elei��o tamb�m foi financiada por meio de recursos p�blicos do fundos eleitoral, que neste ano distribuiu quase R$ 5 bilh�es.

O pleito de 2018 foi a primeira elei��o nacional realizada com a proibi��o de doa��es de empresas, determinada pelo Supremo Tribunal Federal em 2015. At� ent�o, iniciativas de repasse direto de pessoas f�sicas para candidatos eram menos frequentes.

Em 2018, as contribui��es diretas para presidenci�veis tinham sido proporcionalmente pequenas se comparadas com a era do financiamento empresarial, vigente at� 2014. Foram pouco mais de R$ 6 milh�es pagos.

Apesar da onda bolsonarista na elei��o de 2018, o hoje presidente e seus aliados ainda n�o haviam consolidado naquele ano uma base no meio empresarial, o que se cristalizou s� na reta final daquela campanha.

 

Naquela elei��o, a lideran�a folgada de Bolsonaro nas pesquisas se firmou apenas faltando poucas semanas para o primeiro turno, e o eleitorado de centro-direita ainda parecia disperso entre outras op��es.

Bolsonaro terminou aquele pleito com receitas totais de R$ 5,5 milh�es (tamb�m em valores corrigidos), quantia modesta at� para um candidato a governador. A cifra inclu�a dinheiro do partido ao qual era filiado, o PSL, e principalmente, vaquinha de apoiadores.

Em volume de doa��es diretas, a candidatura presidencial mais bem-sucedida naquele ano acabou tendo desempenho de nanico. Foi a do senador �lvaro Dias, do Podemos, com R$ 2,6 milh�es em valores corrigidos. Ele fez s� 0,8% dos votos v�lidos e ficou apenas na nona posi��o.

A maioria dos candidatos pagou as contas daquela campanha principalmente com dinheiro dos fundos eleitoral e partid�rio.

Os apoiadores de Bolsonaro pelo pa�s, como o eleito naquele ano no Rio de Janeiro, Wilson Witzel (� �poca no PSC), em geral tamb�m n�o tiveram receitas elevadas.

O candidato que mais obteve doa��es diretas naquele pleito foi o � �poca tucano Jo�o Doria, que se elegeu para o Governo de S�o Paulo e havia se projetado na pol�tica com sua atua��o em organiza��es empresariais. Ele arrecadou de pessoas f�sicas R$ 9,4 milh�es.

Neste ano, o doador que mais contribuiu para a campanha de Bolsonaro foi o advogado, investidor e pastor evang�lico Fabiano Campos Zettel, que repassou R$ 3 milh�es. Tamb�m pagou outros R$ 2 milh�es para o eleito em S�o Paulo, Tarc�sio de Freitas, do Republicanos.

N�o constam na Justi�a Eleitoral doa��es de Zettel em nenhum dos pleitos desde 2014. � Folha em novembro ele disse, por meio de sua assessoria, que faz doa��es de acordo com suas "convic��es pessoais e valores crist�os de fam�lia conservadora".

Outros empres�rios tamb�m de trajet�ria de pouco envolvimento eleitoral tamb�m participaram do financiamento de campanha de maneira significativa.

S�o os casos de Orlando Bagattoli, que � do ramo da agropecu�ria e irm�o do senador eleito de Rond�nia Jaime Bagattoli (PL), e Heitor Liden, de uma cal�adista do Rio Grande do Sul.

 


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