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Estado de Minas NOVO GOVERNO

Lula ser� diplomado revivendo momento de 20 anos atr�s, sua primeira vez

Na cerim�nia anterior de entrega do certificado de presidente da Rep�blica, em 2002, Lula fugiu do protocolo e improvisou no discurso na Justi�a Eleitoral


11/12/2022 11:28

Lula
(foto: Wanderlei Pozzembom/CB/D.A Press)

Na tarde desta segunda-feira, o presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva (PT) vai se reencontrar com o passado, de olhos para o futuro. Vencedor do pleito deste ano com mais de 60 milh�es de votos, o petista ser� diplomado na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em cerim�nia marcada para as 14h, e vai revivier o momento de 20 anos atr�s.

O certificado, que ser� entregue a Lula pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, � a formaliza��o da Justi�a Eleitoral de que o presidente do Brasil entre 2003 e 2010 estar� apto para assumir o terceiro mandato a partir de 1º janeiro de 2023.

Em 14 de dezembro de 2002, Lula e o ent�o vice-presidente eleito Jos� Alencar Gomes da Silva foram diplomados pelo TSE em cerim�nia que reuniu mais de 500 convidados na capital federal. Na ocasi�o, Lula rompeu todas as formalidades e se comoveu. Com a voz embargada e olhos marejados, expressou a emo��o de chegar ao mais alto posto do Poder Executivo, ap�s tr�s derrotas nas campanhas presidenciais de 1989, 1994 e 1998. Naquele fim de 2002, o petista comentou a emo��o de ser o 37º presidente da Rep�blica, o primeiro sem forma��o universit�ria da hist�ria do pa�s.

"Se havia algu�m no Brasil que duvidava que um torneiro mec�nico, sa�do de uma f�brica, [...] chegasse � Presid�ncia da Rep�blica, 2002 provou exatamente o contr�rio. E eu, que, durante tantas vezes fui acusado de n�o ter um diploma superior, ganho como meu primeiro diploma, o diploma de presidente da Rep�blica do meu pa�s", afirmou, entre choros e aplausos.

Durante a cerim�nia, Lula ainda disse que, "em raz�o do protocolo r�gido", tinha trazido um discurso escrito para poder respeitar o tempo previsto para sua fala. Por�m, ele abandonou o texto e improvisou. "Cinco minutos eu normalmente uso s� para dizer que estou concluindo e falo depois por mais meia hora", brincou antes de come�ar a ler. "Parabenizo, e nunca me cansarei de faz�-lo, o povo brasileiro e tamb�m as autoridades do TSE pelo zelo na condu��o das elei��es", agradeceu Lula depois da diploma��o.

O ex-ministro Nelson Jobim, ent�o presidente do TSE, comentou o depoimento do petista. "As palavras de Lula demonstraram que temos um presidente sens�vel e preocupado, e teremos um grande futuro para o pa�s."

A diploma��o emocionada do presidente eleito do Brasil, em 2002, comoveu o pa�s em geral e os pol�ticos. Um deles foi o deputado Valdemar Costa Neto, que j� era presidente do PL, atual partido do presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar confessou-se emocionado com o discurso de Lula, dizendo que ele resumiu o sentimento de muitos brasileiros que n�o t�m acesso � educa��o. O ex-governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola, um dos fundadores do PDT, considerou as palavras de Lula uma esp�cie de resposta e de reprova��o �s elites brasileiras, na �poca.

Neste ano, Lula foi eleito novamente, e, desta vez, em uma elei��o apertada e polarizada, por�m com mais influ�ncia. Moraes atendeu ao pedido de Lula e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), uma semana antes do prazo final, 19 de dezembro.

A diploma��o de Bolsonaro, em 2018, tamb�m ocorreu antes da data limite definida pelo tribunal, em 10 de dezembro. Na cerim�nia em que a Justi�a Eleitoral confirma oficialmente o resultado das urnas, ap�s o t�rmino do prazo de questionamentos, o atual chefe do Executivo elogiou o trabalho do TSE, �rg�o que se tornou alvo frequente de seus ataques.

Em conversa com lideran�as do MDB, Lula afirmou que pretendia aguardar a diploma��o para divulgar os nomes da maioria de seus futuros ministros do novo governo. Na sexta-feira, por�m, antecipou o an�ncio oficial de cinco ministros: Jos� M�cio Monteiro, na Defesa; Fernando Haddad, na Fazenda; Fl�vio Dino, na Justi�a e Seguran�a P�blica; Rui Costa, na Casa Civil; e Mauro Vieira, nas Rela��es Exteriores.

Nova companheira na posse

Rosângela da Silva, a Janja
Ros�ngela da Silva, a Janja, sinaliza ir al�m do papel de primeira-dama (foto: Sergio Lima/AFP)

Na cerim�nia de diploma��o de segunda-feira, o presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva (PT) ter� uma nova companheira, a soci�loga Ros�ngela Silva, a Janja, como prefere ser chamada. Casaram-se em maio deste ano, e ela trabalhou com afinco durante a campanha eleitoral.

Lula estava vi�vo desde 2017, quando a ex-primeira-dama Marisa Let�cia Lula da Silva, com quem foi casado por 43 anos e estava ao lado dele em todos os eventos oficiais, morreu de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Em 2002, na cerim�nia da diploma��o de Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marisa Let�cia viu o marido chorar e ouviu seus agradecimentos. Dentro de um vestido feito pelo estilista Walter Rodrigues, a ent�o primeira-dama usava a cor da bandeira do Brasil, em um modelo azul em crepe, com apliques no busto e mangas feitos por artes�s da ONG brasiliense Apoena. "Porque a Marisa � assim: gosta de valorizar a identidade brasileira. Preparei um dossi� de cada cooperativa que trabalha com meu ateli� e entreguei a ela", afirmou o estilista, na �poca.

Janja, por sua vez, vem dando mostras de que n�o ser� uma primeira-dama "decorativa", como alguns opositores se referiam a Marisa Let�cia. Durante a campanha, foi uma figura quase onipresente e pe�a-chave na acirrada disputa ao Pal�cio do Planalto. A futura primeira-dama cuidou n�o apenas do bem-estar de Lula, mas tamb�m das agendas do presidente eleito e at� das estrat�gias nas redes sociais.

A soci�loga � respons�vel pela coordena��o da posse e da organiza��o de um festival que ter� in�cio em 1º de janeiro de 2023, que ocorrer� ap�s a cerim�nia no Planalto. Ela ainda n�o comentou sobre a roupa que usar� na ocasi�o, mas demonstrou o desejo de que o marido suba a rampa do Pal�cio Planalto ao lado de Resist�ncia, a vira-lata adotada pelo casal. A cadela passou os 580 dias da pris�o do petista na vig�lia montada em frente � Superintend�ncia da Pol�cia Federal (PF), em Curitiba.

*Estagi�ria sob a supervis�o de Rosana Hessel


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