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Estado de Minas MINIST�RIO

Tebet negocia Planejamento turbinado, mas Fernando Haddad resiste

Com menos de uma semana para a posse, Lula ainda sonda indica��o da senadora para o Minist�rio do Planejamento e Or�amento


26/12/2022 20:57 - atualizado 26/12/2022 22:33

Montagem: Tebet x Haddad
Haddad discorda de Tebet no Planejamento, sob o argumento de que eles t�m vis�es diferentes sobre economia (foto: Tulio Santos/EM/Ed Alves/CB/D.A Press)
BRAS�LIA, DF (FOLHAPRESS) - Faltando menos de uma semana para a posse do governo eleito de Luiz In�cio Lula da Silva, a poss�vel indica��o de Simone Tebet (MDB) para assumir o Minist�rio do Planejamento e Or�amento criou desconforto para uma ala do PT e deflagrou uma negocia��o pela reestrutura��o da pasta.

 

Neste ter�a-feira (27) est� previsto um encontro entre Tebet e Lula para tratar do minist�rio.

 

O nome da senadora como titular do Planejamento � defendido pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que quer mulheres em postos mais importantes no governo. No entanto, a proposta n�o foi bem aceita pelo futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sob o argumento de que ele e Tebet t�m vis�es diferentes sobre a condu��o da �rea econ�mica.

 

Nesta segunda-feira (26), Haddad conversou com integrantes do MDB e fez um apelo para que o senador eleito Renan Filho (MDB-AL) assuma a pasta.

 

O ex-governador de Alagoas havia sido sondado pelo futuro ministro da Fazenda para chefiar o Planejamento h� cerca de 20 dias. A bancada do Senado, por�m, resolveu pleitear um minist�rio que tivesse o que consideram uma "fun��o final�stica".

 

Por isso, ficou resolvido que Renan Filho seria o titular do Minist�rio dos Transportes. Nesta segunda, emedebistas repetiram a Haddad que o senador eleito foi indicado pela bancada para comandar outra pasta e, por isso, n�o deve ir para o Planejamento.

 

Olhando o embate pol�tico de longo prazo, quem acompanha a forma��o dos minist�rios diz ainda que no Planejamento Tebet poderia ganhar musculatura para fazer sombra sobre Haddad, que vem sendo preparado para ser um nome de peso em futuras disputas eleitorais do partido, inclusive � Presid�ncia da Rep�blica.

 

Historicamente, Economia e Planejamento trabalham em sintonia. No Lula 3, a parceria entre os titulares precisa ser mais afinada ainda, dada a ambi��o do futuro governo de recuperar o planejamento de longo prazo e tamb�m promover uma reforma administrativa.

 

 

 

 

Quem acompanha o processo de negocia��o afirma que tamb�m h� diverg�ncias em rela��o � constitui��o do novo Planejamento. Mesmo sendo um minist�rio j� poderoso, por incluir a gest�o do Or�amento, o MDB almeja engordar a pasta com outras atribui��es.

 

Desde a semana passada, como a Folha de S.Paulo mostrou, o MDB pleiteia que o minist�rio tamb�m incorpore o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Essa �rea, at� o momento, est� designada para a Casa Civil, de Rui Costa.

 

Segundo integrantes do futuro governo, h� a possibilidade de que o programa seja transferido da al�ada de Costa para o Planejamento, com o objetivo de acomodar a senadora. O futuro titular da Casa Civil, por�m, resiste a ceder o programa. 

 

Tebet tem indicado que topa assumir o Planejamento. Al�m dela, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) tamb�m � cotado para a pasta.

 

A senadora tamb�m sinalizou que gostaria que a pasta ficasse com Caixa e Banco do Brasil. Esses bancos p�blicos, por tradi��o, s�o subordinados � Fazenda, e sua eventual transfer�ncia para o Planejamento n�o foi bem recebida. 

 

Segundo a reportagem apurou, essa proposta � de dif�cil aceita��o. O grupo de trabalho da Transi��o respons�vel pela �rea de Desenvolvimento Regional prop�s que os bancos regionais fossem para o Planejamento, mas a sugest�o foi recha�ada.

 

A senadora preferia ter ficado com o Minist�rio do Desenvolvimento Social. A pasta, no entanto, foi reivindicada pelo PT por ser respons�vel pela gest�o do Bolsa Fam�lia, programa que � a vitrine do partido e vai iniciar o governo com um dos maiores or�amentos entre os minist�rios. 

 

Desde ent�o, o governo eleito tem buscado alternativas para a senadora, que foi importante para ampliar os votos de Lula no segundo turno.

 

 

 

 

Como desejo inicial j� foi frustrado, interlocutores do PT dizem que ser� politicamente complicado n�o atender novos pleitos da senadora. Na sexta, quando conversou com Tebet, Lula tamb�m colocou sobre a mesa os minist�rios do Turismo e Cidades como op��es.

 

A senadora rejeita ocupar o Turismo. J� em rela��o a Cidades, o entrave ocorre porque a pasta � reivindicada pela bancada do MDB na C�mara. A avalia��o no partido � que se Lula der a Tebet a pasta, isso criaria um problema pol�tico com os deputados, o que poderia gerar desgastes ao petista em vota��es na Casa.

 

Tebet chegou a ser convidada para o Minist�rio da Agricultura, mas rejeitou assumir a pasta. Depois, o PT passou a trabalhar com o cen�rio em que ela assumiria o Minist�rio do Meio Ambiente. Como mostrou a Folha de S.Paulo, Gleisi Hoffmann inclusive sondou a senadora para a pasta na segunda-feira da semana passada (19).

 

A emedebista, por�m, n�o queria passar por cima de Marina Silva (Rede-AP) e condicionou aceitar o Meio Ambiente somente se a colega declinasse.

 

O plano do PT era que Marina fosse a autoridade clim�tica do governo e assumisse o �rg�o, que teria status de minist�rio, ligado � Presid�ncia da Rep�blica. A deputada eleita pela Rede, por�m, deixou claro que preferia ser ministra. Por isso, Lula indicou ainda na semana passada que nomearia Marina como titular da pasta ambiental.

 

 

 

 

Lula reafirmou a Tebet que gostaria de t�-la no primeiro escal�o do governo e a sondou para o Planejamento. A senadora tem dito a aliados que n�o condicionou o apoio a Lula a um espa�o no governo, e que, por isso, s� aceitaria uma pasta em que ela julgasse que poderia colaborar com o governo.

 

A senadora relatou ainda que n�o teria tanta afinidade com a pol�tica econ�mica do PT e que isso poderia ser uma dificuldade. A parlamentar, por�m, recebeu apelos, inclusive de representantes do mercado financeiro, para aceitar o minist�rio.

 

A escolha do titular do planejamento se arrasta h� semanas.

 

Gleisi Hoffmann almejava o posto e chegou a ser cotada, mas Lula preferiu que ela permanecesse como presidente do PT. O senador eleito Wellington Dias (PI-PT) chegou a ser cogitado para o posto, mas acabou escolhido para Desenvolvimento Social.

 

Ventilou-se um convite para o economista Persio Arida, mas ele declarou em entrevista � Folha de S.Paulo que n�o tinha inten��o de retornar ao governo, sinalizando que sua contribui��o ficaria restrita a sugest�es para o grupo de trabalho dedicado � transi��o na economia. O economista Andr� Lara Resende foi convidado para assumir a pasta h� uma semana, mas declinou.

 


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