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Estado de Minas AMEA�A DE ATENTADO

"Ina��o de autoridades chama aten��o", diz ex-secret�rio de Seguran�a do DF

"N�o se tem not�cia, durante o curso da Nova Rep�blica, de atentado com fins pol�ticos, para impedir a posse do presidente ou protestar"


27/12/2022 07:08 - atualizado 27/12/2022 07:51

Arthur Trindade
(foto: Mariana Lins/CB/D.A Press)
Ex-secret�rio de Seguran�a P�blica do Distrito Federal e professor de sociologia da Universidade de Bras�lia, Arthur Trindade tem pesquisado e publicado trabalhos sobre viol�ncia urbana, pol�cias, seguran�a p�blica, democracia e cidadania.
Ele destaca a gravidade e o inusitado da tentativa de explos�o de uma bomba em Bras�lia. "N�o se tem not�cia, durante o curso da Nova Rep�blica, desde a redemocratiza��o, de atentado com fins pol�ticos, para impedir a posse do presidente ou protestar", afirmou, em entrevista ao programa CB.Poder, parceria entre o Correio e a TV Bras�lia. A seguir, os principais trechos:

Gostar�amos de uma an�lise do senhor sobre a tentativa de atentado em Bras�lia.

De fato � grav�ssimo o que aconteceu. Uma tentativa de atentado terrorista, a bomba, com motiva��o pol�tica. Algo que acredit�vamos que o Brasil j� tinha superado pelo menos h� 50 anos. N�o se tem not�cia, durante o curso da Nova Rep�blica, desde a redemocratiza��o, de atentado com fins pol�ticos, para impedir a posse do presidente ou protestar.

George Washington foi indiciado por pr�tica de terrorismo. N�o me recordo de um indiciamento por pr�tica de terrorismo, pelo menos, n�o nos �ltimos cinco anos. Isso � um crime considerado grav�ssimo?

Temos leis que s�o aplicadas em situa��es como essa. A nova lei de prote��o do Estado democr�tico, que substituiu a Lei de Seguran�a Nacional, tem sido aplicada por v�rias autoridades. O ministro Alexandre de Moraes, por exemplo. E tem a lei antiterrorismo, aprovada por ocasi�o dos Jogos Ol�mpicos. Diria que n�o � algo que n�o acontece h� cinco anos, n�o acontece h� 50 anos, algu�m ser enquadrado na lei de terrorismo por um ato com motiva��o pol�tica, da� a gravidade do fato. Queria chamar a aten��o em rela��o aos CACs (ca�adores, atiradores esportivos e colecionadores). N�o � s� um excesso de armas em circula��o, n�o � s� o fato de a legisla��o atual ser bastante permissiva com essas armas, mas tamb�m o risco de permitir a cria��o de c�lulas terroristas no pa�s. � a articula��o de grupos de mil�cias armadas.
O empres�rio contou em depoimento que trouxe o arsenal do Par�, na maior facilidade. Esse livre registro de armas � algo que precisa ser revisto?

N�o vi nenhuma not�cia ainda que esse empres�rio tivesse a guia de transporte, que � uma autoriza��o para que transportasse essas armas. E mesmo que tivesse, a guia permitiria o transporte da resid�ncia do colecionador, atirador ou ca�ador para o estande tiro, ou para o local de uso da arma. N�o para viajar. Ele viajou transportando as armas em rodovias federais, que supostamente deveriam ser guarnecidas pela Pol�cia Rodovi�ria Federal.

S�o situa��es isoladas, ou falamos de organiza��o criminosa terrorista?

Tudo leva a crer que, sim, h� uma organiza��o criminosa que planeja esses atos. Resta saber o tamanho dessa organiza��o, quem financia e o grau de articula��o dessa rede. Provavelmente diz respeito a uma s�rie, um n�mero poss�vel de outros CACs que se articulam em v�rios estados.

A gente precisa relembrar do cen�rio de guerra que ocorreu aqui na �rea central de Bras�lia, no dia 12. Qual � a preocupa��o em rela��o a isso?O pr�prio empres�rio, criminoso, anunciou que a sua atitude tem conex�o com os atentados de 12 de dezembro. S�o fatos conectados, com origem nesses grupos que est�o protestando �s portas dos quart�is das For�as Armadas. O que chama a aten��o � a ina��o das autoridades, principalmente das federais, mas as locais, tamb�m. Por�m � uma situa��o muito delicada para as autoridades locais, uma vez que as pessoas acampadas est�o em �rea militar, portanto, sob jurisdi��o militar e das for�as federais.

Como avalia o vandalismo do dia 12?

Os atentados aconteceram no dia da diploma��o de Lula. Algumas pessoas t�m feito o paralelo com a situa��o do Capit�lio nos Estados Unidos, quando houve aquele atentado tamb�m, no dia em que o Congresso ia reconhecer o resultado das elei��es. Ent�o, aquilo ali n�o foi uma data qualquer. Outra quest�o que temos de cobrar das autoridades federais � o fato de que essas pessoas est�o acampadas na frente do QG do Ex�rcito h� bastante tempo, e que os servi�os de intelig�ncia n�o est�o fazendo o monitoramento adequado dessas pessoas.
*Estagi�ria sob a supervis�o de Cida Barbosa

 

 


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