
Para a C�mara, foi escolhido o deputado Jos� Guimar�es (PT-CE); para o Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e para o Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Guimar�es foi o escalado por Lula para articular a PEC da Gastan�a na C�mara, onde a negocia��o chegou a travar durante o julgamento das emendas de relator pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Ele substitui Reginaldo Lopes (PT-MG), que deixa a lideran�a, mas seguir� na Casa ap�s n�o ter sido contemplado por um minist�rio.
Jos� Guimar�es afirmou que n�o descarta o apoio da Uni�o Brasil ao novo governo no Congresso. "� di�logo e constru��o. Quando n�s come�amos a PEC [da Gastan�a], ningu�m imaginava que a Uni�o Brasil ia votar quase 100% na PEC."
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Na vota��o do primeiro turno do plen�rio da C�mara, 12 dos mais de 50 deputados da legenda foram contr�rios. A indica��o da lideran�a do partido foi pela aprova��o da proposta.
Ele tamb�m disse que o novo governo ter� como caracter�stica o di�logo e a paci�ncia para "construir a nova governabilidade". "Esse olhar cuidadoso � atribu�do a todos aqueles que v�o estar na Esplanada, ainda mais eu, como l�der do governo na C�mara."
O parlamentar afirmou ainda que partidos que apoiaram a candidatura do presidente Lula durante a campanha e na transi��o e n�o foram contemplados com minist�rios, como Solidariedade, PV, Avante e Agir, "precisam ter espa�o no governo".
"N�s estamos vendo, vamos come�ar a discutir hoje no final da tarde para buscar um caminho para que todos se sintam felizes", afirmou.
Antes, Jaques Wagner foi o escolhido pelo partido para avan�ar a PEC no Senado quando ela empacou, antes mesmo de o texto sequer ir para vota��o na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a.
Wagner, que tamb�m foi cotado para alguns minist�rios no in�cio da transi��o, assume o posto que hoje pertence a Paulo Rocha (PT-PA) —que, por sua vez, deixar� o Senado.
Ap�s o an�ncio, Lula afirmou que n�o escolheu Wagner para nenhum minist�rio, justamente pois entende que ele ser� importante na articula��o do Senado na pr�xima Legislatura.
J� Randolfe Rodrigues, o �nico n�o petista dentre os tr�s l�deres, foi um dos articuladores da campanha de Lula durante as elei��es e era o principal nome da Rede, para assumir um minist�rio no governo.
Randolfe acabou n�o contemplado na Esplanada, j� que o cargo do partido foi para Marina Silva (Rede-SP), que foi confirmada no Meio Ambiente. Durante e tamb�m depois da campanha, ele articulou ainda junto ao STF e esteve presente em encontros entre ministros da corte e Lula.
No an�ncio, Lula chamou Randolfe de "revela��o" no Senado, em raz�o de sua atua��o durante a campanha que venceu Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das elei��es. "Nada dar� certo se a gente n�o tiver bons l�deres na C�mara e no Senado", afirmou Lula.
Pr�ximo titular das Rela��es Institucionais, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) afirmou que o di�logo com o Congresso Nacional e os governos estaduais e municipais "n�o come�a nem termina na defini��o" dos ministros.
"Quando a gente d� um primeiro passo de montagem desse governo, o interesse n�o � voc� contabilizar quantos deputados e quantos senadores [ter� na base]. � trazer quadros pol�ticos competentes, com compet�ncia t�cnica, de gest�o e da pol�tica que ampliam a rela��o com essa base", afirmou.
"A partir desse primeiro passo, vamos conversar com cada l�der que cedeu quadros para a composi��o do governo. Vamos ter di�logos ao longo do m�s de janeiro e vamos chegar l� em fevereiro com a base muito est�vel e s�lida para fazer o que a gente precisa fazer no pa�s", continuou.