
A expectativa � de que essas siglas ocupem posi��es no segundo escal�o, que o petista fez quest�o de valorizar.
"Depois de muitos ajustes, terminamos de montar o primeiro escal�o do governo. N�o menos importante, a partir da posse, vamos come�ar a discutir o segundo escal�o, os cargos do governo federal em cada estado, para que a gente possa, em pouco tempo, ter todas as informa��es para fazer a m�quina funcionar", frisou. "Eu queria dizer para voc�s que a constru��o do governo continua, e vai continuar, inclusive, depois da posse."
Para a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, os partidos que fizeram parte da coliga��o de Lula s�o prioridade agora. "Gostar�amos muito que eles estivessem participando de minist�rio, mas, infelizmente, n�o tinha espa�o. A gente sente muito isso, mas vamos procurar contemplar agora para nos ajudar no segundo escal�o", afirmou.
Futuro titular da Secretaria de Comunica��o, Paulo Pimenta admitiu: "Teve muita gente boa que podia ser aproveitada e n�o foi". J� o l�der da oposi��o na C�mara, Wolney Queiroz (PDT-PE), destacou n�o ser poss�vel agradar a todo o mundo, mas que "foi o acordo poss�vel".
Por�m, partiram do PT de Minas Gerais as primeiras cr�ticas � forma��o. "Muito espa�o para o Centr�o e acordos mal costurados. A composi��o foi muito malfeita, muitas escolhas pessoais com uma costura que n�o representa o plen�rio. Nove minist�rios para o Centr�o � muito. E n�o tem a ver com o PT, que j� tem muito mist�rio. Prevejo � problemas na C�mara", disse o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG). At� quarta-feira, ele era nome convidado para integrar o governo e, ontem, para acomodar aliados do centro, foi desconvidado da Esplanada.
Mas se a engenharia de Lula foi complexa, a do senador Davi Alcolumbre (UB-AP) tampouco foi simples, ao indicar o governador do Amap�, Waldez G�es, do PDT, para uma das vagas da cota do Uni�o Brasil. J� o aliado e indicado do presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), Elmar Nascimento (Uni�o-BA), acabou vetado pelos petistas da Bahia, onde sempre foi um opositor ao PT.
O veto foi negado pelo futuro l�der do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). "Teve interfer�ncia zero do presidente da Rep�blica. As escolhas foram feitas pelo Uni�o Brasil, e os nomes, entregues para n�s. Em nenhum momento, da nossa parte, chegou a ter veto", ressaltou. Se a escolha do G�es mostrou a for�a de Alcolumbre, apontou tamb�m a redu��o da influ�ncia de Lira no pr�ximo governo.
A ades�o do Uni�o Brasil, partido do senador eleito Sergio Moro (PR), foi motivo de piada nas redes sociais e de apostas de aliados do novo governo de que o ex-juiz deixar� a legenda.
Para o deputado petista Marcon (RS), "Moro n�o deve aguentar at� fevereiro". J� Randolfe Rodrigues disse que o senador eleito deveria mostrar coer�ncia. "Se ele fosse coerente, teria de sair de um partido que faz parte do governo Lula."
O parlamentar enfatizou que o acordo com a legenda envolve apoio nas duas casas legislativas. "Foi prometido que todas as bancadas do Uni�o Brasil, tanto no Senado quanto na C�mara, votar�o conosco", ressaltou.