
"A gente precisa fazer com que as pessoas que n�o recebem o Bolsa Fam�lia, mas t�m direito, recebam. E, tamb�m, qualificar o Cadastro �nico (Cad�nico) para que, de fato, o recurso seja bem utilizado", disse Quint�o ao Estado de Minas.
O Cad�nico citado por Quint�o � o mecanismo utilizado pelo governo federal para identificar as fam�lias que precisam ser atendidas por programas sociais.
Assistente social e soci�logo de forma��o, o petista fez parte do grupo de trabalho de Combate � Fome do gabinete de transi��o montado pelo presidente eleito, Luiz In�cio Lula da Silva (PT). Durante as an�lises feitas pelo comit�, o futuro secret�rio identificou a necessidade de "reconstruir" a base de dados.
"� fundamental essa qualifica��o do cadastro, seja para incorporar quem tem direito e est� fora, seja, tamb�m, para corrigir eventuais distor��es. A tarefa inicial � um trabalho articulado com estados e munic�pios na qualifica��o desse Cadastro �nico", explicou.
� frente do Minist�rio do Desenvolvimento Social, estar� o senador eleito Wellington Dias (PT-PI). Segundo os termos da Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) da Transi��o, aprovada neste m�s pelo Congresso Nacional, o Bolsa Fam�lia tem, al�m dos R$ 600, parcela adicional de R$ 150 por filho �s fam�lias com crian�as.
"A linha do presidente Lula � muito clara: prioridade total �s pessoas que est�o passando fome", pontuou o novo secret�rio.
Secret�rio quer 'mobilizar' assist�ncia social
A Secretaria Nacional de Assist�ncia Social est� no topo do organograma do Sistema �nico de Assist�ncia Social (Suas). Seiscentos mil trabalhadores atuam na �rea em todo o pa�s. Quint�o, que j� foi secret�rio de Estado de Desenvolvimento Social em Minas Gerais entre 2015 e 2016, admite que a requalifica��o do Cad�nico pode levar tempo, mas cr� no sucesso da empreitada."O desafio � mobilizar e articular essas for�as acad�micas, profissionais e sociais em torno do combate � fome e da mis�ria no Brasil", assinalou.
Doze mil institui��es comp�em a estrutura da assist�ncia social brasileira. Entre elas est�o, por exemplo, os Centros de Refer�ncia da Assist�ncia Social (Cras) e os Centro de Refer�ncia da Popula��o de Rua (Centros Pop). Por isso, para al�m da transfer�ncia de renda, o secret�rio garante que vai haver espa�o a outras pol�ticas p�blicas.
"As vulnerabilidades sociais s�o m�ltiplas. H� idosos e crian�as em situa��o de abandono, o trabalho infantil, pessoas idosas que merecem cuidados especiais e a popula��o em situa��o de rua. A assist�ncia social, al�m de facilitar o recebimento do benef�cio do Bolsa Fam�lia, contribui no acompanhamento das fam�lias e no trabalho de aten��o integral", disse.
Andr� Quint�o � l�der da coaliz�o de oposi��o ao governador Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa. Para assumir o cargo na esfera federal, por�m, vai ter de renunciar ao mandato parlamentar. Neste ano, disputou a elei��o como candidato a vice-governador na chapa de Alexandre Kalil (PSD).
Al�m do mineiro, o ministro Wellington Dias divulgou o nome de sete componentes de seu secretariado. A pasta vai ter ramos dedicados a temas como Seguran�a Alimentar, Renda e Cidadania e Inclus�o Socioecon�mica.
Expectativa por mais nomea��es no segundo escal�o
Quint�o � o primeiro mineiro a ser nomeado para um cargo no segundo escal�o do governo Lula. Fontes ligadas ao PT ouvidas sob reservas pela reportagem acreditam na presen�a de mais representantes do estado em postos-chave dos minist�rios.
Apenas um pol�tico de Minas Gerais foi escalado para chefiar as pastas da Esplanada dos Minist�rios. Trata-se do senador Alexandre Silveira (PSD), escolhido para o Minist�rio de Minas e Energia.