
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), vem sendo pressionado a exibir uma melhora nas contas do pa�s, ap�s o aumento de despesas autorizado pelo Congresso Nacional elevar a perspectiva de rombo para o ano que vem para al�m dos R$ 200 bilh�es.
O impacto do benef�cio j� est� previsto no Or�amento de 2023, mas a revers�o de desonera��es � justamente uma das op��es da nova equipe para amenizar o d�ficit em 2023.
Haddad e seu time j� trabalham em um levantamento das medidas adotadas no apagar das luzes do mandato de Bolsonaro, para explicitar seus impactos e decidir quais delas ser�o revogadas.
O decreto, publicado em edi��o extra do Di�rio Oficial da Uni�o nesta sexta-feira (30), reduz � metade as al�quotas de Pis e Cofins sobre as receitas financeiras de empresas que adotam o regime n�o cumulativo para recolher as contribui��es. Em geral, apenas grandes empresas optam por essa modalidade.
A medida foi assinada pelo vice-presidente Hamilton Mour�o (Republicanos), uma vez que Bolsonaro optou por deixar o pa�s antes da posse de Lula, neste domingo (1º).
"Busca-se reduzir a carga tribut�ria do Pis/Cofins sobre as receitas financeiras das empresas que est�o no sistema n�o cumulativo, liberando recursos para que estas possam expandir suas opera��es, investir e criar novos empregos", diz a Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica, sem explicitar os efeitos fiscais da decis�o.
Empresas do regime n�o cumulativo pagam uma al�quota de 9,65% de Pis/Cofins sobre suas receitas. No entanto, esse percentual cai a 4,65% quando se trata de receitas financeiras -obtidas com rendimentos de aplica��es no mercado, como t�tulos de renda fixa, al�m de juros cobrados de fornecedores ou descontos obtidos pelas companhias.
Com o decreto do governo Bolsonaro, a al�quota fica reduzida a 2,33% a partir de 1º de janeiro de 2023.