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Estado de Minas BRASIL

Lula sobre For�as Armadas: 'N�o s�o o poder moderador que pensam que s�o'

O petista afirmou ainda que confia em Jos� M�cio Monteiro, apesar dos desgastes que vem sofrendo, e disse que ele continuar� no Minist�rio da Defesa


12/01/2023 15:43 - atualizado 12/01/2023 15:43

Lula
Lula disse estar 'convencido' de que gente de dentro do pal�cio permitiu a entrada de golpistas (foto: EVARISTO SA / AFP)
O presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) disse, nesta quinta-feira (12), que as For�as Armadas n�o s�o "poder moderador como pensam que s�o" e exp�s desconfian�a com a seguran�a do Pal�cio do Planalto ao dizer que tem convic��o de que policiais e militares deixaram os manifestantes golpistas invadirem a sede do Poder Executivo no �ltimo domingo (8).

 

O petista afirmou ainda que confia em Jos� M�cio Monteiro, apesar dos desgastes que ele vem sofrendo, e disse que ele continuar� � frente do Minist�rio da Defesa.

 

"Essa a imagem que eu tenho das For�as Armadas. Umas For�as Armadas que sabem que seu papel est� definido na Constitui��o. As For�as Armadas n�o s�o o poder moderador como pensam que s�o. As For�as Armadas t�m um papel na Constitui��o, que � a defesa do povo brasileiro e da nossa soberania contra poss�veis inimigos externos. � isso o papel das For�as Armadas e est� definido na nossa Constitui��o. � isso que quero que seja bem feito", disse o petista, em caf� da manh� com jornalistas no Pal�cio do Planalto.

 

Lula disse ainda estar "convencido" de que gente de dentro do pal�cio deixou golpistas entrarem no dia da invas�o ao Planalto.

 

"Eu estou esperando a poeira baixar. Eu quero ver todas as fitas gravadas dentro da Suprema Corte, dentro do pal�cio. Teve muito agente conivente. Teve muita gente da PM conivente. Muita gente das For�as Armadas aqui de dentro coniventes. Eu estou convencido que a porta do Pal�cio do Planalto foi aberta para essa gente entrar porque n�o tem porta quebrada. Ou seja, algu�m facilitou a entrada deles aqui", afirmou.

 

Leia: Jos� M�cio nega que deixar� o Minist�rio da Defesa 

 

M�cio est� sob intensa fritura de aliados, ap�s os atos golpistas de vandalismo no �ltimo domingo (8), que depredaram a sede dos Tr�s Poderes em Bras�lia. O ministro era adepto da tese de sa�da pac�fica dos manifestantes em frente ao quartel-general do Ex�rcito.

 

"Quem coloca ministro e tira ministro � o presidente da Rep�blica. O Z� M�cio fui eu quem trouxe para c�, ele vai continuar sendo meu ministro, porque eu confio nele".

 

"Se eu tiver que tirar cada ministro a hora que ele comete um erro, sabe, vai ser a maior rotatividade de m�o de obra da hist�ria do Brasil. Todos n�s cometemos erros. Z� M�cio vai continuar", completou.

 

O presidente disse ainda que falou para o ministro da Defesa e os comandantes das For�as Armadas que, "por muito menos, teve gente presa e tortura na ditadura".

 

Lula recebeu, pela primeira vez, jornalistas nesta manh�. Mas, ao final do encontro, apenas cinco ve�culos puderam perguntar.

 

Leia: M�cio � criticado por Lula e passa por desgaste ap�s atos de vandalismo 

 

Como a Folha de S.Paulo mostrou, M�cio chegou a ser criticado, reservadamente, pelo pr�prio presidente.

 

Irritado com a facilidade com que os invasores chegaram ao Pal�cio do Planalto, Lula criticou, duramente, o desempenho de sua equipe frente aos atos de vandalismo que resultaram na depreda��o da sede do Executivo federal e tamb�m dos pr�dios do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal).

 

Enquanto acompanhava a evolu��o dos ataques por meio de publica��es nas redes sociais, Lula se queixou, especialmente, de M�cio e do ministro-chefe do GSI (Gabinete da Seguran�a Institucional), general Gon�alves Dias —aos quais telefonou, em tom de cobran�a, j� no in�cio das invas�es.

 

Segundo seus aliados, Lula reclama que M�cio tenha subestimado amea�as � seguran�a, apostando na sa�da gradual dos bolsonaristas acampados diante do quartel do Ex�rcito em vez de determinar sua retirada, como, por fim, aconteceu nesta segunda-feira (9).

 

De acordo com relatos desses interlocutores, o presidente avalia ainda que faltou firmeza a M�cio na rela��o com os comandantes das For�as Armadas e que o ministro n�o teria exercido sobre eles qualquer influ�ncia.

 

A c�pula do PT tamb�m passou a torcer, nos bastidores, para que o ministro da Defesa pedisse para deixar o cargo espontaneamente, citando desgaste pessoal ou apelo de familiares.

 

Leia: M�cio sobre as For�as Armadas: 'N�o t�m interesse em golpe' 

 

Seria uma sa�da honrosa para ele, que pouparia Lula da tarefa de demitir um aliado antigo com poucos dias de governo.

 

A aliados, contudo, M�cio admitia a press�o, mas disse nesta semana que � o momento de pessoas respons�veis se juntarem para ajudar o governo.

Durante o caf� da manh� com jornalistas, o presidente tamb�m disse que descartou GLO (Garantia de Lei e da Ordem), sugerida no domingo a ele por M�cio, porque sen�o seria um "golpe".

 

"Se eu tivesse feito GLO, eu teria assumido a responsabilidade de abandonar a minha responsabilidade. A� sim estaria acontecendo o golpe que as pessoas queriam. O Lula deixa de ser governo para que algum general assuma. Quem quiser assumir o governo que dispute uma elei��o e ganhe", afirmou.

 

O petista responsabilizou ainda a Pol�cia Militar do Distrito Federal pelos atos de domingo, dizendo que paga o sal�rio deles e que eles n�o cumpriram sua fun��o.

 


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