
Para Silveira, que j� foi senador por Minas Gerais, “h� muito n�o se ouvia algo t�o estarrecedor e absurdo”. “Sua declara��o deve ser repudiada”, disse.
“Essa postura em nada colabora para a apura��o dos fatos criminosos nem para a pacifica��o que se espera do pa�s. Ao contr�rio, inventa teorias absurdas. As a��es criminosas de extremistas em atos antidemocr�ticos s�o inadmiss�veis e dever�o ser punidas com o rigor da lei”, afirmou o ministro.
Ainda para Silveira, apesar dessa “atitude desrespeitosa e descabida do governador”, o governo tem compromisso de continuar trabalhando para beneficiar as mineiras e os mineiros. “O momento exige responsabilidade de todo”, concluiu.
Entrevista de Zema
Em entrevista � R�dio Ga�cha, na manh� desta segunda-feira (16/1), o governador mineiro afirmou que o governo federal fez "vista grossa" em rela��o aos atos terroristas do Distrito Federal para que pudesse sair como "v�tima" da hist�ria.
Zema disse que qualquer declara��o dita antes da conclus�o das investiga��es � "achismo", mas que ele pode "supor" que houve uma omiss�o por parte dos �rg�os de seguran�a do Governo Lula.
"Me parece que houve um erro da direita radical, que � minoria. Houve um erro tamb�m, talvez at� proposital, do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse, posteriormente, de v�tima. � uma suposi��o. Mas as investiga��es v�o apontar se foi isso", disse em entrevista � R�dio Ga�cha.
"Tudo � uma suposi��o, qualquer conclus�o agora � prematura, mas o Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI) que est� subordinado ao Minist�rio da Justi�a foi comunicado previamente da situa��o e n�o se mobilizou, n�o fez nenhum plano de conting�ncia", continou Zema.
Ao afirmar que a direita radical "foi minoria" nos ataques golpistas aos pr�dios da Pra�a dos Tr�s Poderes, Zema endossa um discurso que cresce nas redes sociais, de que os atos teriam "infiltrados".
Invas�o aos Tr�s Poderes
Vestidos de verde e amarelo, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depredaram o Congresso Nacional, o Pal�cio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) nesse domingo (8/1). Estima-se que 4 mil pessoas participaram da a��o em Bras�lia. At� ter�a-feira (10/1), cerca de 1.200 estavam detidas.
Inconformados com a vit�ria do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), os bolsonaristas ocuparam os Tr�s Poderes para pedir um golpe militar. Foram quebrados objetos hist�ricos, obras de arte, m�veis e vidra�as. Houve invas�o a gabinetes e roubo de documentos e armas.
Ap�s o ataque, o presidente Lula decretou interven��o federal na seguran�a p�blica do Distrito Federal. Horas depois, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu afastar Ibaneis Rocha do governo do DF por 90 dias.
Na segunda-feira (9/1), Lula e representantes de todos os estados fizeram reuni�o pela democracia. Depois, caminharam juntos do Planalto ao STF.
Tamb�m na segunda, os acampamentos de bolsonaristas golpistas foram enfim desmontados ap�s ordem do STF. Mais de 1,2 mil foram detidos em Bras�lia. Concentra��es tamb�m foram desfeitas em S�o Paulo, no Rio de Janeiro e em outras capitais. Na maioria dos casos, sem confrontos.
At� o momento, as investiga��es avan�am e miram os financiadores dos ataques. O governo diz que pessoas de ao menos 10 estados bancaram ataques.