
Hoje, na capital federal, Silveira se reuniu com representantes das empresas de energia el�trica e da Aneel para debater o enfrentamento aos ataques. Integrantes da dire��o do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS) tamb�m participaram. Ontem, o ministro se encontrou com o colega Fl�vio Dino (PSB-MA), chefe da Justi�a, e com o diretor-geral da Pol�cia Federal, o delegado Andrei Rodrigues.
O plano para o refor�o da prote��o �s estruturas inclui, ainda, atua��o e patrulhamento das for�as nacionais de seguran�a. O governo do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) planeja envolver, ainda, governos estaduais e as pol�cias locais. Segundo Silveira, as concession�rias de energia se mostraram dispostas a auxiliar na implementa��o das tecnologias de monitoramento o mais r�pido poss�vel.
Embora tenha afirmado que os ataques �s torres s�o "convergentes" com o movimento golpista que tomou o Pal�cio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro evitou cravar a rela��o entre as duas situa��es.
"O que podemos dizer � que, pelo fato de v�rios eventos convergirem na sua a��o, entendemos, por bem, ser proativos e nos adiantarmos sobre poss�veis problemas mais graves, usando todos os instrumentos de vigil�ncia que o Estado possui", disse, ap�s a confer�ncia de hoje.
"Em todas as linhas de transmiss�o, esse sistema de vigil�ncia ser� aperfei�oado. Mas, em especial, nas linhas de transmiss�o que t�m interlocu��o maior com o sistema nacional", completou.
Enquanto as c�meras v�o servir para identificar poss�veis v�ndalos, agentes da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) atuar�o no patrulhamento de estradas por onde passam muitas linhas de transmiss�o. Paralelamente, a Pol�cia Federal j� conduz inqu�rito para apontar os respons�veis pelas sete ocorr�ncias registradas neste m�s.
"Estamos completamente seguros de que � plenamente poss�vel apurar esses fatos pontuais e seguir a vida normal, para que a gente possa aperfei�oar o sistema el�trico e dar respostas �s tantas demandas que o Brasil vive", garantiu o ministro, que prometeu "resposta vigorosa e rigorosa" aos respons�veis pelos incidentes ocorridos em RO, PR e SP.
O minist�rio vai tentar com que os culpados sejam obrigados a ressarcir os danos.
Grupo de crise monitora situa��o das linhas de transmiss�o
Apesar de nenhuma das ofensivas ter causado preju�zos ao fornecimento de luz el�trica, relat�rios da Aneel obtidos na semana passada pelo Estado de Minas mostram que a ag�ncia cogitou "vandalismo" e "sabotagem" �s primeiras estruturas prejudicadas.O primeiro registro de avaria, feito �s 21h30 do dia 8, ocorreu na Usina Hidrel�trica de Samuel, em Rond�nia. O boletim do grupo de crise criado pela Aneel para monitorar os casos falava em ind�cios de vandalismo. Poucos minutos depois da 0h do dia seguinte, em Medianeira (PR), uma torre de transmiss�o de luz foi derrubada. Outras tr�s estruturas respons�veis por levar energia � cidade acabaram danificadas, mas continuaram de p�.
Segundo a ag�ncia reguladora do setor energ�tico, tamb�m h� elementos que apontam vandalismo no local. Na madrugada do mesmo dia, em uma subesta��o localizada em Porto Velho, capital rondoniense, uma das torres caiu. Ao tratar do caso, o documento emitido pela Aneel fala em "ind�cios de sabotagem".
A terceira torre que foi ao ch�o, tamb�m localizada em solo rondoniense, estava instalada em Pimenta Bueno. O caso ocorreu no s�bado (14), mas foi publicado ontem pela Aneel.
Dois dias antes, estruturas de energia localizadas nas cidades paulistas de Rio das Pedras e Palmital foram atingidas, mas conseguiram resistir. Situa��o semelhante ocorreu um dia depois em Tup�ssi, no Paran�.
"A Ag�ncia informa que tem mantido o Minist�rio de Minas e Energia informado de todos os eventos, como tamb�m tem interagido com as autoridades de seguran�a p�blica. As empresas est�o atuando nas avarias detectadas e os eventos est�o sendo monitorados e fiscalizados pela Ag�ncia", l�-se em trecho de comunicado emitido pela Aneel.
Mario Dias Miranda, presidente da Associa��o Brasileira das Empresas de Transmiss�o de Energia El�trica (Abrate), garantiu empenho do setor no apoio �s medidas anunciadas pela Uni�o. "Os fatos que v�m acontecendo s�o sens�veis e agridem toda a infraestrutura do setor el�trico, que � um bem essencial para a sociedade brasileira. Uma intelig�ncia que atue preventivamente � fundamental para todos n�s", pregou.
Silveira quer 'virar a p�gina' e retorno � agenda inicial das Minas e Energia
As aten��es voltadas � repara��o dos preju�zos e � formula��o de estrat�gias para impedir novos ataques acabaram por interferir em outras bandeiras encampadas pelo Minist�rio de Minas e Energia. Por isso, Silveira afirmou que deseja, em breve, poder "virar a p�gina" a respeito do assunto."Esses ataques n�o se justificam. S�o ataques ao pr�prio patrim�nio de todos n�s, brasileiros. Vamos virar a p�gina em breve e poder continuar discutindo pautas importantes � moderniza��o do sistema el�trico, neste momento onde h� de se debater a transi��o energ�tica e quest�es fundamentais como a modicidade tarif�ria, que s�o prioridades do pa�s, determinadas pelo presidente Lula", projetou.
A reportagem procurou a Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) para saber se, apesar da inobserv�ncia de ataques ocorridos no estado, h� ideias para refor�ar a seguran�a das linhas de transmiss�o. Se houver resposta, este texto ser� atualizado.