
Em 2022, quando havia tentativas de contato com o Ex�rcito por parte de petistas, que ent�o lideravam a corrida presidencial com Luiz In�cio Lula da Silva (PT), o nome de Tom�s era citado nos bastidores como uma das poss�veis pontes.
Nesta semana, Tom�s havia feito um discurso incisivo de defesa da institucionalidade, pedindo o respeito ao resultado das elei��es e afirmando o Ex�rcito como apol�tico e apartid�rio. Tudo isso em meio ao impacto dos ataques golpistas de 8 de janeiro.
Tom�s, como � chamado, j� havia sido cotado para o cargo, mas alguns petistas temiam que sua grande capacidade de articula��o o tornassem numa for�a independente, assim como Eduardo Villas B�as foi quando escolhido por Dilma Rousseff (PT) no fim de 2014 — o ex-comandante foi o art�fice da volta dos fardados � pol�tica. O escolhido de Lula, ali�s, chefiou o gabinete de Villas B�as.
Neste s�bado (21/1), Lula demitiu o comandante do Ex�rcito, general J�lio Cesar de Arruda, do posto de comandante do Ex�rcito em meio a uma crise de confian�a aberta ap�s os ataques do dia 8 de janeiro, em Bras�lia.
Discurso pr�-democracia
Em discurso na quarta-feira (18) durante uma cerim�nia no QGI (Quartel-General Integrado), em S�o Paulo, o novo comandante do Ex�rcito disse que o resultado das urnas deve ser respeitado, independentemente do presidente exercendo o mandato.
Sem citar o nome de Lula, o comandante afirmou que "n�o interessa quem est� no comando, a gente vai cumprir a miss�o do mesmo jeito". Disse tamb�m que ainda que houvesse um "turbilh�o, terremotos, tsunamis", continuar�o coesos, respeitosos e garantindo a democracia.
Em outro trecho, afirmou: "Quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. N�o interessa. Tem que respeitar. � isso que se faz. Essa � a convic��o que a gente tem que ter. Mesmo que a gente n�o goste", afirmou. "Nem sempre a gente gosta. Nem sempre � o que a gente queria. N�o interessa. Esse � o papel de quem � institui��o de Estado. Institui��o que respeita os valores da p�tria, como de Estado."
Entre outras atua��es no Ex�rcito, Tom�s foi tamb�m subcomandante da Minustah (Miss�o de Estabiliza��o da ONU, no Haiti).