
"N�s preparamos um plano de seguran�a refor�ado com todo cuidado. N�o h� at� o momento informa��es indicando dist�rbios ou tentativas [de novos ataques golpistas], mas, por precau��o, n�s vamos manter um plano", disse o interventor em entrevista ao podcast Caf� da Manh�, da Folha de S.Paulo.
Cappelli destacou que conclus�es importantes sobre ataques golpistas foram apresentadas no relat�rio divulgado na semana passada. Para ele, o acampamento no quartel-general do Ex�rcito � uma pe�a central para a compreens�o dos fatos.
"[O quartel] � uma pe�a central para compreender aquela tentativa de bomba no caminh�o de gasolina perto do aeroporto. Ele � pe�a central para compreender os dist�rbios que aconteceram no dia 12 de dezembro na diploma��o do presidente Lula, � pe�a central para compreender a tentativa de invas�o do aeroporto."
"Ent�o tudo passou pelo acampamento, o acampamento se transformou em uma incubadora de planos golpistas, de planos contra a democracia brasileira", disse.
O interventor afirmou em relat�rio sobre os atos de 8 de janeiro que a Pol�cia Militar do DF n�o elaborou um plano operacional para conter os golpistas que atacaram as sedes dos tr�s Poderes. O respons�vel por fazer o planejamento, o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-chefe do Departamento Operacional da PMDF, estava de f�rias.
"N�o houve a elabora��o pr�via de Planejamento Operacional nem Ordem de Servi�o emitido pelo Departamento Operacional da PM-DF em rela��o aos fatos do dia 08/01/2023", diz o relat�rio.
Cappelli voltou a dizer durante a entrevista que houve problemas de comando e falhas operacionais que resultaram na depreda��o do Congresso, do Pal�cio do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal).
A interven��o federal no Distrito Federal termina nesta ter�a-feira (31). Com isso, Cappelli volta para o cargo de secret�rio-executivo do Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica.
"Foi uma experi�ncia muito rica [de interventor], vai me ajudar muito, sem sombra de d�vida, a auxiliar o ministro Fl�vio Dino a conduzir a pol�tica de Seguran�a P�blica no pa�s", afirmou.
Com o fim da interven��o federal, o delegado da Pol�cia Federal Sandro Avelar ser� o novo secret�rio da Seguran�a P�blica do Distrito Federal.
Avelar j� ocupou o cargo durante o governo de Agnelo Queiroz (PT), entre 2011 e 2014. Ele deixou o posto no fim da gest�o petista no DF para concorrer a deputado federal pelo MDB, mas n�o se elegeu.
Em 2021, Avelar foi nomeado diretor-executivo da Pol�cia Federal, o segundo cargo na hierarquia da corpora��o.
Avelar assume o posto deixado por Anderson Torres, e xonerado por Ibaneis Rocha (MDB) ainda no dia 8, quando ocorreram os ataques golpistas e horas antes de o emedebista ser afastado do governo do Distrito Federal por ordem do STF.
