O encontro, programado para 17H30 (19H30 de Bras�lia), acontece pouco mais de um m�s ap�s o ataque de milhares de bolsonaristas �s sedes da Presid�ncia, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal em Bras�lia.
Os atos recordaram o ataque ao Capit�lio de simpatizantes do ex-presidente republicano Donald Trump para tentar impedir a valida��o da vit�ria de Biden nas urnas em janeiro de 2021.
Bolsonaro viajou para os Estados Unidos na v�spera da posse de Lula e est� na Fl�rida, onde iniciou os tr�mites para solicitar um novo visto que permitiria sua perman�ncia no pa�s por v�rios meses, enquanto a justi�a brasileira investiga seu envolvimento ou n�o nos ataques de 8 de janeiro.
A Casa Branca n�o recebeu nenhum pedido sobre a quest�o por parte do governo brasileiro e o tema n�o est� na agenda, afirmou uma fonte do governo americano.
"Ambos querem aprofundar o compromisso compartilhado de promover, refor�ar e aprofundar a democracia", acrescentou a fonte.

Funcion�rios do governo americano anteciparam que a crise clim�tica ser� "uma prioridade absoluta" no encontro no Sal�o Oval, mas sem revelar se Washington contribuir� para o Fundo Amaz�nia, um mecanismo financeiro multilateral criado em 2008 e administrado pelo Brasil para a luta contra o desmatamento.
Lula prometeu acabar com o desmatamento at� 2030, depois dos recordes registrados na Amaz�nia brasileira durante o mandato de Bolsonaro.
- Guerra na Ucr�nia -
Mas a boa sintonia entre Biden e Lula acaba quando o tema � a guerra na Ucr�nia.
Biden lidera as iniciativas ocidentais para apoiar Kiev, convencido de que � necess�rio fornecer ajuda diplom�tica, armas e treinamento militar par a que a Ucr�nia lute contra a R�ssia, que invadiu seu territ�rio.
Mas o Brasil, ao lado de outros pa�ses emergentes como �ndia e �frica do Sul, e alguns latino-americanos como Argentina, Col�mbia ou M�xico, reluta em enviar armas ao pa�s.
Lula afirma que est� "preocupado com a guerra", mas n�o quer participar no conflito nem sequer indiretamente, e prop�e a cria��o de um "grupo de pa�ses que sentem � mesa com Ucr�nia e R�ssia para tentar alcan�ar a paz".
Ele abordou o tema com presidente franc�s Emmanuel Macron e com o chefe de Governo alem�o Olaf Scholz e, al�m de Biden, provavelmente conversar� sobre a quest�o em mar�o com o presidente chin�s Xi Jinping, durante uma visita a Pequim.
Lula provocou alvoro�o no ano passado ao afirmar que o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, era "t�o respons�vel quanto (o presidente russo, Vladimir) Putin" no conflito b�lico.
Um funcion�rio do governo americano, que pediu anonimato, avaliou que n�o existem grandes diverg�ncias porque Washington "respeita e apoia" as iniciativas de paz de Lula, o que n�o impedir� que Biden enfatize as "realidades objetivas", por entender que a invas�o viola o direito internacional e a Ucr�nia o direito de autodefesa.
"Acredito que os dois l�deres ter�o uma conversa muito franca sobre como avan�ar realmente de uma maneira que leve a um resultado que seja consistente com os compromissos assumidos com base na Carta da ONU", completou a fonte.
O encontro "oferecer� uma oportunidade para dar um novo impulso �s rela��es" bilaterais com base na defesa das institui��es democr�ticas, na luta contra os discursos de �dio e desinforma��o, na promo��o dos direitos humanos e na luta contra as mudan�as clim�ticas", disse o governo brasileiro na quinta-feira.
Lula tamb�m falar� de com�rcio e investimento. Os Estados Unidos s�o o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com um volume de neg�cios que chegou a 88,7 bilh�es de d�lares no ano passado.
Antes do encontro com Biden, Lula, que foi presidente de 2003 a 2010, se reunir� com v�rios congressistas democratas, incluindo o senador Bernie Sanders, e com representantes da AFL-CIO, a principal confedera��o sindical dos Estados Unidos, que concedeu ao brasileiro um pr�mio de direitos humanos quando o ex-l�der sindical estava preso.