
A negocia��o levou meses - desde a aprova��o de compra em mar�o at� ser conclu�da em novembro - e, ap�s o cumprimento de todas as condi��es, a refinaria foi vendida pela Petrobras por US$ 1,8 bilh�o (o equivalente a R$ 10,1 bilh�es na �poca).
O valor ainda foi ajustado, pois inicialmente foi vendida por US$ 1,65 bilh�o, mas sofreu corre��o monet�ria e das varia��es no capital de giro, d�vida l�quida e investimentos at� o fechamento da transa��o.
Na �poca, o Instituto de Estudos Estrat�gicos de Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (Ineep) alegou que a refinaria foi vendida pela metade do pre�o que valia. A partir de c�lculos estimados pelo instituto, eles avaliavam o valor da refinaria entre US$ 3 bilh�es e US$ 4 bilh�es.
O valor de venda da refinaria chegou a ser questionado em audi�ncia p�blica na Comiss�o de Fiscaliza��o Financeira e Controle da C�mara dos Deputados daquele ano.
Contudo, o argumento da Petrobras era que os valores haviam sido ajustados por causa dos impactos da pandemia do coronav�rus. Para o Ineep, a ideia de que a pandemia teria provocado profundas mudan�as nos par�metros foi equivocada.
Com a venda, a Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital para a opera��o, assumiu a partir de 1º de dezembro de 2021 a gest�o da Refinaria Landulpho Alves, que passou a se chamar Refinaria de Mataripe.
Joias para Michelle
O valor da refinaria vendida naquele ano voltou a ser debatido nos �ltimos dias com a repercuss�o do caso das joias avaliadas em R$ 16,5 milh�es que o governo Jair Bolsonaro tentou trazer ao Brasil de forma ilegal.
As joias - apreendidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, em S�o Paulo, no dia 26 de outubro de 2021 - estavam na mochila de Marcos Andr� dos Santos Soeiro, assessor do ent�o ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, que retornava ao Brasil na comitiva ap�s uma visita ao Oriente M�dio.
Os bens seriam presentes para a ent�o primeira-dama Michelle Bolsonaro, de acordo com informa��es do jornal O Estado de S. Paulo.