
As autoridades japonesas tinham feito o comunicado de que o pa�s seria um dos convidados para o encontro no Jap�o. O presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) recebeu o telefonema do premier japon�s em S�o Paulo, para onde viajou na parte da tarde. Fontes da chancelaria confirmaram o telefonema, mas ainda n�o deram mais detalhes de como foi a conversa.
O pa�s asi�tico sediar� o encontro dos l�deres do grupo entre os dias 19 e 21 de maio, em Hiroshima, cidade natal de Kishida. Al�m dos presidentes e chefes de estado de Estados Unidos, Jap�o, Alemanha, Reino Unido, Fran�a, It�lia e Canad�, que integram o bloco que deixou de ser o G8, ap�s a expuls�o da R�ssia, em 2014, quando Moscou invadiu e anexou a Crim�ia. A Uni�o Europeia (UE) tamb�m tem participado com frequ�ncia dos encontros do G7.
O Brasil foi convidado e participou de uma c�pula do G7 em 2004, 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009, conforme dados do Itamaraty.
Volta ao normal
Na avalia��o do ex-embaixador do Brasil em Washington e presidente do Instituto Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Rela��es Internacionais e Com�rcio Exterior (Irice), passados os �ltimos 11 anos de crises sucessivas nos governos Dilma Rousseff (PT) e Jair Bolsonaro (PL), esse convite para o Brasil participar de uma c�pula do G7 mostra que a pol�tica externa brasileira “voltou ao seu normal”, ainda mais porque o Brasil vai assumir, em dezembro deste ano, a presid�ncia do G20 – grupo das 19 maiores economias desenvolvidas e emergentes do planeta, mais a UE.
“� normal que o governo brasileiro seja convidado para fazer parte dessa c�pula do G7, que � um grupo econ�mico e comercial, porque, al�m de o Brasil presidir o G20 no ano que vem, o pa�s est� de volta em debates importantes da agenda global, como meio ambiente, seguran�a alimentar e energia renov�vel”, explicou o diplomata, em entrevista ao Correio.
Rubens Barbosa destacou que, nesse cen�rio atual p�s-pandemia da COVID-19, est� ocorrendo um realinhamento no mundo e na �rea econ�mica. “Portanto, � normal que o Brasil, como tem esses tr�s itens econ�micos que est�o na agenda global (meio ambiente, seguran�a alimentar e energia renov�vel), esteja de volta como convidado depois de tantos anos, porque o pa�s tem o que dizer”, acrescentou. Ele lembrou que, al�m de grandes florestas e fontes de energia renov�vel, o Brasil ainda � o terceiro maior produtor de alimentos do mundo, atr�s da China e dos Estados Unidos.
O diplomata citou um monitoramento feito pelo portal Interesse Nacional sobre a vis�o da imprensa internacional sobre o Brasil revela que o tom neutro predominou na cobertura da m�dia estrangeira, mas as mat�rias desfavor�veis ao pa�s foram o dobro das favor�veis. A preocupa��o com o meio ambiente foi o tema predominante no per�odo pesquisado – entre abril de 2022 e abril de 2023 – e, as not�cias positivas s� superaram as negativas em novembro do ano passado, ap�s a vit�ria de Lula nas elei��es.
Agenda intensa
Desde a posse de Lula, a agenda de compromissos da diplomacia do novo governo est� intensa. A chancelaria brasileira contabiliza 65 encontros bilaterais do ministro das Rela��es Exteriores, Mauro Vieira, dos quais 16 com chefes de Estado e de governo acompanhando o presidente Lula.
O chanceler brasileiro tamb�m acompanhou o chefe do Executivo em 14 telefonemas com chanceleres e dirigentes de organismos internacionais e o Itamaraty tem coordenado uma agenda de v�rias visitas oficiais e de Estado de Lula. Al�m de Argentina, Uruguai e Estados Unidos, segue viagem do presidente brasileiro � China, a partir de ter�a-feira (11/4), com retorno via Abu Dhabi, nos Emirados �rabes, no dia 15. Por enquanto, est� mantida a previs�o para a assinatura de, pelo menos, 20 acordos entre China e Brasil durante a visita de Estado ao gigante asi�tico, mas � poss�vel que o n�mero de atos a serem assinados aumente at� a data da visita de estado.
Al�m de assumir a presid�ncia do G20, o Brasil tamb�m vai presidir o Mercosul no segundo semestre deste ano. Em agosto, o pa�s sediar� a c�pula dos Pa�ses Amaz�nicos, no Par�, e h� a expectativa de que l�deres europeus tamb�m participem do encontro.
Mais cedo, o presidente Lula chegou a postar nas redes sociais a intensa agenda internacional indicando que j� conversou com mais de 26 chefes de estado desde a posse. Na postagem, destacou que o pa�s voltou a dialogar com o mundo e "conversar com pa�ses que eram v�timas de ofensas e desrespeito do antigo governo". "Abrimos mercados e vamos seguir conversando com todos, para constru��o de parcerias pelo melhor do Brasil", acrescentou.
Mesmo antes da posse, j� voltamos a dialogar com o mundo e conversar com pa�ses que eram v�timas de ofensas e desrespeito do antigo governo. Abrimos mercados e vamos seguir conversando com todos, para constru��o de parcerias pelo melhor do Brasil. pic.twitter.com/ks7gNvfJLf
%u2014 Lula (@LulaOficial) April 6, 2023
