
Dallagnol questionou Boulos sobre as acusa��es de “conluio” entre ju�zes e o Minist�rio P�blico durante a Opera��o Lava-Jato. Em resposta, o psolista afirmou que esse “conluio” est� comprovado e que Dallagnol tem medo do advogado Rodrigo Tacla Duran, que o acusa de tentativa de extors�o durante a mesma opera��o.
“Me surpreende, inclusive, que o deputado Dallagnol insista no questionamento do conluio que ocorreu entre Minist�rio P�blico e Poder Judici�rio, depois da Opera��o Spoofing, depois do que a Vaza-Jato mostrou, at� o hor�rio de coletiva de imprensa eles combinavam juntos. Era tudo. Momento da senten�a, quem ia ouvir, o promotor dava conselho para o juiz, o juiz dava conselho para o promotor. Pelo amor de Deus, se isso n�o � conluio, chamemos os linguistas e vamos redefinir o dicion�rio brasileiro”, disse Boulos.
“Eu fico me perguntando por que tanto medo do Tacla Duran? Qual � o problema de ouvi-lo? Voc� pode ter as acusa��es que tiver, os outros podem ter, um achar que ele � bandido, o outro achar que ele � n�o sei o que. Qual � o problema de ouvi-lo? Traz�-lo aqui para que ele pudesse falar? � o medo. � a necessidade de fazer uma blindagem”, completou o psolista.
Quem � Tacla Duran?
O advogado Rodrigo Tacla Duran acusou Dallagnol e o ex-juiz federal e ent�o senador S�rgio Moro (Uni�o Brasil-PR) de tentativa de extors�o para que Duran n�o fosse preso durante a Opera��o Lava-Jato.
Ele � r�u, acusado de lavagem de dinheiro e alega que foi "alvo" da opera��o por n�o ter aceitado ser "extorquido". De acordo com as den�ncias do advogado, pediram a ele US$ 5 milh�es para que n�o fosse preso.
Em 2019, em uma entrevista concedida ao UOL, Tacla Duran disse que pagou uma primeira parcela de US$ 612 mil a um advogado ligado a Sergio Moro - Marlus Arns, que havia trabalhado com Ros�ngela Moro, mulher de Sergio. O advogado alega que se recusou a pagar o restante.
Na �poca, Duran disse ter sido procurado por Carlos Zucolotto J�nior - que era s�cio de Ros�ngela Moro - para pagar "por fora" e obter um acordo de dela��o premiada. O advogado entregou � Justi�a fotos e grava��es que, segundo ele, confirmariam suas acusa��es.
Devido ao "grande poderio pol�tico e econ�mico dos envolvidos", Tacla Duran foi encaminhado ao programa federal de testemunhas protegidas. Atualmente, Duran vive na Espanha.