Mauro Vieira concedeu entrevista pouco ap�s participar de um encontro entre o presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), e o chanceler da R�ssia, Serguei Lavrov, que est� em viagem oficial a Bras�lia.
O americano disse que Lula e o Brasil estariam apenas repetindo a propaganda russa "sem olhar para os fatos" e que a postura do petista � "profundamente problem�tica".
"N�o posso dizer nada, porque nem ouvi e n�o sei do que se trata. Eu s� posso dizer que o Brasil e a R�ssia completam neste ano 195 anos de rela��es diplom�ticas com embaixadores residentes, e, enfim, s�o dois pa�ses que t�m uma hist�ria em comum", afirmou Vieira.
O chanceler depois foi questionado se, apesar de n�o ter ouvido a cr�tica, concordava com o seu teor. "N�o, de forma alguma eu concordo. N�o sei como ou por que ele chegou a essa conclus�o. Mas n�o concordo de forma alguma. Ali�s, n�o sei nem quem falou sobre isso. Quem foi?", questionou.
Guerra da Ucr�nia

"O Brasil quer promover a paz, est� pronto para se unir a um grupo de pa�ses que estejam dispostos a conversar sobre a paz", disse Vieira. "E essa foi a conversa que n�s tivemos, foram os temas que abordamos. Ele [Lavrov] se ofereceu e eu me ofereci, em nome do Brasil, para promover essas conversas. Com o presidente tamb�m n�o se falou de guerra, e o presidente s� reiterou o que ele tem dito, que o Brasil est� disposto a cooperar com a paz."
Mauro Vieira tamb�m afirmou que Lavrov entregou uma carta de Putin a Lula, na qual convida o brasileiro para participar do f�rum econ�mico comercial de S�o Petersburgo.
A fala de John Kirby se soma a uma sequ�ncia de rea��es negativas � postura de Lula em rela��o � guerra e, em especial, � fala do petista no �ltimo domingo (16), quando disse que os EUA e a Europa prolongam o conflito. "O presidente Putin n�o toma a iniciativa de parar. Zelenski n�o toma a iniciativa de parar. A Europa e os Estados Unidos continuam contribuindo para a continua��o desta guerra", afirmou.
Na semana anterior, o brasileiro j� havia dito que a Ucr�nia poderia ceder a Crimeia em nome da paz. A fala tamb�m foi condenada por Kirby. "Os coment�rios mais recentes do Brasil de que a Ucr�nia deveria considerar ceder formalmente a Crimeia como uma concess�o pela paz s�o simplesmente equivocados, especialmente para um pa�s como o Brasil que votou para defender os princ�pios de soberania e integridade territorial na Assembleia-Geral da ONU", afirmou o americano.