"Ele (Gabriel Azevedo) ordenou a sa�da de uma professora. Vieram dois seguran�as muito fortes para fazer isso, e n�s impedimos. Esse tipo de a��o n�o pode ser feita por dois homens contra uma mulher", narrou Cacau.
O psolista foi retirado com o uso de um golpe conhecido como "mata-le�o". O partido postou uma nota de solidariedade na qual considera que foi feito um uso desproporcional de for�a f�sica pelos seguran�as. Al�m dele, outro militante tamb�m afirma ter sido agredido.
O ato ocorreu durante o debate sobre o Projeto de Lei 54/2021, de autoria do ex-vereador (e atual deputado federal) Nikolas Ferreira (PL), que pro�be o ensino de linguagem n�o-bin�ria ou "linguagem neutra" nas escolas da rede p�blica e privada da capital mineira.
O vereador Marcos Crispim (PP) afirmou que, ap�s discursar sobre o tema, algumas pessoas presentes na galeria se manifestaram. "A partir desse momento, uma senhora l� de cima come�ou a fazer um gesto, passando a m�o em ambos os bra�os. Mesmo com o presidente da C�mara pedindo insistentemente que parasse com aquele gesto, (...) ela continuou at� que ele pediu que os seguran�as da casa a retirassem", afirmou o parlamentar.
Crispim e a mulher foram conduzidos pela Guarda Municipal para o Deplan 3. No boletim de ocorr�ncia, a acusada afirmou que "possui uma enfermidade de pele provocada por uma situa��o de alto n�vel de estresse psicol�gico e que, quando se manifesta, ocasiona uma coceira fren�tica e incontrol�vel" e que ela possui um laudo cli�nico que atesta a enfermidade. "Por se reconhecer negra", a acusada "nega veementemente a alega��o do senhor vereador acerca de inj�ria racial por meio de fala e/ou gesto".
C�mara
Logo ap�s o ocorrido, o presidente da C�mara, Gabriel Azevedo (sem partido), enviou uma nota sobre o caso.
"Durante a sess�o extraordin�ria dessa segunda-feira, o vereador Marcos Crispim me apontou uma pessoa na galeria que fazia gestos para ele mostrando o pr�prio bra�o com dedos que se esfregavam reiteradamente na pr�pria pele. O vereador, que � preto, se sentiu ofendido e me solicitou para pedir a pessoa para parar. Pedi reiteraras vezes, e a pessoa seguia. O vereador Bruno Pedralva foi ao microfone e disse que conversou com a pessoa e que est� fazia isso dizendo que, por ser preto, o vereador Marcos Crispim deveria ter determinada posi��o na vota��o. Isso � simplesmente inaceit�vel num parlamento. Assim sendo, pedi que a retirada dessa pessoa, que seguia fazendo o gesto, fosse imediata. O vereador Marcos Crispim foi prestar um boletim de ocorr�ncia. Lamento profundamente o ato.”