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Estado de Minas LUTO EM BRAS�LIA

Quem foi o ex-deputado federal David Miranda, morto aos 37 anos

Ativista LGBTQIA+ e amigo de Marielle Franco, chegou a ser preso em caso que revelou esquema de espionagem do governo dos EUA


09/05/2023 13:59 - atualizado 09/05/2023 14:07

David Miranda
Parlamentar assumiu vaga na C�mara dos Deputados ap�s Jean Wyllys deixar o cargo (foto: Pablo Valadares/C�mara dos Deputados)
Ativista da causa LGBTQIA+ e primeiro vereador gay da C�mara do Rio de Janeiro, o ex-deputado federal David Miranda (PDT-RJ) morreu na manh� desta ter�a-feira (9/5), aos 37 anos, ap�s nove meses internado para tratar de uma infec��o gastrointestinal.

Miranda era casado com o jornalista brit�nico Glenn Greenwald, que ele conheceu ainda em 2005 enquanto jogava v�lei na praia de Ipanema.

Juntos, o parlamentar e o jornalista se envolveram com o caso de Edward Snowden, o ex-analista da Ag�ncia de Seguran�a Nacional dos Estados Unidos que vazou documentos secretos que comprovam que a pot�ncia norte-americana espionou pol�ticos de pa�ses parceiros, em 2013. Glenn foi quem publicou os dados de espionagem do governo americano vazados por Snowden.

Quando voltava de Berlim para o Rio de Janeiro, onde morava com o marido, Miranda chegou a ficar detido por nove horas no aeroporto de Heathrow em Londres, onde foi interrogado com base na lei anti-terrorismo. O governo brit�nico havia justificado a deten��o dizendo que era uma quest�o operacional.

Vida Parlamentar

Formado em Marketing pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Miranda foi eleito em 2016 como vereador da capital carioca, onde cultivou amizade de Marielle Franco (PSOL), assassinada em 2018. Em entrevista � revista Time, em 2019, ele ressaltou o legado da colega. “Preciso pegar tudo o que ela fez e seguir em frente”, disse.

Na C�mara do Rio ele aprovou um Projeto de Lei (PL) que permitia o uso de nome social a pessoas transg�nero no �mbito de toda a administra��o do Rio de Janeiro. Em 2019, assumiu a vaga de Jean Wyllys na C�mara dos Deputados, quando o ex-parlamentar decidiu deixar o Brasil por causa de amea�as de morte.

Ao assumir o cargo, Miranda disse que nenhum governo calaria sua voz e que sonhava com uma sociedade mais justa e menos intolerante. “Iremos com tudo para Bras�lia. Nossas bandeiras ser�o defendidas com o amor e comprometimento de sempre”, disse. No congresso, ele tamb�m sofreu com amea�as e chegou a contratar seguran�as para a fam�lia.


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