(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas SEM-TERRA

MST abre feira nacional sem presen�a de ministros petistas de Lula

Evento teve apenas a presen�a do ministro de Portos e Aeroportos, M�rcio Fran�a (PSB), como representante do governo Lula


12/05/2023 12:18 - atualizado 12/05/2023 13:48

Registro da 4ª Feira Nacional do MST
Aus�ncia de ministros petistas � minimizado por Jo�o Pedro Stedile, dirigente do MST: "At� domingo vai passar um monte de governante aqui, isso n�o tem nada a ver com a pol�tica" (foto: Reprodu��o/Instagram)


Sem a presen�a de ministros do PT, o ato pol�tico de abertura da 4ª Feira Nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), nesta sexta-feira (12), teve apenas o ministro M�rcio Fran�a (PSB), de Portos e Aeroportos, representando o governo Lula (PT).


Tampouco estavam presentes o governador de S�o Paulo, Tarc�sio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB).

Na quinta (11), o MST acenou aos mandat�rios da direita por meio de um dos dirigentes do movimento, Gilmar Mauro, que disse ver "uma linha pol�tica interessante" no governo e na prefeitura.


A promessa � a de que ministros petistas passem pela feira no s�bado (13) --a ideia cogitada � de que haja um novo ato para an�ncios de medidas do governo federal. Ao menos sete ministros e tr�s governadores s�o esperados no evento, e a presen�a de Lula tamb�m foi aventada.


No evento que marcou a volta da feira ao Parque da �gua Branca, na capital, ap�s quatro anos, havia representantes de centrais sindicais, al�m de uma s�rie de deputados federais e estaduais do PT e do PSOL.


O esvaziamento de autoridades no ato ocorre no momento em que o governo federal � pressionado pelas invas�es do MST no abril vermelho e pela rea��o de empres�rios do agroneg�cio.

 


O MST � alvo de uma CPI na C�mara dos Deputados --ofensiva que se espalha pelas Assembleias Legislativas, como mostrou a Folha de S.Paulo.

 


Questionado pela reportagem, o dirigente do MST Jo�o Pedro Stedile minimizou as aus�ncias. "At� domingo vai passar um monte de governante aqui, isso n�o tem nada a ver com a pol�tica", disse.


Integrantes do movimento tamb�m apontaram que a viagem de Lula ao Cear�, nesta sexta, mobilizou ministros na comitiva.


O vereador Jair Tatto (PT), autor da lei que incluiu a feira no calend�rio oficial da cidade, agradeceu a prefeitura e o governo do estado por autorizarem o evento.


Bra�o direito de Tarc�sio, o secret�rio Gilberto Kassab (PSD), de Governo e Rela��es Institucionais, foi outra aus�ncia --ele foi representado por seu secret�rio-executivo, Marcos Penido.

 

 

 

 

Kassab foi mais de uma vez mencionado por integrantes do MST, que lhe agradeceram por viabilizar junto a Tarc�sio o aval para a feira, que havia sido proibida na gest�o Jo�o Doria.


Penido disse levar ao evento "o abra�o" de Tarc�sio e de Kassab, acrescentando que o estado estava muito feliz de abrigar a feira. Ele destacou a "import�ncia do campo" para o pa�s e afirmou que "faz parte do governo de Tarc�sio a luta contra a fome".


Fran�a afirmou que, com o governo Lula, se "volta a respirar um ar positivo" e que o MST foi imprescind�vel para a vit�ria do petista. Sem mencionar Jair Bolsonaro (PL), afirmou que deve haver "puni��es para quem excedeu na hora certa".


"O grande desafio � afirmar nosso governo perante o Congresso", acrescentou Fran�a, no momento em que Lula sofreu derrota na C�mara e passou a liberar emendas para fidelizar sua base.


O ministro deixou o local antes do fim do ato.


Parlamentares, como Ivan Valente (PSOL-SP), criticaram a CPI do MST, que veem como uma tentativa de criminalizar o movimento. E apontaram que o grande agroneg�cio tamb�m deve ser alvo de investiga��o, mencionando crimes ambientais.


Gilmar Mauro tamb�m criticou a CPI, que disse ser sem objeto, e lembrou que comiss�es anteriores n�o deram em nada. "Estou me lixando para CPI", afirmou.

 

Desde janeiro, o MST promoveu 18 invas�es de terra. Nos quatro anos do governo Bolsonaro, foram 159 invas�es, sendo 37 delas no ano passado.


Em entrevista � coluna M�nica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Stedile afirmou que o governo federal est� "lento" e que o MST, ainda que defendendo o presidente, aumentar� a "press�o social".


Na quinta, Gilmar Mauro afirmou � imprensa que, apesar de terem ajudado a eleger Lula, o movimento � "� independente e tem autonomia" e existe para defender os interesses dos sem-terra.


Para integrantes do movimento, a feira serve ao prop�sito de demonstrar apoio da sociedade ao movimento e tamb�m � um instrumento de press�o pela reforma agr�ria.


Ap�s Doria ter proibido a realiza��o da feira no local em sua gest�o, Tarc�sio voltou a autorizar o evento, depois da intermedia��o de Kassab. O parque pertence � esfera estadual, por isso a autoriza��o do Pal�cio dos Bandeirantes � necess�ria.


A �ltima feira ocorreu, portanto, em 2018, antes do veto de Doria e da pandemia, que tamb�m impossibilitou o evento.


A 4ª Feira Nacional do MST vai at� domingo (14) e teve in�cio na quinta-feira (11). O movimento estima que 500 toneladas de alimentos agroecol�gicos de cooperativas de 24 estados sejam colocados � venda e que 300 mil pessoas visitem o evento.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)