O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), esteve em Belo Horizonte na �ltima ter�a-feira, para o 38º Congresso da Associa��o Mineira de Munic�pios, que reuniu cerca de 600 prefeitos durante dois dias de evento. Questionado pela reportagem do Estado de Minas sobre as elei��es de 2026, o ex-senador por Minas Gerais, derrotado no pleito do ano passado quando tentou a reelei��o, disse que pretende retornar ao estado, mas n�o deixou claro de que forma. Na entrevista, Silveira tamb�m elogiou o senador Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Congresso Nacional, como o grande nome de Minas na atualidade.
“Eu tenho consci�ncia que a minha miss�o neste momento, e ser� enquanto for ministro de Estado, � poder trabalhar muito para ter a alegria e a condi��o de voltar para casa e a minha casa � Minas Gerais. Eu quero voltar podendo andar nas ruas de cabe�a erguida, como sempre fiz, e com a consci�ncia do dever cumprido, de ter trabalho muito para melhorar a vida de todas as brasileiras e brasileiros”, declarou.
Silveira tamb�m ressaltou a necessidade de estar pr�ximo aos prefeitos e aos entes federados. Ele participou de uma reuni�o, conversou com chefes dos poderes e concedeu entrevistas individuais a uma s�rie de ve�culos de imprensa. “A presen�a de dois ministros de Estado mostra que o governo Lula reconhece a import�ncia de todos os munic�pios. Viemos debater diversas pol�ticas p�blicas que possam incrementar a economia mineira, gerar oportunidades para a constru��o de uma sociedade melhor”, disse.
Na entrevista ao Estado de Minas, o ministro de Minas e Energia tamb�m falou sobre a minera��o na Serra do Curral, investimento em diferentes tipos de min�rio e o Projeto de Lei que pretende alterar a estrutura da Ag�ncia Nacional de Minera��o (ANM).
Qual a import�ncia do Projeto de Lei que pretende reestruturar a Ag�ncia Nacional de Minera��o? Tamb�m h� uma previs�o de mudan�a na Compensa��o Financeira pela Explora��o Mineral (Cfem)?
A reestrutura��o foi aprovada no fim do ano passado, mas ela foi vetada pelo ex-presidente da Rep�blica - Jair Bolsonaro (PL). Est� submetida a uma sess�o do Congresso Nacional e n�s s� vamos poder discutir o novo projeto caso o veto n�o seja derrubado.
H� uma clara inten��o de todos n�s e um reconhecimento da necessidade de a gente reestruturar a ANM, que tem uma estrutura muito aqu�m do necess�rio para cumprir a sua miss�o legal e constitucional de cuidar de um dos setores mais importantes da economia brasileira. Esta reestrutura��o passa pela necessidade da gente ter uma ag�ncia que tenha condi��o de fiscalizar as barragens, de licenciar os empreendimentos de forma mais c�lere.
Quando falamos em minera��o n�o estamos falando s� do min�rio de ferro. Estamos falando tamb�m do ni�bio, do l�tio, dos minerais que s�o t�o necess�rios � transi��o energ�tica e da implementa��o desta grande potencialidade do Brasil de se tornar o grande protagonista do mundo. N�s mineiros sabemos disso, n�o h� como se falar da economia do estado sem reconhecer a import�ncia do setor miner�rio.
Mas � fundamental ressaltar que o ministro de Minas e Energia entende que a minera��o tem impactos ambientais e sociais relevantes e que, portanto, n�s devemos trabalhar em conjunto com os bons empres�rios do setor mineral que querem fazer extrativismo com responsabilidade social e ambiental, dentro da mais estrita legalidade. Esse � o meu grande prop�sito para a AMM.
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a suspens�o da minera��o na Serra do Curral. Qual a opini�o do senhor?
Eu n�o conhe�o os projetos especificamente da Serra do Curral. Eu quero deixar aqui p�blico, � a primeira vez que me perguntam sobre esta quest�o, que quando falam “explorar a Serra do Curral’ � como se a gente estivesse cortando ela para poder fazer uma explora��o predat�ria contra um dos grandes patrim�nios de todos os mineiros e brasileiros, que � o nosso cart�o postal.
Como eu costumo ser muito cuidadoso nestas quest�es, se a pergunta fosse feita de outra forma: 'O senhor � a favor da gente cortar a Serra do Curral para poder fazer minera��o, para poder minerar, para poder fazer extra��o mineral?', eu responderia que eu seria absolutamente contra e trabalharia contra. Mas eu seria extremamente leviano de n�o conhecer especificamente estes projetos e dizer se eles s�o realmente licenci�veis ou n�o.
Ent�o, eu quero acreditar que os �rg�os competentes pelo licenciamento dessas mineradoras na Serra do Curral est�o cumprindo rigorosamente com o que determina a lei e a sua miss�o, de s� licenciarem aquilo que estiver dentro do mais estrito cumprimento legal e ambiental, para que a extra��o seja feita de forma adequada, respeitando o que eu tenho falado reiteradamente pelo Brasil.
Como ministro e pol�tico mineiro, o senhor tem pautas em comum com o governador Romeu Zema (Novo). Como � esta rela��o?
O governo do presidente Lula tem uma determina��o, cristalina e objetiva, a todos os ministros: passadas as elei��es, nosso grande objetivo � unir o Brasil. Construir pol�ticas p�blicas com todos os governadores e prefeitos, independente da quest�o partid�ria e paix�es pol�ticas. E assim que n�s temos agido.
Portanto, eu tenho deixado, tanto publicamente quanto nos bastidores – com o pr�prio governador, vice e secret�rios – a clareza de que o minist�rio de Minas e Energia, al�m de ser uma pasta que est� com uma proposta muito firme de servir nestas �reas estrat�gicas a todo o Brasil, � uma trincheira de Minas em Bras�lia.
O senhor tentou se reeleger senador no ano passado. Quais s�o os planos para 2026? Vai disputar o governo de Minas Gerais?
� muito prematura a discuss�o pol�tica eleitoral de 2026 para que tem a completa dimens�o da responsabilidade que � ser ministro de Estado do Brasil. Minas Gerais sempre foi o celeiro de homens p�blicos e mulheres que fazem vida p�blica e se tornam refer�ncia nacional.
Hoje, Minas Gerais tem um grande nome da pol�tica nacional, que � o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco. Eu me coloco como algu�m que como dizia o saudoso ex-vice-presidente Jos� Alencar ‘trabalho incansavelmente para levar para Bras�lia a mineiridade’, que � aquela pol�tica do di�logo, da constru��o, das solu��es para os problemas reais da sociedade.
Portanto, eu tenho consci�ncia que a minha miss�o neste momento, e ser� enquanto for ministro de Estado, � poder trabalhar muito para ter a alegria e a condi��o de voltar para casa e a minha casa � Minas Gerais. Eu quero voltar podendo andar nas ruas de cabe�a erguida, como sempre fiz, e com a consci�ncia do dever cumprido em ter trabalho muito para melhorar a vida de todas as brasileiras e brasileiros.