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Estado de Minas RELA��ES BILATERAIS

Lula e Mauro Vieira embarcam para c�pula do G7 na quarta-feira (17/5)

Ministro das Rela��es Exteriores � um dos integrantes da comitiva do presidente Lula que participar� como convidado da c�pula do G7


16/05/2023 09:06 - atualizado 16/05/2023 10:04

Mauro Vieira sentado a mesa com mapa mundi e bandeira do Brasil ao fundo
Chanceler brasileiro j� realizou 55 encontros bilaterais com chanceleres de 54 pa�ses (foto: Wilson Dias/Ag�ncia Brasil)


O ministro das Rela��es Exteriores, Mauro Vieira, embarca com o presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), na pr�xima quarta-feira (17/5), para participar do encontro de c�pula do G7 – grupo das sete economias mais industrializadas do planeta: Estados Unidos, Alemanha, Jap�o, Fran�a, Reino Unido, It�lia e Canad� –, em Hiroshima, Jap�o, que ocorre entre os dias 20 e 21 deste m�s. A previs�o de chegada ao pa�s asi�tico da comitiva presidencial, que ainda est� sendo fechada, � na manh� de sexta-feira (19/5).

� a primeira vez que o Brasil volta a ser convidado para o encontro desde 2009. Durante os dois primeiros mandatos de Lula, o pa�s participou das reuni�es do G7 entre 2003 e 2009. O primeiro encontro bilateral do presidente brasileiro ser� com o primeiro-ministro do Jap�o, Fumio Kishida, de acordo com o Itamaraty.

A viagem mostra como a agenda do ministro das Rela��es Exteriores, Mauro Vieira, est� bastante agitada. Assessores do chanceler brasileiro j� contabilizam 85 encontros bilaterais de alto n�vel desde o in�cio do terceiro mandato do presidente Lula, e, acompanhando o chefe do Executivo, esse n�mero passa de 100. A chancelaria contabilizou que o ministro realizou 55 encontros bilaterais com chanceleres de 54 pa�ses.

Para o encontro do G7, o presidente Lula pretende se opor �s tentativas de endurecimento do tom contra a R�ssia. A chancelaria negocia para que o texto conjunto que ser� assinado pelos pa�ses convidados para que a linguagem esteja em linha com o discurso do governo brasileiro, de acordo com o embaixador Mauricio Lyrio, secret�rio de Assuntos Econ�micos e Financeiros do Minist�rio das Rela��es Exteriores.
"Como � uma declara��o sobre seguran�a alimentar e h� efeitos do conflito na Ucr�nia sobre acesso a alimentos e n�s sabemos disso, uma refer�ncia inicial dever� ser feita ao conflito na Ucr�nia. E, naturalmente, o governo brasileiro negocia essa linguagem para que seja compat�vel com a linguagem que o Brasil tem usado sobre o tema, inclusive tem defendido na negocia��o de resolu��es em diversas inst�ncias internacionais, como a pr�pria ONU", disse Lyrio, nesta segunda-feira (15/5), ao apresentar os primeiros detalhes da agenda de Lula no Jap�o. O documento dos pa�ses convidados � diferente do documento dos pa�ses membros do bloco.

A R�ssia n�o faz mais parte do bloco que havia se tornado G8, mas que voltou � sua forma��o original, em 2014. O pa�s governado por Vladimir Putin foi exclu�do do grupo ap�s a invas�o da Crimeia pelos russos. Al�m do Brasil, foram convidados os chefes de governo de Austr�lia, �ndia, Indon�sia, Coreia do Sul, Vietn�, Comores e Ilhas Cook.


De acordo com a chancelaria, o presidente brasileiro pretende levar sua proposta de media��o, por parte de pa�ses amigos, de um acordo de paz entre Ucr�nia e R�ssia, al�m de abordar a sustentabilidade, uma pauta da pol�tica externa brasileira, segundo o Itamaraty. Lula tamb�m tem cobrado, sempre que pode, da ajuda financeira de US$ 100 bilh�es para prote��o ambiental. 

Encontros bilaterais

A princ�pio, al�m de Kishida, Lula ter� outros encontros bilaterais em paralelo � c�pula do G7. Ele ter� sua primeira reuni�o bilateral com o primeiro-ministro da �ndia, Narendra Modi, e com o presidente da Indon�sia, Joko Widodo.

A �ndia preside o G20 – grupo das 19 maiores econ�micas desenvolvidas e emergentes do planeta, mais a Uni�o Europeia – neste ano, e o Brasil assumir� o posto, em 2024. A c�pula do G20 no Brasil ocorrer� na segunda quinzena de novembro do pr�ximo ano no Rio de Janeiro.

Lula pretende levar ao G7 sua proposta de media��o, por parte de pa�ses amigos, de um acordo de paz entre Ucr�nia e R�ssia, al�m de abordar a sustentabilidade, uma pauta da pol�tica externa brasileira. O presidente brasileiro tem cobrado reiteradamente a ajuda financeira para prote��o ambiental de US$ 100 bilh�es, uma promessa ainda n�o cumprida pelos pa�ses ricos.

Retomada da agenda regional

O governo brasileiro ainda pretende retomar a agenda voltada para o multilateralismo e de di�logo regional, tanto que, o fim deste m�s, foram convidados os presidentes dos pa�ses da Am�rica do Sul para uma c�pula que ser� realizada no pr�ximo dia 30, em Bras�lia. A expectativa � de que os l�deres da regi�o retomem o di�logo para aproxima��o e escolham um novo f�rum de debates, como � o caso da Unasul, atualmente composta por sete dos 12 pa�ses sul-americanos.

Em agosto, o Brasil dever� realizar em Bel�m do Par� uma c�pula dos pa�ses amaz�nicos. De acordo com o Itamaraty, � esperada a confirma��o da presen�a do presidente da Fran�a, Emmanuel Macron, pois o pa�s europeu ainda tem uma col�nia na regi�o, a Guiana Francesa.

Acordo UE-Mercosul

O governo brasileiro, em parceria com os demais pa�ses do Mercosul, est�o avaliando a carta lateral de meio ambiente do acordo de livre com�rcio Uni�o Europeia-Mercosul, cuja proposta ainda precisa ser aprovada pelos parlamentos dos pa�ses membros dos dois blocos.


De acordo com fontes do Itamaraty, essa carta adicional sobre meio ambiente, apresentada h� um m�s e meio, reabre condi��es mais duras para o Brasil, principalmente, porque � o �nico pa�s amaz�nico do bloco sul-americano. “O governo ainda est� avaliando os impactos do acordo negociado, mas, do jeito que est�o as condi��es da carta lateral, ser� imposs�vel chegar a um acordo”, disse uma fonte do governo.

Em audi�ncia na Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado, na semana passada, o ministro Mauro Vieira, chamou as exig�ncias europeias de “leoninas”. “� impressionante, porque h� cl�usulas muito complexas. A quest�o da lei de desflorestamento na Europa � muito complexa, pode afetar as exporta��es com possibilidade, inclusive, de retalia��es, sem uma entidade que julgue e determine. Quer dizer, quem � que vai determinar, a Uni�o Europeia? N�o tem mais floresta para desmatar l� (deveriam ter preservado), mas as nossas est�o, e nosso compromisso � preserv�-las”, disse o ministro aos senadores.


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