Gleisi sobre indica��o de Ricardo Salles para CPI do MST: 'Ultrajante'

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann, criticou a indica��o do colega de C�mara Ricardo Salles (PL-SP) para a relatoria da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) que vai investigar o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST). A petista classificou o movimento como ‘ultrajante’ e lembrou que o parlamentar � ex-ministro do Meio Ambiente do governo de Jair Bolsonaro (PL).

“ULTRAJANTE indica��o do Ricardo Salles para a relatoria da CPI do MST. Isso n�o � s�rio. Mostra que o objetivo � criminalizar o movimento. Voc�s sabem bem quem � o ex-ministro bolsonarista. E ainda um militar e um delegado no comando da comiss�o. Qual o prop�sito?”, disse.

A deputada j� havia criticado o presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), por ter criado a comiss�o, afirmando que a CPI s� vai dar “voz � extrema-direita’. “Muito ruim, o Congresso precisa trabalhar nas pautas que interessam ao povo e para fazer o pa�s crescer. Isso s� tumultua e contribui para mais preconceito e ataques infundados. Toda solidariedade ao MST”, ressaltou.

Gleisi e o PT devem concentrar esfor�os para defender o MST, considerado um aliado hist�rico do partido e do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT). Apesar da indica��o de parlamentares experientes, o comando da comiss�o ficar� com a oposi��o.

No �ltimo final de semana, membros do governo, como os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agr�rio), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Paulo Pimenta (Comunica��o Social), marcaram presen�a na  4ª Feira Nacional da Reforma Agr�ria, promovida pelo movimento dos Sem Terra.

O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), tamb�m foi at� o evento, onde visitou os expositores, experimentou produtos e tirou foto com apoiadores. Em entrevista, o vice-presidente destacou o apoio do governo � principal reivindica��o do grupo. “O governo do presidente Lula, todos n�s, defendemos a reforma agr�ria”, disse.

Alckmin tamb�m contestou a cria��o da CPI do MST. Para o vice-presidente, o Brasil j� tem muitos �rg�os de fiscaliza��o e a fun��o do Congresso � legislar e aprofundar o debate em quest�es como a reforma tribut�ria. “Sou muito cauteloso com esta hist�ria de CPI. O trabalho do legislativo � legiferante, n�o policialesco. Sou muito cauteloso em rela��o a qualquer CPI”, disse.