
Fixada � lousa da sala de aula, uma faixa verde com quatro metros de extens�o trazia a palavra de ordem "descriminaliza, STF", em refer�ncia a um julgamento que discutir� se o porte individual de drogas deve ou n�o ser considerado crime e est� pautado para a pr�xima quarta-feira (24/5).
O caso est� parado na mais alta corte do pa�s desde 2015, e Moraes � um dos magistrados que ainda t�m que dar o seu voto.
Semin�rios foram apresentados no per�odo, e um dos estudantes chegou a mencionar diretamente o caso pautado pelo Supremo durante a sua exposi��o para o magistrado.Apesar do protesto, Moraes fez anota��es na lousa e, em tom de piada, perguntou se os alunos estavam pedindo a descriminaliza��o do Palmeiras, j� que a faixa foi confeccionada na cor verde.
O ministro ainda afirmou que n�o promoveria a sua retirada para n�o ser taxado como antidemocr�tico, embora j� estivesse "acostumado" com isso.
Durante o intervalo, o pr�prio diretor da institui��o, Celso Fernandes Campilongo, se dirigiu ao local e coordenou a retirada da faixa. Aos alunos, afirmou que prezava pela democracia e aceitava que todos os temas fossem debatidos na faculdade, mas que considerava ruim o m�todo escolhido, sustentando que ele poderia, inclusive, colocar Moraes sob suspeita durante o julgamento.
O protesto silencioso desta segunda-feira foi organizado pelo Observat�rio Antiproibicionista, entidade ligada ao Centro Acad�mico XI de Agosto e que � integrada por alunos que defendem o fim da guerra violenta �s drogas.
"O STF tem em suas m�os a oportunidade de mudar a vida de milh�es de pessoas. Por conta disso, nada melhor do que pautar na aula da disciplina de Controle de Constitucionalidade uma quest�o urgente para o pa�s: a declara��o, por parte do Supremo, da inconstitucionalidade do art. 28 da Lei de Drogas", afirmou o observat�rio, em publica��o nas redes sociais, ao falar sobre a a��o.