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Estado de Minas BRASIL

Lula faz promessa para Marina Silva

A mesma promessa foi feita � ministra dos Povos Ind�genas, S�nia Guajajara, na reuni�o, nesta sexta-feira, no Pal�cio do Planalto


27/05/2023 07:55
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A ministra Marina Silva e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
A ministra Marina Silva e o presidente Luiz In�cio Lula da Silva (foto: EVARISTO SA / AFP)
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ouviu do presidente Luiz In�cio Lula da Silva que o governo vai lutar para restabelecer as compet�ncias da pasta dela, retiradas na medida provis�ria da reestrutura��o da Esplanada, aprovada em comiss�o mista da C�mara, na quarta-feira. O texto, enviado pelo Executivo ao Congresso, foi alterado pelo relator, o deputado Isnaldo Bulh�es (MDB-AL), e esvaziou o minist�rio. Mesmo assim, recebeu apoio do Planalto na vota��o. A mesma promessa foi feita � ministra dos Povos Ind�genas, S�nia Guajajara, na reuni�o, nesta sexta-feira, no Pal�cio do Planalto.
 
Marina n�o falou ap�s o encontro, mas, em entrevista � CNN Brasil, se mostrou otimista de que o Executivo conseguir� convencer os parlamentares a reverter as perdas antes de a MP ser votada em plen�rio. "Neste momento, h� um esfor�o muito grande do governo para manter o que foi a medida provis�ria aprovada pelo presidente Lula no primeiro dia do seu governo, restabelecendo as compet�ncias do Minist�rio do Meio Ambiente, em rela��o a recursos h�dricos, ao servi�o florestal brasileiro, � reconstru��o do Ibama, uma s�rie de medidas", afirmou. "Infelizmente, temos uma situa��o delicada no Congresso Nacional, em que h� uma maioria de parlamentares que gostariam de reeditar a estrutura e as pol�ticas do governo anterior."
 
A titular da pasta se disse uma "mulher de luta e de paz" e que est� "preparada para o di�logo". Ela negou a inten��o de pedir demiss�o. "A primeira pessoa que diz quem fica e quem vai � o presidente Lula, que convida. Eu me sinto honrada de, pela terceira vez, ter sido convidada para ministra do Meio Ambiente neste momento hist�rica da vida da humanidade e, particularmente, do nosso pa�s", frisou. "Somos um governo de frente ampla. A frente ampla tem suas contradi��es, mas a agenda ambiental n�o � de um setor, de um partido, � da sociedade. Por isso que o presidente Lula disse que ela est� no cora��o do governo. A melhor forma de ajudar o governo � estando dentro do governo para viabilizar as pol�ticas de combate ao desmatamento, de desenvolvimento sustent�vel. Com certeza, haveremos de superar as dificuldades para poder fazer com que o Brasil fa�a jus � pot�ncia ambiental que �."
 
 
J� a ministra S�nia Guajajara usou as redes sociais para comentar o encontro com o chefe do Executivo. "A reuni�o de hoje (ontem) com o presidente Lula e colegas ministros foi fundamental para reafirmar nosso compromisso de amparo aos povos ind�genas. Garantiremos uma pauta ambiental s�lida. Seguiremos fazendo todos os di�logos poss�veis para a manuten��o dos direitos ind�genas", escreveu.
 

Articula��o

 
Depois do encontro, s� deram entrevistas os ministros de Rela��es Institucionais, Alexandre Padilha, e da Casa Civil, Rui Costa. Segundo Padilha, Marina e S�nia tinham compromissos a cumprir — ainda que n�o houvesse nada programado nas agendas oficiais das duas ministras.
 
Rui Costa contou que, na reuni�o, foi feita uma "avalia��o da vota��o" com as ministras envolvidas e com os l�deres do governo no Congresso. Ele ressaltou que o di�logo com os parlamentares ser� feito, com a ajuda de Padilha, antes de a MP ir a plen�rio.
 
 
"A maior parte ou a quase totalidade dos pontos preservou aquilo que era o conceito original da MP, mas em alguns pontos isso n�o foi mantido. Portanto, o governo continuar� trabalhando para que, nos outros espa�os legislativos em que a MP ainda tramitar�, o conceito original dos pontos que foram mexidos, e que, em nossa opini�o, est� desalinhado nas pol�ticas que precisam ser implementadas, possamos retomar", disse Costa.
 
Padilha, por sua vez, afirmou que, caso as mudan�as permane�am, o Planalto conseguir� dar andamento �s demandas ambientais. "O governo tem instrumentos que n�o impedem que, em meio a qualquer troca de compet�ncias que o Congresso Nacional possa vir a fazer, que continue a agenda de sustentabilidade", enfatizou.
 
 
Segundo Padilha, n�o h� minist�rios isolados. "Tivemos alguns pontos que n�o tinham concord�ncia do governo. Apesar desses pontos, isso n�o impede o governo de implementar suas pol�ticas. N�o h� esvaziamento da agenda da sustentabilidade. Nem do governo, nem dos minist�rios, porque isso aqui n�o � minist�rio isolado, � um time, coordenado e articulado", declarou.
 

Bancada ruralista

 
Segundo fontes, as restri��es ambientais impostas pelo governo provocaram um forte lobby do agroneg�cio, via bancada ruralista. O presidente da bancada, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), classificou o texto da MP como fruto de conversas com o relator Isnaldo Bulh�es, que "atendeu em partes os anseios" do grupo, por ter colocado o CAR no Minist�rio da Gest�o e da Inova��o, e n�o no Minist�rio da Agricultura e Pecu�ria (Mapa).
 
"O governo tem de calcular bem o pr�ximo passo que vai dar. Dialogar, a gente sempre aceita; voltar atr�s do que pediu � que n�o", disparou Lupion. "Se for para destacar o texto, qual � a base do governo hoje? Quais s�o os partidos que est�o com ele? O governo tem 324 pontos no painel? O governo tem isso para enfrentar? Acho que n�o", amea�ou.
 
Lupion avaliou ser tarde para mudan�as, pois o assunto foi amplamente discutido. "O governo tinha de ter sentado � mesa para conversar quando foi feito o relat�rio, n�o agora. A MP vence no dia 1º de junho e pode cair pelo volume de propostas a serem votadas", alertou.


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