
Os l�deres comprometeram-se com a defesa da democracia, dos direitos humanos, do desenvolvimento sustent�vel, da justi�a social, do Estado de direito, da estabilidade institucional, da soberania e da n�o interfer�ncia em assuntos internos.
O presidente da Venezuela, Nicol�s Maduro, e Lula, que saiu em sua defesa, geraram fortes rea��es por l�deres que participaram do encontro. Na v�spera, o petista havia afirmado que o pa�s vizinho � uma "democracia" e � alvo de "narrativa pol�tica". O presidente do Chile, Gabriel Boric, afirmou que a quest�o “n�o � uma constru��o de narrativa. � uma realidade s�ria”. O presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, tamb�m endossou o coro de cr�ticas ao regime venezuelano.
Tamb�m participaram do encontro o presidente da Argentina, Alberto Fernand�z; da Bol�via, Lu�s Arce; do Chile, Gabriel Boric; da Col�mbia, Gustavo Petro; do Equador, Guillermo Lasso; da Guiana, Irfaan Ali; do Paraguai, M�rio Abdo Ben�tez; do Suriname, Chan Santokhi; e do Uruguai, Lu�s Lacalle Pou.
Apenas a presidente do Peru, Dina Boluarte, n�o compareceu � reuni�o, devido � crise institucional e pol�tica vivida pelo pa�s, que est� sendo representado pelo presidente do Conselho de Ministros, Alberto Ot�rola.
Tamb�m foram assumidos compromissos para o incremento do com�rcio e dos investimentos entre os pa�ses da regi�o, al�m da cria��o de um grupo de contato, liderado pelos Chanceleres, para avalia��o das experi�ncias dos mecanismos sul-americanos. Os presidentes concordaram ainda em voltar a reunir-se para repassar o andamento das iniciativas de coopera��o.
Confira todos os pontos do Consenso de Bras�lia:
“1. A convite do presidente do Brasil, os l�deres dos pa�ses sul-americanos reuniram-se em Bras�lia, em 30 de maio de 2023, para intercambiar pontos de vista e perspectivas para a coopera��o e a integra��o da Am�rica do Sul.
2. Reafirmaram a vis�o comum de que a Am�rica do Sul constitui uma regi�o de paz e coopera��o, baseada no di�logo e no respeito � diversidade dos nossos povos, comprometida com a democracia e os direitos humanos, o desenvolvimento sustent�vel e a justi�a social, o Estado de direito e a estabilidade institucional, a defesa da soberania e a n�o interfer�ncia em assuntos internos.
3. Coincidiram em que o mundo enfrenta m�ltiplos desafios, em um cen�rio de crise clim�tica, amea�as � paz e � seguran�a internacional, press�es sobre as cadeias de alimentos e energia, riscos de novas pandemias, aumento de desigualdades sociais e amea�as � estabilidade institucional e democr�tica.
4. Concordaram que a integra��o regional deve ser parte das solu��es para enfrentar os desafios compartilhados da constru��o de um mundo pac�fico; do fortalecimento da democracia; da promo��o do desenvolvimento econ�mico e social; do combate � pobreza, � fome e a todas as formas de desigualdade e discrimina��o; da promo��o da igualdade de g�nero; da gest�o ordenada, segura e regular das migra��es; do enfrentamento da mudan�a do clima, inclusive por meio de mecanismos inovadores de financiamento da a��o clim�tica, entre os quais poderia ser considerado o ‘swap’, por parte de pa�ses desenvolvidos, de d�vida por a��o clim�tica; da promo��o da transi��o ecol�gica e energ�tica, a partir de energias limpas; do fortalecimento das capacidades sanit�rias; e do enfrentamento ao crime organizado transnacional.
5. Comprometeram-se a trabalhar para o incremento do com�rcio e dos investimentos entre os pa�ses da regi�o; a melhoria da infraestrutura e log�stica; o fortalecimento das cadeias de valor regionais; a aplica��o de medidas de facilita��o do com�rcio e de integra��o financeira; a supera��o das assimetrias; a elimina��o de medidas unilaterais; e o acesso a mercados por meio de uma rede de acordos de complementa��o econ�mica, inclusive no marco da ALADI, tendo como meta uma efetiva �rea de livre com�rcio sul-americana.
6. Reconheceram a import�ncia de manter um di�logo regular, com o prop�sito de impulsionar o processo de integra��o da Am�rica do Sul e projetar a voz da regi�o no mundo.
7. Decidiram estabelecer um grupo de contato, liderado pelos Chanceleres, para avalia��o das experi�ncias dos mecanismos sul-americanos de integra��o e a elabora��o de um mapa do caminho para a integra��o da Am�rica do Sul, a ser submetido � considera��o dos chefes de Estado.
8. Acordaram promover, desde j�, iniciativas de coopera��o sul-americana, com um enfoque social e de g�nero, em �reas que dizem respeito �s necessidades imediatas dos cidad�os, em particular as pessoas em situa��o de vulnerabilidade, inclusive os povos ind�genas, tais como sa�de, seguran�a alimentar, sistemas alimentares baseados na agricultura tradicional, meio ambiente, recursos h�dricos, desastres naturais, infraestrutura e log�stica, interconex�o energ�tica e energias limpas, transforma��o digital, defesa, seguran�a e integra��o de fronteiras, combate ao crime organizado transnacional e seguran�a cibern�tica.
9. Concordaram em voltar a reunir-se, em data e local a serem determinados, para repassar o andamento das iniciativas de coopera��o sul-americana e determinar os pr�ximos passos a serem tomados.”