
“S� queria colocar a minha posi��o ao movimento de 1964. As coisas s�o vistas apenas de um lado, como sempre. O deputado acha que o movimento de 64 matou mais de mil pessoas, o que n�o aconteceu. Acha que o movimento foi de vingan�a, de �dio. Quando, o movimento de 64 salvou o Brasil de virar um pa�s comunista. Isso n�o tem nenhuma d�vida. � s� uma quest�o de ler a hist�ria do Brasil”, disse Heleno, em resposta ao deputado Gabriel Magno (PT).
“A democracia tem essa grande vantagem. Podemos ter vis�es contr�rias (...) O senhor esquece das organiza��es terroristas que aconteciam na �poca. Muita gente do lado da revolu��o foi vitimada. Claro, ningu�m tem orgulho desses acontecimentos, mas eles n�o podem ser tratados de s� um lado e de uma s� vis�o. Foram lament�veis os acontecimentos, mas aconteceram”, completou Heleno.
Os deputados distritais da oposi��o reagiram imediatamente � resposta do Heleno, com gritos de “nunca mais, ditadura”. Os parlamentares afirmaram que v�o estudar medidas para responsabilizar Heleno sobre as declara��es.
“A ditadura n�o � uma quest�o de vers�o. A imprensa foi calada, o Congresso foi fechado, o Supremo tamb�m. Repudiamos a fala do senhor Heleno. � inadmiss�vel. Ele n�o tem nenhuma autoridade para tentar constranger qualquer parlamentar aqui. O general veio aqui para fazer gra�a com a CPI”, disse Magno.
“Ele n�o lembra do que aconteceu h� menos de seis meses, mas lembra o que aconteceu em 64. � muito seletiva a mem�ria do senhor Heleno”, completou o petista.
Heleno ouvido na CPI
A saga entre a CPI e Heleno teve in�cio em mar�o, quando o general, que era convidado, informou � CPI que estaria de viagem no dia do depoimento e pediu para que a oitiva fosse antecipada. O depoimento de Heleno foi considerado importante para a comiss�o, que concordou.
Os distritais, ent�o, aprovaram uma nova convoca��o, n�o s� de Heleno, mas de outros dois generais. No entanto, o Ex�rcito decidiu entrar em cena e prop�s um acordo com a CLDF para que essas convoca��es fossem transformadas em convites. Convidados n�o s�o obrigados a comparecer.
Em troca, o Ex�rcito garantiria a presen�a de todos os generais que fossem alvos de pedidos da CPI. O pedido do Ex�rcito teria sido encaminhado pelo comandante Tom�s Miguel Ribeiro Paiva.