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Estado de Minas RIO DE JANEIRO

Demiss�o de Daniela Carneiro pode distanciar Lula de evang�licos

A decis�o dificultaria a retomada da prefer�ncia do eleitorado fluminense, perdida em 2018 para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)


14/06/2023 13:05 - atualizado 14/06/2023 13:11
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Lula
Lula pode se distanciar ainda mais de eleitorado evang�lico no Rio de Janeiro (foto: EVARISTO S� / AFP)
A poss�vel demiss�o da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (Uni�o Brasil-RJ), � vista por petistas e aliados do Rio de Janeiro como mais uma porta fechada pelo presidente Lula (PT) ao eleitorado com perfil evang�lico e bolsonarista do estado, predominante principalmente na Baixada Fluminense.


A decis�o dificultaria a retomada da prefer�ncia do eleitorado fluminense, perdida em 2018 para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


O Rio de Janeiro, terceiro maior col�gio eleitoral do pa�s, e o Amap�, o 26º, foram os �nicos estados n�o retomados pelo PT na vit�ria presidencial do ano passado - Lula venceu em 13 unidades da federa��o e o advers�rio, em 14.


Nesta ter�a (13/6), Lula se reuniu com Daniela Carneiro e disse a ela que h� um pedido expl�cito pelo cargo que ocupa. Segundo relatos de integrantes do Pal�cio do Planalto, o presidente explicou que a situa��o da ministra � muito dif�cil e busca agora uma "sa�da honrosa" para ela.


A Uni�o Brasil pressiona o governo a substituir Daniela pelo deputado do partido Celso Sabino (PA), em meio �s negocia��es para ampliar a base pol�tica na C�mara.


O prefeito de Belford Roxo, Waguinho (Republicanos), que administra a cidade h� seis anos, tem declarado que n�o abandonar� Lula mesmo com uma poss�vel demiss�o da mulher.


Contudo deixa claro que ficar� mais livre para firmar alian�as em 2024, o que pode fortalecer a base bolsonarista no Rio. Um dos objetivos do PL para o ano que vem � ampliar o n�mero de prefeitos no pa�s, a fim de criar uma base pol�tica para uma eventual nova candidatura presidencial.


"O Minist�rio do Turismo � muito representativo para o Rio de Janeiro. O enfraquecimento dessa alian�a n�o vai ser culpa nossa. � um estado bolsonarista, com um governador bolsonarista, com um n�mero de evang�licos imenso. E a gente acaba ficando sem instrumentos", disse Waguinho � Folha na segunda (12).


No ano passado, apesar do apoio do prefeito ao petista no segundo turno, Lula subiu apenas de 38,9% para 39,8% dos votos v�lidos em Belford Roxo da primeira para a segunda etapa do pleito, enquanto Bolsonaro saltou de 54,8% para 60,2%.


O prefeito e a deputada (a mais votada na elei��o para deputado federal no estado) eram vistos como uma forma de furar o amplo dom�nio bolsonarista numa regi�o em que petistas j� conseguiram entrar no passado.

 

 


 

Daniela

 


Daniela foi a �ltima decis�o de Lula para concluir a montagem de seu minist�rio. Ela superou a concorr�ncia de outros dois aliados fluminenses do petista: os deputados Marcelo Freixo (ent�o no PSB, hoje no PT), escolhido para a Embratur, e Pedro Paulo (PSD), ligado ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD).


Os aliados mais pr�ximos perderam espa�o para a deputada que poderia oferecer uma dupla abertura de porta: com a Baixada Fluminense e a Uni�o Brasil.


Esta tamb�m foi uma das principais raz�es para a manuten��o de Daniela ap�s a crise surgida com a revela��o da Folha de que o grupo pol�tico do casal mantinha v�nculos estreitos com milicianos.


"Ele � um cara que o pr�prio pessoal nosso do Rio reconhece o protagonismo. Vai ter gente que vai dizer 'fulano chamou o senhor disso', 'fulano fez campanha para Bolsonaro'. Mas, se for tirar todo mundo que passou por isso, n�o vamos ter gente", afirmou o senador Jaques Wagner (PT-BA), l�der do governo.


Lula chegou a afirmar que a rela��o da ministra com milicianos se limitava a "uma foto" -quando na verdade havia v�deos, fotos e at� a nomea��o de um condenado de liderar uma mil�cia na prefeitura.

 

 

 


"Ela aparecia num caminh�o l� com um cara miliciano. Sinceramente, se for levar em conta pessoas que est�o em fotografia ao lado de outras pessoas, a gente n�o vai conversar com ningu�m, porque eu sou o cara que mais tiro fotografia no mundo", disse o presidente em fevereiro.


O distanciamento do PT com a Baixada Fluminense ocorreu em 2018, junto com o avan�o bolsonarista no estado. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) foi prefeito por duas vezes de Nova Igua�u (2009-2014) surfando na popularidade dos dois primeiros mandatos de Lula. "� uma regi�o muito marcada pelo eleitorado evang�lico e, atualmente, com forte influ�ncia bolsonarista."


Nesse per�odo, Belford Roxo deu a vit�ria a um candidato do PC do B (Dennis Dauttmam), e Lula contava com apoio massivo de prefeitos da regi�o, como Washington Reis (MDB), atualmente aliado de Bolsonaro.

Waguinho

 


A aposta � que, com o eventual sucesso do governo Lula e a manuten��o de apoio de Waguinho, os candidatos apoiados pelo PT na regi�o cres�am, assim como nos dois primeiros mandatos do atual presidente.


Uma poss�vel queda de Daniela seria tamb�m mais uma derrota para a lista acumulada pelo PT-RJ nas �ltimas d�cadas. Lideran�as petistas do estado defendem a manuten��o da ministra de olho no fortalecimento do estado.


"A ministra Daniela � uma parceira da constru��o pol�tica em nosso estado, possui compet�ncia e capacidade de constru��o coletiva, uma parceria importante para a pol�tica fluminense, sua perman�ncia � a consolida��o de um Estado do Rio de Janeiro forte e representado na equipe de ministros do presidente Lula", disse o presidente do PT-RJ, Jo�o Maur�cio.


Desde o in�cio da fritura de sua mulher no minist�rio, Waguinho retomou o contato com o ex-aliado Marcio Canella (Uni�o Brasil-RJ), deputado estadual que apoiou Bolsonaro na elei��o.


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