
“Entre os dias 2 e 6 de janeiro, alguns ministros tomaram posse em seus cargos, medidas provis�rias foram enviadas ao Congresso Nacional, parlamentares, governadores, chefes de Estado e integrantes dos Tr�s Poderes circularam normalmente por Bras�lia. N�o houve um �nico conflito de seguran�a capaz de chamar a aten��o do p�blico”, disse aos distritais.
“Permanecia, contudo, a situa��o embara�osa dos acampamentos de partid�rios do ex-presidente (Jair Bolsonaro) diante do quartel general do Ex�rcito: algo que n�o deveria ter sido permitido, e o foi. O governo que assumia herdou a situa��o. Ela era inc�moda, ilegal. Seja no governo, seja no comando das For�as Armadas e das for�as federais de seguran�a, est�vamos decididos a p�r fim �queles acampamentos”, completou o general.
G. Dias afirmou que soube da exist�ncia de um grupo no WhatsApp da Secretaria de Seguran�a P�blica (SSP-DF), que servia como informe do que estava ocorrendo na Esplanada dos Minist�rios naquele final de semana. Antes, a Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) utilizava um sistema pr�prio, mas migrou para esse grupo da SSP para o repasse de informa��es.
O general explicou que entre 2 e 5 de janeiro, “os relatos n�o apontavam para a espiral de viol�ncia ou depreda��es que ocorreu”. “Ao contr�rio, diziam que o movimento se esvaziava. �s 16h30 do dia 6 de janeiro o alerta de atualiza��o das manifesta��es registrou o seguinte: ‘Em Bras�lia, foram bloqueados os acessos da Avenida do Ex�rcito. O Ex�rcito realiza opera��es de redisposi��o da estrutura de acampamento junto a manifestantes, nas proximidades do QG do Ex�rcito e da Pra�a dos Cristais. N�o foram identificadas manifesta��es em outros locais da Capital", disse o ex-chefe do GSI durante o pronunciamento lido na CPI.
“A Secretaria de Seguran�a P�blica do Distrito Federal assegurava que tudo estava sob controle. Que a��es especiais eram desnecess�rias. Aquele era o cen�rio no momento em que deixei o expediente. As opera��es de plant�o estavam montadas”, completou o general.
O ex-chefe do GSI explicou que passou todo o s�bado, 7 de janeiro, em casa, e que nesse per�odo, n�o recebeu nenhum alerta da escalada de viol�ncia, e que, mesmo utilizando o WhatsApp privado, n�o recebia alertas pelos canais oficiais.
CPI ter� �ltima semana antes do recesso
O ex-GSI do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) seria ouvido na manh� de quinta-feira (15/6) passada, mas pediu adiamento da oitiva dias antes. Na justificativa, disse ao presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), que pretendia prestar um depoimento 'robusto', mas que, para isso, queria comprovar que n�o falsificou documentos, conforme noticiado pelo Correio no in�cio do m�s.
Ap�s o depoimento de G. Dias, a CPI entrar� na �ltima semana de atividades antes do recesso parlamentar. Em 29 de junho, o acusado de tentar explodir uma bomba no Aeroporto de Bras�lia, em dezembro passado, Alan Diego dos Santos, ser� ouvido.
Para que os tr�mites de depoentes presos seja facilitado, a CPI ingressou com um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, que acatou e liberou a presen�a de policiais militares, al�m do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid.