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Estado de Minas NEONAZISMO

Homem que amea�ou a deputada Duda Salabert � preso

Deputada mineira afirmou que recebe amea�as desde 2020, mas ressaltou que confia no trabalho de investiga��o da pol�cia


26/06/2023 16:39 - atualizado 26/06/2023 16:39
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Duda Salabert
Duda chegou a perder o emprego de professora por causa das amea�as (foto: Pablo Valadares/C�mara dos Deputados)
A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) afirmou, nesta segunda-feira (26/6), que um homem identificado pelo nome William Maza dos Santos, que no ano passado teria enviado e-mails amea�ando a parlamentar, foi preso. Ele foi um dos denunciados por uma mat�ria exibida pelo Fant�stico, da "TV Globo", em que usa o aplicativo Discord para praticar crimes com menores de idade.

“Desde 2020 recebo amea�as de morte assinadas por s�mbolos nazistas de uma c�lula da qual William Maza possivelmente participava”, disse Duda, lembrando que perdeu o emprego como professora em Belo Horizonte por causa das amea�as sofridas.

“Na campanha para deputada, o William Maza me mandou v�rios e-mails me amea�ando e assinando com s�mbolos nazistas. Quando publicizei, um perfil an�nimo me enviou o telefone do William. Liguei e disse que iria � pol�cia”, continuou a deputada mineira.

Ainda quando era vereadora na capital mineira, Duda afirmou que William era frequentador de grupos nazistas e chegou a amea�ar de estupro uma jornalista.

“De S�o Paulo para Minas Gerais � s� um passo. Quer ser um m�rtir dos travecos, ent�o beleza, aberra��o. Posso deixar voc� mais feio do que j� � hoje, apenas preciso de um bast�o e um ma�arico. A f�ria de Deus vai cair sobre voc�. Aguarde", dizia um dos e-mails recebidos.

Ao comunicar a pris�o do criminoso, Duda ainda ressaltou que confia no trabalho da pol�cia e que outras pessoas que a amea�aram tamb�m ser�o presas.
 

Qual a defini��o de transfobia?

A transfobia configura qualquer a��o ou comportamento que se baseia no medo, na intoler�ncia, na rejei��o, no �dio ou na discrimina��o contra pessoas trans por conta de sua identidade de g�nero. Comportamentos transf�bicos s�o aqueles que dizem respeito a quaisquer agress�es f�sicas, verbais ou psicol�gicas manifestadas contra a express�o de g�nero de pessoas trans e travestis.

O que � um ato transf�bico?

Atos transf�bicos podem ser cometidos por qualquer pessoa, mas geralmente partem de pessoas cisg�nero que n�o compreendem ou t�m avers�o � comunidade trans, desencadeando a��es como crimes de �dio.

Diferentemente de crimes comuns ou daqueles considerados passionais, a viol�ncia letal contra pessoas trans podem ter como fator determinante a identidade de g�nero ou a orienta��o sexual da pessoa agredida.

A transgeneridade

Para entender melhor as rela��es entre identidade de g�nero, � importante saber a diferen�a entre cisg�nero e transg�nero:
  • Cisg�nero � aquela pessoa que se identifica com seu sexo biol�gico, seja masculino ou feminino (exemplo: uma pessoa que nasceu com genit�lia feminina e se identifica com o g�nero feminino � uma mulher cis).
  • Transg�nero � aquela pessoa que n�o se identifica com o sexo biol�gico que nasceu (exemplo: uma pessoa que nasceu com genit�lia masculina e se identifica com o g�nero feminino � uma mulher trans).
  • Existem, tamb�m, diferen�as entre mulheres transg�nero e travestis que se concentram em suas identidades de g�nero e maneiras de express�-las.

O termo transg�nero pode ser utilizado para se referir �s pessoas que n�o se identificam com o seu sexo biol�gico e que podem buscar tratamentos hormonais ou cir�rgicos para se assemelharem ao g�nero com o qual se identificam.

J� o termo travesti se refere uma identidade brasileira relativa apenas �s pessoas com o sexo biol�gico masculino que se identificam com o g�nero feminino e n�o necessariamente buscam mudar as suas caracter�sticas originais por meio de tratamentos.

Direitos das pessoas trans no Brasil

A Constitui��o Federal de 1988 n�o faz refer�ncia expl�cita � comunidade LGBTQIAP+, mas muitos dos seus princ�pios fundamentais englobam essa parcela da sociedade. � o caso do princ�pio da dignidade humana; da igualdade entre todos; e do dever de punir qualquer tipo de discrimina��o que atente contra os direitos fundamentais de todos.

Com eles, h� dispositivos legais estaduais e municipais que tratam especificamente sobre a popula��o LGBTQIAP e transfobia. Um exemplo � o Decreto 41.798 do Estado do Rio de Janeiro, de 2009, que criou o Conselho dos Direitos da Popula��o LGBTQIAP , que tem como finalidade e responsabilidade:
  • estimular e propor pol�ticas p�blicas de promo��o da igualdade e de inser��o educacional e cultural dessa popula��o;
  • adotar medidalegislativas que visam eliminar a discrimina��o por orienta��o sexual e identidade de g�nero;
  • receber, examinar e efetuar den�ncias que envolvam atos discriminat�rios contra membros da comunidade LGBTQIAP .

Outros avan�os legislativos envolvem o reconhecimento em 2018, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do direito das pessoas de alterarem seu g�nero e nome civil nos cart�rios – agora, sem a obrigatoriedade de passar por cirurgia de redesigna��o.

H� tamb�m a decis�o do STF de 2019 de enquadrar crimes de LGBTfobia na lei do racismo – com as mesmas penas –, enquanto uma legisla��o espec�fica n�o � elaborada.

Dados sobre a transfobia no Brasil

O Brasil ainda n�o possui dados oficiais sobre LGBTfobia em geral e os dados sobre a transfobia no pa�s s�o divulgados pela Antra (Associa��o Nacional de Travestis e Transexuais) anualmente com base, principalmente, em not�cias publicadas pela m�dia.

Como j� comentado, o Brasil � o pa�s que mais mata pessoas trans no mundo – o que n�o configura apenas assassinatos, mas tamb�m inclui outras causas de morte, como suic�dio e les�es em decorr�ncia de agress�es.

Brasil tem Secretaria LGBTQIA

Atualmente, o Minist�rio dos Direitos Humanos e Cidadania conta com a Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA , comandada pela travesti paraense Symmy Larrat.

Junto ao Minist�rio da Justi�a, a Secretaria LGBTQIA articula projetos para prote��o da popula��o trans, inclusive com participa��o da Antra e das deputadas Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG), as primeiras parlamentares transg�nero da hist�ria do Congresso Nacional.
 


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