
"Aqui no Brasil eu vejo a democracia de um jeito, e eu a exer�o. Eu duvido que algu�m exer�a democracia com mais plenitude do que eu", afirmou Lula durante entrevista ao canal SBT.
O presidente n�o relacionou diretamente a declara��o ao contexto de Caracas, mas as falas sucedem outros momentos em que Lula disse que o conceito de democracia seria relativo. Por essas declara��es, foi criticado por intelectuais e ativistas e inclusive ouviu opini�es contr�rias de hoje aliados seus, como foi o caso de sua ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB).
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Durante a entrevista ao SBT, Lula disse que tem "um Brasil com 203 milh�es de habitantes para se preocupar". "Eu tenho 33 milh�es de pessoas passando fome, milh�es desempregadas. N�o quero priorizar a Venezuela. Quero priorizar o Brasil", declarou o presidente, que em maio recebeu Maduro em Bras�lia e elogiou o encontro com o ditador.
"A Venezuela � um problema dos venezuelanos. Cuba � um problema dos cubanos. Os americanos s�o um problema dos americanos. E o Brasil � um problema de n�s brasileiros, isso que eu quero cuidar com muito carinho", seguiu Lula.
Ainda na conversa com o canal de TV, o presidente voltou a defender a liberta��o de Julian Assange, fundador do Wikileaks que, hoje preso em Londres, pode a qualquer momento ser extraditado aos EUA. "Por que que o Assange est� preso? Ele deveria ter recebido o pr�mio Nobel."
O presidente mais de uma vez disse nas redes sociais que a pris�o de Assange, que enfrenta acusa��es que podem lhe render 175 anos de pris�o, viola a democracia. Em novembro passado, o island�s Kristinn Hrafnsson, editor-chefe do Wikileaks, esteve no Brasil e conversou com pessoas do entorno de Lula, � �poca presidente eleito, para pressionar por ajuda p�blica.