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Estado de Minas ELEI��ES

Lula diz o que vai fazer se extrema-direita vencer na Espanha

Lula, por�m, n�o esconde a prefer�ncia pela continuidade do Partido Socialista, o PSOE, do atual primeiro-ministro, Pedro S�nchez


23/07/2023 13:48 - atualizado 23/07/2023 13:48
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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concede entrevista coletiva em Bruxelas
Economia espanhola � hoje importante destino das exporta��es brasileiras (foto: Ricardo Stuckert/PR)
Lisboa — O presidente Luiz In�cio Lula da Silva amanheceu este domingo com todas as aten��es voltadas para a Espanha, onde acirradas elei��es podem levar a extrema-direita ao poder. Se todas as pesquisas estiverem corretas, o PP, partido de direita que tem como l�der Alberto N��ez Feij�o, ter� de se aliar ao radical VOX, de Santiago Abascal Conde, para alcan�ar a maioria de 176 das 350 cadeiras do Parlamento.


Lula j� emitiu v�rios recados de que, independentemente, dos vencedores no pleito espanhol, manter� um di�logo aberto e institucional com a Espanha. N�o sem raz�o. Os espanh�is s�o o segundo maiores investidores estrangeiros na economia brasileira e o Brasil se transformou no quinto maior exportador para a Espanha, gra�as �s vendas de petr�leo, em substitui��o ao �leo produzido pela R�ssia, alvo de san��es depois de invadir a Ucr�nia.

 

Tanto na visita que fez � Espanha, em abril, quanto na recente ida a Bruxelas para a reuni�o de c�pula entre a Uni�o Europeia e a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), Lula deixou claro que a ideologia pol�tica n�o pode se sobrepor aos interesses do pa�s.

Questionado sobre a poss�vel vit�ria da direita espanhola, em associa��o com o radical VOX, o l�der brasileiro foi enf�tico ao ressaltar que nada mudaria nas rela��es com a Espanha, porque os escolhidos pelas urnas t�m respaldo popular. Portanto, n�o cabe a ele, como presidente do Brasil, desrespeitar a maioria dos votantes espanh�is. “Nossa rela��o com a Espanha continuar� no mesmo n�vel de respeito, independentemente das elei��es”, assinalou.

 

Lula, por�m, n�o esconde a prefer�ncia pela continuidade do Partido Socialista, o PSOE, do atual primeiro-ministro, Pedro S�nchez, que est� no poder desde 2018. A proximidade entre eles � grande. O brasileiro fez quest�o de emendar a visita a Portugal � da Espanha, em abril, e, depois de dizer v�rias vezes que n�o participaria da reuni�o de c�pula entre a Uni�o Europeia e a Celac, acabou cedendo aos insistentes convites de S�nchez.

Afinal, a Espanha estava assumindo a presid�ncia tempor�ria da UE e o Brasil, a do Mercosul. Era hora de juntar for�as para destravar as negocia��es de um acordo entre os dois blocos comerciais que se arrastam h� mais de 20 anos. Hoje, o tratado � considerado vital pelos europeus.

 

As mais recentes pesquisas de inten��o de votos apontam que o PP tem 34% da prefer�ncia do eleitorado, seguido do partido de S�nchez, com 29%. No terceiro lugar, h� um empate entre o VOX e o esquerdista Sumar, ambos com 14%. O restante est� dividido entre legendas de menor express�o. As elei��es espanholas est�o ocorrendo no meio das f�rias e de uma onda de calor que passa de 40 graus.

O pleito estava marcado para dezembro, mas o primeiro-ministro decidiu antecip�-lo com o intuito de conter a movimento crescente da direita e, sobretudo, da extrema-direita, que tiveram vit�rias importantes nas recentes disputas regionais. At� as 14h deste domingo (9h da manh� do Brasil), quase 41% dos eleitores j� tinha comparecido �s se��es eleitorais para votar.

 

A Espanha � a quarta maior economia da Uni�o Europeia e, desde o fim do regime violento e sangrento da ditadura fascista de Francisco Franco, que durou 40 anos, vem sendo sistematicamente comandada por partidos de esquerda, mais progressistas. Apesar da boa recupera��o da economia depois da crise financeira de 2008 e da pandemia do novo coronav�rus, aumentou a insatisfa��o de grupos que se sentem exclu�dos dos programas de governo, especialmente dentro da classe m�dia.

Tamb�m h� um descontentamento com o movimento de imigrantes, a despeito da import�ncia deles para o funcionamento pleno da economia. A xenofobia e o racismo encontram amparo nos posicionamentos da direita extremista.


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